Usuário:Carlos28/Interstellar Overdrive

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Música e composição[editar | editar código-fonte]

"Interstellar Overdrive", foi uma das primeiras improvisações instrumentais psicadélicas gravadas por uma banda de rock.[1] A composição é considerada como a primeira incursão dos Pink Floyd no space rock (juntamente com "Astronomy Domine"), apesar de, mais tarde, os membros da banda terem depreciado este termo. "Interstellar Overdrive" surgiu quando o primeiro gestor dos Pink Floyd, Peter Jenner, estava a tentar cantarolar uma música que não conseguia lembrar-se do nome (habitualmente identificada como uma versão de "My Little Red Book" dos Love).[2][3] O guitarrista e vocalista Syd Barrett acompanhou Jenner com a sua guitarra e utilizou a melodia como base para o principal refrão de "Interstellar Overdrive". O baixista Roger Waters disse a Barrett que o riff lhe recordava o tema principal de Steptoe and Son (de Ron Grainer). Na altura em que a música foi escrita, Barrett também era inspirado pelos AMM e o seu guitarrista Keith Rowe, que tinha um estilo que consistia em movimentar de peças de metal ao longo da escala da sua guitarra. A parte da composição improvisada (e também, "Pow R. Toc H."), foi inspirada nas improvisações delirantes de Frank Zappa e em "Eight Miles High" dos The Byrds'.

"Interstellar Overdrive" partilha os cromatismos com "Astronomy Domine". O tema principal desce cromaticamente de Si para Sol, antes de passar para Mi, sendo todos os acordes maiores.[4] A abertura do gancho da música é um  riff distorcida e descendente de guitarra interpretado por Barrett, o seu compositor, com Waters no baixo e Richard Wright no órgão. A secção rítmica de Nick Mason entra em seguida, e, depois de alguma repetição do riff, a composição transforma-se em improvisação, incluindo improvisações modais, órgão Farfisa, e interlúdios tranquilos.[5] Gradualmente, a composição vai ficando sem estrutura e com um tempo livre, pontuado apenas por estranhos ruídos de guitarra. Eventualmente, no entanto, toda a banda retoma o tema principal, que é repetido com uma diminuição do tempo e com uma intensidade mais intencional. Waters descreveu a música como "uma peça abstracta".[6] Um riff de baixo na composição evoluiria, mais tarde, para uma outra canção dos Pink Floyd, "Let There Be More Light", escrita por Waters.[7][8]

Gravação[editar | editar código-fonte]

A versão estéreo da canção tem um órgão que alterna entre alto-falantes; o efeito deixa de ser perceptível na versão mono da música, onde esta tem a mais um órgão e som de guitarra. No entanto, o órgão é muito importante durante os primeiros 50 segundos da versão mono—juntamente com alguns efeitos especiais—mas inaudível na mistura estéreo até à secção improvisada. Em 27 de Fevereiro de 1967, foram gravados cinco takes da música,[9][10] com um sexto mais tarde foi registado em 16 de Março de 1967, numa tentativa de criar uma versão mais curta,[11] com overdubs em Junho desse ano, a versão de Piper também aparece na compilação oficial ldos álbuns Relícs[nb 1][nb 2] e A NIce Pair.[nb 3][nb 4] Apesar de Smith ter tentando transformar uma longa composição de improvisos para algo mais prático,[16][17] Smith aceitou "Interstellar Overdrive", como Jenner recordou: "foi definitivamente uma cena tipo—ei!, aqui podem fazer "Interstellar Overdrive", vocês podem fazer o que gostam, podem fazer cenas estranhas. Assim, "Interstellar Overdrive" foi uma cena estranha . . . e, novamente, parabéns a Norman por deixá-los fazer isso."[18] Um efeito de delay foi criado pelo produtor Norman Smith, sobrepondo uma segunda versão da música sobre uma versão anterior. Smith tocou a parte da bateria na música.[19] Após esta parte, o riff de abertura é tocado com um panning estéreo.

Covers e legado[editar | editar código-fonte]

"Interstellar Overdrive", foi coberta por muitos artistas, inclusive de Adolescentes de um Fã-clubeErro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido e Kylesa.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido

Músicos[editar | editar código-fonte]

  1. Manning, Toby (2006). The Rough Guide to Pink Floyd 1st ed. London: Rough Guides. p. 180. ISBN 1-84353-575-0 
  2. Manning 2006, p. 26
  3. Chapman 2010, pp. 125–6
  4. Reisch, George A. (2007). Pink Floyd and Philosophy: Careful With That Axiom, Eugene! illustrated ed. [S.l.]: Open Court Publishing. p. 104. ISBN 9780812696363 
  5. Palacios 2010, p. 189
  6. Palacios 2010, p. 129
  7. Palacios 2010, p. 200
  8. Palacios 2010, p. 319
  9. Palacios, Julian. Syd Barrett & Pink Floyd: Dark Globe. [S.l.: s.n.] ISBN 0-85965-431-1 
  10. Palacios 2010, p. 187
  11. Palacios 2010, p. 195
  12. «Pink Floyd - Relics (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 3 November 2012  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  13. «Pink Floyd - Relics - A Bizarre Collection Of Antiques & Curios (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs.com. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 1 February 2014  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  14. «Pink Floyd - A Nice Pair (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs.com. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 20 December 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  15. «Pink Floyd - A Nice Pair (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs.com. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 26 June 2012  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  16. Manning 2006, p. 34
  17. Blake, Mark. Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd. [S.l.: s.n.] ISBN 0-306-81752-7 
  18. Cavanagh, John. The Piper at the Gates of Dawn. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8264-1497-7 
  19. Chapman 2010, p. 170

Links externos[editar | editar código-fonte]

[[Categoria:Canções de 1967]] [[Categoria:Canções de Pink Floyd]] [[Categoria:Canções de rock instrumental]]
Erro de citação: Existem etiquetas <ref> para um grupo chamado "nb", mas não foi encontrada nenhuma etiqueta <references group="nb"/> correspondente