Usuário:DAR7/Resumo da História da África

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Pré-história, Antiguidade e Idade Média[editar | editar código-fonte]

O fato de estar presente o homem no continente africano teve seus primórdios quando se iniciou a era quaternária ou terminou a era terciária. A maioria dos restos de hominídeos fósseis que os arqueólogos encontraram — australopitecos, atlantropos, homens de Neandertal e de Cro-Magnon — em lugares diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante no processo evolutivo da espécie humana e indica, até, que seja possível que o homem tenha suas origens nesse continente. A história da arte que vai entre o paleolítico e o neolítico tem suas semelhanças comparáveis à de outras áreas dos continentes europeu e asiático, com diferença de locais onde as regiões mais se desenvolveram. A maioria das zonas do interior do continente, meio posto em isolamento, em contraposição ao litoral, tiveram permanência em épocas estagiadas do período paleolítico, apesar de se começar a processar a neolitização do território em 10000 a.C., com uma diversidade de graus acelerados.[1]

O Norte da África é a região mais antiga do mundo. O fato de a civilização egípcia florescer e se inter-relacionar com as demais áreas culturais do mundo mediterrâneo tiveram estreito nessa região, há milhares de séculos, com que se desenvolveu geralmente a civilização ocidental. As colônias que pertenciam à Fenícia, Cartago, o processo de romanizar o continente, os vândalos que se fixaram e o Império Bizantino que influenciou tem deixado na totalidade da parte da África banhada pelo Mar Mediterrâneo uma parte principal da cultura que posteriormente quem assimilou e modificou foram os árabes, o que foi encontrado pela civilização no continente africano a importância de um campo onde se expandisse e consolidasse. As áreas de expansão do Islã foram o Sudão, o Saara e o litoral leste, favorecendo o acompanhamento das rotas de comércio do interior da África (escravos, ouro, penas de avestruz) e o estabelecimento de encraves marítimos (especiarias, seda) no Oceano Índico.[2]

Naquela época, era conhecida pela África negra uma quantidade de impérios e estados que floresceram. Estes impérios e estados nasceram de tal forma que os grandes clãs e tribos se submeteram ao poder de um só soberano que era adepto do feudalismo e da guerra. Entre esses impérios de maior importância figuram o de Aksum, na Etiópia, que teve sua chegada ao apogeu no século XIII; o de Gana, que se desenvolveu do século V ao século XI e os estados muçulmanos que o sucederam foram os de Mali (do século XIII ao século XV) e de Songhai (do século XV ao século XVI); o reino Abomey de Benin (século XVII); e a confederação zulu do sudeste africano (século XIX).[3][4]

Idades Moderna e Contemporânea[editar | editar código-fonte]

Durante o século XV teve início o fato de os exploradores vindos da Europa tivessem conquistado o litoral do Oeste da África. O que estimulou essa exploração foi o objetivo de buscar novos caminhos para a África, depois de os turcos fecharem o comércio no leste do Mar Mediterrâneo. Os colonizadores de Portugal, da Espanha, da França, Inglaterra e Países Baixos participaram da competição para dominar o novo caminho mediante o fato de estabelecerem feitorias no litoral e portos de embarque para comercializar os escravos. Naquela época, foram realizadas as primeiras viagens científicas que adentraram o interior do continente: Charles-Jacques Poncet na Abissínia, em 1700; James Bruce em 1770, procurando o local onde nasce o Nilo; Friedrich Konrad Hornermann viajando no deserto da Líbia sobre a garupa de um camelo, em 1798; Henry Morton Stanley e David Livingstone na bacia do Congo, em 1879.[5][6][7]

A partir do século XIX, as potências europeias se interessaram por governar e ganhar dinheiro. Esse interesses econômicos e políticos deram estímulo ao fato de penetrarem e colonizarem o interior da África. Desejar a criação de impérios que se fizessem a extensão de litoral a litoral teve como rivais o Reino Unido (que conseguiu a ocupação de uma faixa de norte a sul, do Egito à África do Sul, além de outras zonas que colonizou no golfo da Guiné), a França (que se estabeleceu no noroeste da África, em parte do equador africano e em Madagascar) e, em quantidade pequena, Portugal (Angola, Moçambique, Guiné e uma diversidade de ilhas estratégicas), Alemanha (Togo, Tanganica e Camarão), Bélgica (Congo Belga), Itália (Líbia, Etiópia e Somália) e Espanha (parte do Marrocos, Saara Ocidental e encraves na Guiné). A partilha da África teve consumação formal na Conferência de Berlim de 1884-1885, na qual foi firmado que a efetivação ocupacional se principiasse como forma de legitimar a posse das colônias.[8][9]

Foi acarretado pelo regime colonialista que fossem destruídas ou modificadas as estruturas sociais, econômicas, políticas e religiosas da maioria do território da África negra. As colônias que proclamaram sua independência, processo emancipatório que se iniciou após a Segunda Guerra Mundial e que se concluiu de maneira principal de 1960 até 1975, cuja gravidade de problemas de integrar os países ameaçaram a hegemonia política das nações africanas. Esses problemas resultaram das fronteiras arbitrárias como legado do sistema colonialista, além da pobreza (o rápido crescimento da população africana é mais elevado do fato de se produzir alimentos). Como dependem econômica e politicamente das antigas metrópoles, a má administração, as tribos e as ideologias que entraram em conflito, o que agravou tudo isso foi o fato de as cidades aumentarem sua população. Estas são as principais barreiras que impedem que os novos países se desenvolvam. Os governos desses países, majoritariamente de caráter militar ou presidencialista, tem tendência à adoção políticas que socializam que tem por objetivo libertar os países das potências estrangeiras. O fato de os países cooperarem coletivamente para a solução desses problemas deu origem a uma diversidade de organizações supranacionais que se baseiam na ideia do pan-africanismo, ou unificar a totalidade dos povos africanos que é adjacente aos interesses comuns; a mais relevante é a Organização da Unidade Africana (OUA).[10][11]

Referências

  1. Joseph Ki -Zerbo (2010). «História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  2. Gamal Mokhta (2010). «História geral da África, II: África antiga» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  3. Mohammed El Fasi (2010). «História geral da África, III: África do século VII ao XI» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  4. Djibril Tamsir Niane (2010). «História geral da África, IV: África do século XII ao XVI» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013  line feed character character in |autor= at position 16 (ajuda)
  5. Djibril Tamsir Niane (2010). «História geral da África, IV: África do século XII ao XVI» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013  line feed character character in |autor= at position 16 (ajuda)
  6. Bethwell Allan Ogot (2010). «História geral da África, V: África do século XVI ao XVIII» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  7. J. F. Ade Ajayi (2010). «História geral da África, VI: África do século XIX à década de 1880» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013  line feed character character in |autor= at position 11 (ajuda)
  8. J. F. Ade Ajayi (2010). «História geral da África, VI: África do século XIX à década de 1880» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  9. Albert Adu Boahen (2010). «História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  10. Albert Adu Boahen (2010). «História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013 
  11. Ali A. Mazrui e Christophe Wondji (2010). «História geral da África, VIII: África desde 1935» (PDF). Domínio Público. Consultado em 18 de setembro de 2013