Usuário:DAR7/Testes/Geografia da Europa/Croácia
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Croácia (em croata: Hrvatska, pronunciado AFI: [xř̩ʋaːtskaː]), oficialmente República da Croácia (em croata: ⓘ), é um país europeu que limita ao norte com a Eslovénia e Hungria, a nordeste com a Sérvia, a leste com a Bósnia e Herzegóvina e ao sul com Montenegro. É banhado a oeste pelo mar Adriático e possui uma fronteira marítima com a Itália, no golfo chamado de Trieste. A cidade-sede do executivo, do legislativo e do judiciário é a capital Zagreb.
O país é membro das Nações Unidas, da OTAN, da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, do Conselho da Europa e mais recentemente, da União Europeia. A candidatura da Croácia à União Europeia (UE) ocorreu em 1 de fevereiro de 2003 e a adesão a 1 de julho de 2013, sendo o segundo país formado a partir do território da ex-Iugoslávia a ingressar na UE, depois da Eslovénia em 2004.[4]
Três regiões constituem a Croácia. A região litorânea, denominada Dalmácia, se estende do mar Adriático até a ex-república iugoslava da Bósnia e Herzegóvina. Os Alpes Dináricos estão localizados na região central da Croácia. A fronteira com a Hungria é formada pela planície da Panônia, que é conhecida pela sua fertilidade. Ambos os rios croatas, o Drava e o Sava, deságuam no Danúbio, a principal hidrovia da ex-Iugoslávia. As mais importantes fábricas croatas industrializam produtos químicos, alimentícios, petróleo, navios, roupas e tecidos, sendo Zagreb o maior centro fabril. O turismo igualmente colabora bastante para a economia croata. Os centros turísticos mais conhecidos são encontrados no decorrer do litoral adriático do país. Abrangem as ilhas de Brac, Hvar e Krk e a antiga cidade fortificada de Dubrovnik.
Tribos eslavas passaram a se fixar no atual território croata no século VII. Nos séculos X e XI, a Croácia já havia proclamado sua independência, no entanto, foi dominada pela Hungria após mais de 1100. Em 1526, o controle da Hungria — que incluía a Croácia — foi adquirido pelos Habsburgos da Áustria e, em 1867, a Croácia foi subordinada à Áustria-Hungria. A Áustria-Hungria foi um dos países que perderam a Primeira Guerra Mundial (1914–1918). Em 1918, a Croácia se juntou ao Montenegro, à Sérvia, à Eslovênia e a vários outros territórios limítrofes, para constituir o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Em 1929, a denominação do país foi alterada para Iugoslávia. A partir da década de 1960 havia crescido o movimento pela independência, a qual foi proclamada em 1991, depois de uma crise política, seguida de uma série de movimentos políticos e agitação civil.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
O topônimo “Croácia” entrou no português por intermédio do francês croate (“croata”). Este, no que lhe concerne, parece advir do eslavônico horvat, “montanheses”.[5] O gentílico para o país é “croata” e é registrado em português a partir de 1538.[6] Existem ainda as alternativas mais raras: “croácio”, “croaciano” e “croático”, a última apenas em referência à língua do país.
O nome da Croácia deriva do latim medieval Croātia. Comparar DUX CRUATORVM [“sic”] (“Duque dos Croatas”) atestado na inscrição de Branimir. É uma derivação do eslavo norte-ocidental *Xrovat, pela metátese líquida do período comum proposto *Xorvat, do proto-esl. *Xŭrvatŭ (*Xъrvatъ) que possivelmente vem do persa antigo *xaraxwat-.[7] A palavra é atestada pelo topônimo iraniano antigo Harahvait-, que é o nome nativo de Aracósia.
A origem do nome é incerta, mas se acredita que seja um termo gótico ou indo-ariano atribuído a uma tribo eslava.[8] O registo conservado mais antigo do croata etnônimo *xъrvatъ é de haste variável, atestados na tabuleta de Baška no pronome de tratamento zvъnъmirъ kralъ xrъvatъskъ (“Zvonimir, rei dos croatas”).[9]
O primeiro atestado do termo latino é atribuído a uma carta do Duque Trpimir do ano 852. Já o original está perdido, e apenas uma cópia de 1568 é preservada, levando a dúvida sobre a autenticidade da reivindicação.[10] A mais antiga inscrição em pedra preservada é a de Branimir, do século IX, encontrada perto de Benkovac, onde o duque Branimir é denominado Dux Cruatorvm. A inscrição não é acreditado para ser datado com precisão, mas é provável que seja de, durante o período de 879–892, durante o governo de Branimir.[11]
História[editar | editar código-fonte]
Origens, Áustria-Hungria, guerras mundiais e domínio iugoslavo[editar | editar código-fonte]
O povo croata veio para o território no século VII, e, quando Carlos Magno era suserano, em 803, foi convertido em cristãos. Em 1091, Ladislau I da Hungria tomou posse do poder, no entanto, a assembléia, a Sabor, e a relativa autonomia do reino croata foram mantidas. Em 1526, com a vitória dos otomanos sobre os húngaros, parte do país foi dominada pelos turcos. Ferdinando foi eleito rei pela porção restante. Entre 1809 e 1813 a Croácia era subordinada às Províncias Ilírias. Porção da Áustria-Hungria desde 1849, em 1868 tornou-se autônomo como o Reino da Croácia-Eslavônia.[12]
