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Simón Bolívar, libertador de seis países latino-americanos: Bolívia, Colômbia Equador, Panamá, Peru e Venezuela.

As colônias da América Latina tiveram permanência sob domínio da Europa por aproximadamente 300 anos.[1] Entre 1791 e 1824, a maior parte das colônias entrou na luta em guerras pelas quais as colônias, propriamente ditas, foram libertadas do jugo europeu.[2] Todo o país teve seus próprios heróis revolucionários, porém, ambos os homens foram destacados como líderes da América Latina independente.[3] Um dos dois é general venezuelano Simón Bolívar (1783-1830) o qual sagrou-se vitorioso quando libertou a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru e a Bolívia.[4] O outro é José de San Martín (1778-1850), general argentino e líder de um exército, iniciando a sua partida da Argentina, e deu ajuda para tornar o Chile independente da Espanha.[5] Deu colaboração, também, para que seja libertado o Peru.[5]

A maior parte das colônias tinha quatro motivos de base para entrar na luta pela independência:[3]

  1. Muitos mestiços que haviam enriquecidos e eram proprietários, baseavam a sua opinião no dever de participar ativamente no governo de seus países. Em geral, como os espanhóis encaravam desprezadamente os mestiços, estes não eram nada socialmente prestigiados. Sendo dessa forma, os mestiços que influenciaram acima dos nativos, foram líderes de rebeliões que deram uma derrubada nos senhores europeus.[3]
  2. Os crioulos (descendentes de espanhóis que nasceram nas Américas) não tiveram aceitação da ocupação exclusiva de cargos da administração pública por funcionários espanhóis. Os crioulos, como os mestiços, tiveram o desejo de serem representados no governo por políticos que defendessem os seus direitos.[3]
  3. Pelos reinos da Espanha e de Portugal foi proibido o comércio entre as suas colônias na América Latina, obrigando-as à força para fazer negócios com as metrópoles.[6] Os governos da Espanha e de Portugal deram suspensão à uma grande quantidade de restrições durante o século XIX, porém, o sentimento de injustiça econômica fez as colônias a agir.[3]
  4. Foi crescente nas colônias um sentimento de patriotismo, e o povo de classes diferenciadas da sociedade foi unido para que seja exigido o direito de dirigir um governo.[3]

O Haiti se revoltou com a França, em 1791.[7] Em 1804, o Haiti foi proclamado independente e transformado na república negra de mais alta antiguidade das Américas e do mundo.[8] Um antigo escravo negro, Toussaint l'Ouverture (1743-1803) foi o mais importante líder dos haitianos que lutou pela liberdade.[2]

Países latino-americanos por ano de independência.

A ocorrência de incidentes na Europa foi a causa das lutas pela independência nas colônias localizadas na América Latina.[9] Os reinos da Espanha e de Portugal passaram a entrar em decadência como potências mundiais.[9] Em 1808, Napoleão Bonaparte, imperador da França, tirou do trono Fernando VII da Espanha, governante o qual foi substituído por seu irmão, José Bonaparte.[10] Isto levou os hispano-americanos a reagirem violentamente.[9] Em 1810, por exemplo, os mexicanos iniciaram uma revolta contrária aos governantes espanhóis de José Bonaparte.[11] Os dois líderes da revolta mexicana foram ambos os padres Miguel Hidalgo y Costilla (1753-1811) e José Maria Morelos y Pavón (1765-1815).[11] Também em 1810, pelos grandes fazendeiros do Chile o país andino foi declarado independente do Reino da Espanha.[12] Mas perderam das forças espanholas.[9] O Chile foi declarado finalmente independente em 1818, com as forças cujo líder foi o herói chileno foi Bernardo O'Higgins (1778-1842) e por San Martin.[13]

Francisco de Miranda (1750-1816), revoltoso venezuelano, teve uma tentativa infrutífera de libertação do seu país em 1806 e pela segunda vez em 1811.[14] Simón Bolívar, que seguia Miranda, foi o empreendedor de um novo tipo de campanha em 1813.[4] Seus exércitos entraram na luta contrária às forças espanholas por mais de 10 anos e sagraram-se finalmente vitoriosos no atual distrito peruano de Ayacucho em 1824.[4] Esta vitória deu a independência à totalidade das colônias do Reino da Espanha na América do Sul.[4]

O Brasil proclamou sua independência de Portugal com ausência de declaração de guerras.[15] Em 1808, João VI de Portugal (1767-1826) encontrou refúgio durante a invasão napoleônica em seu país.[16] Teve retorno a Lisboa 14 anos posteriormente, depois que Napoleão Bonaparte foi derrotado.[9]Por João foi deixado seu filho Pedro (1798-1834) para ser o governante do Brasil como regente.[9] Porém, o povo brasileiro, como os povos que habitavam as colônias do Reino da Espanha, não tiveram o desejo de que os europeus os governassem.[9] Tiveram o desejo de libertação de Portugal.[9] No dia 7 de setembro de 1822, fez a declaração da independência do Império do Brasil e teve subida ao trono como Pedro I do Brasil.[15]

Os cidadãos nascidos na América Central tiveram repúdio à autoridade do Reino da Espanha em 1821.[9] Os rebeldes resistiram muito pouco, devido à pequenez das forças do Reino da Espanha no istmo centro-americano e pelo governador espanhol foi tomado o partido dos rebeldes.[9]

  1. «Independência da América Latina». Klick Educação. 2006. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  2. a b «INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA LATINA E SEUS DESDOBRAMENTOS» (PDF). Centro Paula Souza. Juliana de Souza Ramos. Consultado em 1º de novembro de 2011  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. a b c d e f «América Latina: História». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. São Paulo: Delta. 1982. pp. pp. 423 
  4. a b c d «Simón Bolívar». UOL Educação. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  5. a b «San Martín». UOL Educação. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  6. «Domínio espanhol». Ache Tudo e Região. 1999. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  7. «Revolução Haitiana». Mundo Educação. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  8. «Independência do Haiti». Brasil Escola. 2010. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  9. a b c d e f g h i j «América Latina: História: Lutas pela Independência». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. pp. pp. 424  |language= e |língua= redundantes (ajuda)
  10. «Cronologia das Ivansões Francesas: 1808». O Portal da História. 2010. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  11. a b «Índios, mestiços e criollos lutam entre si». UOL Educação. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  12. «Independência do Chile: Estratégia militar garantiu libertação». UOL Educação. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  13. «Independência do Chile: Estratégia militar garantiu libertação». Independência do Chile. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  14. «VIDA Y MUERTE DE FRANCISCO DE MIRANDA». Efemérides Venezuelanas. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  15. a b «Independência do Brasil». Sua Pesquisa. 2011. Consultado em 1º de novembro de 2011 
  16. «A Expansão Napoleônica, o Bloqueio Continental e a Fuga da Família Real para o Brasil». Cultura Brasil. Consultado em 1º de novembro de 2011