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Marcela Bonfim
Nascimento 1983 (41 anos)
Jaú, São Paulo
Residência Porto Velho, RO
Nacionalidade  Brasil
Alma mater Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Ocupação fotógrafa
Outras ocupações escritora, cantora, atendente, profissional da área financeira

Marcela Bonfim (Jaú, São Paulo, 1983)[1] é uma fotógrafa brasileira, radicada em Porto Velho, Rondônia.[2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13]

Criou o projeto (Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta. Estreada em 2016, a exposição de fotografias viajou por 13 estados brasileiros durante quatro anos e visava não apenas falar sobre a negritude da Amazônia, mas também propor novas formas de enxergar o corpo negro. As fotos foram tiradas em Porto Velho e em comunidades quilombolas, mais precisamente as do Vale do Guaporé.[14]

Bonfim pretende lançar seu primeiro livro, As imagens invisíveis da cor. É também poetisa e cantora.[15]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascida em Jaú, no interior de São Paulo, estudou em escolas particulares, onde percebeu um ambiente distante de sua realidade. Marcela entendeu que teria que ser cem vezes melhor do que os outros para ser reconhecida, isto é, para compensar o preconceito.[16]

Ao concluir o ensino médio, Marcela se mudou para a capital paulista e, diferentemente dos seus colegas, precisou se virar. Após se formar em economia pela PUC, em 2008, Marcela passou um ano sem conseguir emprego na área e teve que trabalhar em um callcenter. Por essa ocasião, começou a questionar a ideia de meritocracia.[16]

Depois, Bonfim recebeu um convite para trabalhar na área financeira de uma empresa em Porto Velho, Rondônia. Após dois anos, comprou sua primeira câmera semiprofissional e começou a registrar a cultura e religiosidade local, incluindo povos barbadianos (povos afro-caribenhos) e comunidades quilombolas. Segundo Marcela, um fator crucial para a realização do projeto é que as pesquisas e registros sobre essas comunidades normalmente se concentram nas particularidades e características do Nordeste, Centro e Sul do Brasil, sem dar muito destaque à região Norte. Bonfim vive na capital rondoniense desde 2010.[15]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Bonfim foi uma das vencedoras do Prêmio PIPA 2021.[17][18] No ano seguinte, foi uma das mulheres finalistas do 16º Troféu Mulher Imprensa.[19]

Contexto: chegada dos negros na Amazônia[editar | editar código-fonte]

A partir de 1870, durante os ciclos da mineração e da exploração da borracha, houve um aumento significativo da migração de pessoas negras para a região amazônica. Durante as duas primeiras décadas do século XX, muitos afro-caribenhos vindos de Barbados e outras partes do Caribe chegaram à região para trabalhar como mão de obra qualificada na construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Antes disso, nos séculos XVIII e XIX, pessoas escravizadas de Vila Velha da Santíssima Trindade, que hoje faz parte do atual estado de Mato Grosso, migraram para as terras que agora fazem parte do território de Rondônia.[15]

Referências

  1. «Marcela Bonfim». Prêmio PIPA. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 17 de março de 2023 
  2. Afro, Projeto. «MARCELA BONFIM». Projeto Afro. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2022 
  3. Redação (9 de março de 2022). «Marcela Bonfim: 'O meio ambiente é o mundo"». Nós, mulheres da periferia. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 19 de maio de 2022 
  4. «Marcela Bonfim». Photothings. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 16 de agosto de 2022 
  5. «Marcela Bonfim». PIPA Prize (em inglês). Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2022 
  6. «Marcela Bonfim - Artistas». SP-Arte. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2023 
  7. «MARCELA BONFIM». FFParanapiacaba. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 7 de julho de 2022 
  8. «MARCELA BONFIM E A AMAZÔNIA NEGRA». Uma Concertação pela Amazonia. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 4 de julho de 2022 
  9. pequenoencontrodafotografia (26 de junho de 2022). «Inscrições para oficina com a fotógrafa Marcela Bonfim (RO)». pequenoencontrodafotografia. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2022 
  10. «III COPENE NORTE 2021 - Marcela Bonfim». copenenorte2021.abpn.org.br. Consultado em 15 de abril de 2023 
  11. Rondniaovivo.com; Rondoniaovivo.com (24 de agosto de 2022). «MARCELA BONFIM: Fotógrafa de RO expõe Amazônia Negra na Celebrating Brasil, na Nigéria - Rondoniaovivo.com». Rondoniaovivo. Consultado em 15 de abril de 2023 
  12. Real, Amazônia (21 de maio de 2016). «Marcela Bonfim expõe imagens dos costumes e influências da Amazônia Negra». Amazônia Real. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2022 
  13. «Marcela Bonfim». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 17 de abril de 2023 
  14. «Marcela Bonfim: "Não me reconhecia como negra"». Geledés. 20 de agosto de 2017. Consultado em 17 de Abril de 2023 
  15. a b c «Marcela Bonfim e a antropologia visual da Amazônia negra». Estadão Expresso. 3 de dezembro de 2021. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 29 de agosto de 2022 
  16. a b «Artista registra a Amazônia em busca de novo olhar sobre o corpo negro». www.uol.com.br. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2022 
  17. «Marcela Bonfim apresenta festival de fotografia que aborda a temática do meio ambiente». Prêmio PIPA. 4 de abril de 2022. Consultado em 17 de abril de 2023 
  18. Amazônia, Diário da. «Marcela Bonfim apresenta festival de fotografia que aborda a temática do meio ambiente». Diário da Amazônia. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 15 de abril de 2023 
  19. gentedeopiniao.com.br. «Fotógrafa Marcela Bonfim é finalista em prêmio nacional com o projeto "Amazônia Negra"». Gente de Opinião. Consultado em 15 de abril de 2023. Cópia arquivada em 15 de abril de 2023