Depois da Primeira Guerra Mundial, a Croácia se juntou a demais territórios eslavos e constituiu o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que em 1929 começou a denominar-se Iugoslávia. Em 1941, no tempo da Segunda Guerra Mundial, proclamou-se em Zagreb o Estado Independente da Croácia, que incorporou a Eslavônia, porção da Dalmácia e Bósnia-Herzegovina. Ante Pavelić, líder do movimento fascista Ustaše, em cujo regime, judeus, sérvios, ciganos e dissidentes políticos foram mortos, dirigiu com firmeza ditatorial o novo país europeu proclamado independente da Iugoslávia. Até os dias atuais, os croatas são acusados de nazistas por boa parte dos povos da ex-Iugoslávia. Durante a Segunda Guerra Mundial, um conselho de libertação nacional foi formado e porção da Croácia libertada pelos socialistas liderados por Josip Broz Tito, chefe do Partido Comunista da Iugoslávia. Em 1945, Zagreb foi tomada pelos comunistas e a Croácia elevada à categoria de divisão administrativa da República Socialista Federativa da Iugoslávia.[12]
Desde então, como comportamento fascista, o governo central reprimiu todos os movimentos nacionalistas. Os croatas ficaram abalados com o desvio da renda do turismo para socorrer populações miseráveis de demais regiões iugoslavas. Nos anos 1960, ressurgiu o nacionalismo croata, estruturado em instituições como Matica Hrvatska, defendida pela Liga Comunista e por não-comunistas. Em 1971, chefes comunistas croatas precisaram renunciar e contra eles foram instaurados processos judiciais. Mesmo após o falecimento de Tito, em 1980, o nacionalismo croata continuou sendo procurado.[12]
Crise do comunismo, independência e guerra civil[editar | editar código-fonte]
Desde 1989, com a queda do bloco comunista, a Croácia buscou independência em território iugoslavo, o que resultou, em 30 de maio de 1990, com a eleição de um presidente não-comunista e independentista, o historiador Franjo Tudjman, da UDC. Em dezembro de 1990, uma nova constituição foi publicada pela Assembleia croata, os conflitos tornaram-se mais intensos quando o governo central exigiu o desarmamento dos grupos paramilitares e a ordem não foi acatada pelo poder executivo.[12]
Em 25 de junho de 1991, foi proclamada a independência da Croácia e da Eslovênia, que começaram o processo de desmembramento da federação iugoslava, declarado formalmente em 8 de outubro do mesmo ano. O novo país mudou a denominação de “República Socialista da Croácia” para “Croácia”, e entre janeiro e abril de 1992 a Croácia foi reconhecida como um país independente pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Em maio virou país-membro da ONU ao lado da Bósnia e Herzegovina e da Eslovênia. Em agosto, Tudjman reelegeu-se presidente durante a vitória da União Democrática Croata nas eleições legislativas.[12]
No ano de 1992, quando a guerra civil já ceifou a vida de 6 mil pessoas, além de ferir 23 mil e desabrigar 400 mil, foi firmado um cessar-fogo, promovido pela ONU, entre a Guarda Nacional croata e o EPI. No mês de fevereiro de 1992 uma Força de Proteção da ONU, formada de 14 mil homens, encarregou-se de agir para retirar o EPI e a desmilitarizar os enclaves da Sérvia em território croata. Embora a força da ONU estivesse empenhada nisso, ela esteve presente em diversas vezes e foi bastante atacada por alguns sérvios e croatas, continuando até a metade da década as reivindicações territoriais na Croácia, tanto as provocadas por muitas etnias como as de finalidade política interior. Existia então a questão dos refugiados, os quais ultrapassaram de 800 mil, vindos principalmente da Bósnia e Herzegóvina.[12]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Demografia[editar | editar código-fonte]
Política[editar | editar código-fonte]
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
Economia[editar | editar código-fonte]
Infraestrutura[editar | editar código-fonte]
Cultura[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas
Referências
- ↑ Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
- ↑ a b c d Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014
- ↑ «Human Development Report 2015» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2015
- ↑ http://www.publico.pt/Mundo/bruxelas-da-luz-verde-a-entrada-da-croacia-na-ue_1498336
- ↑ José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "croatas".
- ↑ Substantivo e adjetivo de dois gêneros, segundo o Dicionário Houaiss, verbete "croata". O mesmo dicionário também registra as alternativas "croaciano" e "croácio".
- ↑ Alemko Gluhak (1993). Hrvatski etimološki rječnik [Croatian Etymological Dictionary] (em croata). [S.l.]: August Cesarec. ISBN 953-162-000-8
- ↑ Marc L. Greenberg (abril de 1996). «The Role of Language in the Creation of Identity: Myths in Linguistics among the Peoples of the Former Yugoslavia» (PDF). University of Kansas. Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ Fučić, Branko (setembro de 1971). «Najstariji hrvatski glagoljski natpisi» [The Oldest Croatian Glagolitic Inscriptions]. Old Church Slavonic Institute. Slovo (em Croatian). 21: 227–254. Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ Mužić 2007, p. 27.
- ↑ Mužić 2007, pp. 195–198.
- ↑ a b c d e f Garschagen 1998, pp. 3–4.