Usuário:DAR7/Testes/Geografia da Europa/Croácia

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República da Croácia
Republika Hrvatska
Bandeira da Croácia
Brasão de armas da Croácia
Brasão de armas da Croácia
Bandeira Brasão de armas
Lema: Pravda i jednakost za Hrvate
Hino nacional: Lijepa naša domovino
noicon
Gentílico: croata e croácio(a)[1]

Localização da Croácia
Localização da Croácia

Localização da Croácia (em vermelho) na União Europeia e no continente europeu.
Capital Zagrebe
45º48'N 16º00'E
Cidade mais populosa Zagrebe
Língua oficial Croata
Governo República parlamentarista
• Presidente Kolinda Grabar-Kitarović
• Primeiro-ministro Aleksandar Subašić
Estabelecimento História 
• Fundada Primeira metade do século VII 
• Elevado a Reino 925 
• União pessoal com a Hungria 1102 
• Parte do Sacro Império Romano-Germânico 1 de janeiro de 1527 
• Independência da Áustria-Hungria 29 de outubro de 1918 
• Integrou a Iugoslávia 1 de dezembro de 1918 
• Independência da Iugoslávia 8 de outubro de 1991 
Área  
  • Total 56 542 km² (126.º)
 • Água (%) 0,2
População  
  • Estimativa para 2016 4 190 669 hab. (114.º)
 • Censo 2001 4 437 460 hab. 
 • Densidade 81 hab./km² (109.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 • Total US$ 87,300 bilhões*[2] 
 • Per capita US$ 20 392[2] 
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 • Total US$ 58,325 bilhões*[2] 
 • Per capita US$ 13 624[2] 
IDH (2015) 0,827 (45.º) – muito alto[3]
Moeda Kuna croata (HRK)
Fuso horário (UTC+1)
 • Verão (DST) (UTC+&)
Cód. ISO HRV
Cód. Internet .hr
Cód. telef. +385
Website governamental http://www.vlada.hr/

Croácia (em croata: Hrvatska, pronunciado AFI[xř̩ʋaːtskaː]), oficialmente República da Croácia (em croata: Republika Hrvatska), é um país europeu que limita ao norte com a Eslovénia e Hungria, a nordeste com a Sérvia, a leste com a Bósnia e Herzegóvina e ao sul com Montenegro. É banhado a oeste pelo mar Adriático e possui uma fronteira marítima com a Itália, no golfo chamado de Trieste. A cidade-sede do executivo, do legislativo e do judiciário é a capital Zagreb.

O país é membro das Nações Unidas, da OTAN, da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, do Conselho da Europa e mais recentemente, da União Europeia. A candidatura da Croácia à União Europeia (UE) ocorreu em 1 de fevereiro de 2003 e a adesão a 1 de julho de 2013, sendo o segundo país formado a partir do território da ex-Iugoslávia a ingressar na UE, depois da Eslovénia em 2004.[4]

Três regiões constituem a Croácia. A região litorânea, denominada Dalmácia, se estende do mar Adriático até a ex-república iugoslava da Bósnia e Herzegóvina. Os Alpes Dináricos estão localizados na região central da Croácia. A fronteira com a Hungria é formada pela planície da Panônia, que é conhecida pela sua fertilidade. Ambos os rios croatas, o Drava e o Sava, deságuam no Danúbio, a principal hidrovia da ex-Iugoslávia. As mais importantes fábricas croatas industrializam produtos químicos, alimentícios, petróleo, navios, roupas e tecidos, sendo Zagreb o maior centro fabril. O turismo igualmente colabora bastante para a economia croata. Os centros turísticos mais conhecidos são encontrados no decorrer do litoral adriático do país. Abrangem as ilhas de Brac, Hvar e Krk e a antiga cidade fortificada de Dubrovnik.

Tribos eslavas passaram a se fixar no atual território croata no século VII. Nos séculos X e XI, a Croácia já havia proclamado sua independência, no entanto, foi dominada pela Hungria após mais de 1100. Em 1526, o controle da Hungria — que incluía a Croácia — foi adquirido pelos Habsburgos da Áustria e, em 1867, a Croácia foi subordinada à Áustria-Hungria. A Áustria-Hungria foi um dos países que perderam a Primeira Guerra Mundial (1914–1918). Em 1918, a Croácia se juntou ao Montenegro, à Sérvia, à Eslovênia e a vários outros territórios limítrofes, para constituir o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Em 1929, a denominação do país foi alterada para Iugoslávia. A partir da década de 1960 havia crescido o movimento pela independência, a qual foi proclamada em 1991, depois de uma crise política, seguida de uma série de movimentos políticos e agitação civil.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O topônimo “Croácia” entrou no português por intermédio do francês croate (“croata”). Este, no que lhe concerne, parece advir do eslavônico horvat, “montanheses”.[5] O gentílico para o país é “croata” e é registrado em português a partir de 1538.[6] Existem ainda as alternativas mais raras: “croácio”, “croaciano” e “croático”, a última apenas em referência à língua do país.

O nome da Croácia deriva do latim medieval Croātia. Comparar DUX CRUATORVM [“sic”] (“Duque dos Croatas”) atestado na inscrição de Branimir. É uma derivação do eslavo norte-ocidental *Xrovat, pela metátese líquida do período comum proposto *Xorvat, do proto-esl. *Xŭrvatŭ (*Xъrvatъ) que possivelmente vem do persa antigo *xaraxwat-.[7] A palavra é atestada pelo topônimo iraniano antigo Harahvait-, que é o nome nativo de Aracósia.

A origem do nome é incerta, mas se acredita que seja um termo gótico ou indo-ariano atribuído a uma tribo eslava.[8] O registo conservado mais antigo do croata etnônimo *xъrvatъ é de haste variável, atestados na tabuleta de Baška no pronome de tratamento zvъnъmirъ kralъ xrъvatъskъ (“Zvonimir, rei dos croatas”).[9]

O primeiro atestado do termo latino é atribuído a uma carta do Duque Trpimir do ano 852. Já o original está perdido, e apenas uma cópia de 1568 é preservada, levando a dúvida sobre a autenticidade da reivindicação.[10] A mais antiga inscrição em pedra preservada é a de Branimir, do século IX, encontrada perto de Benkovac, onde o duque Branimir é denominado Dux Cruatorvm. A inscrição não é acreditado para ser datado com precisão, mas é provável que seja de, durante o período de 879–892, durante o governo de Branimir.[11]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Croácia

Origens, Áustria-Hungria, guerras mundiais e domínio iugoslavo[editar | editar código-fonte]

O povo croata veio para o território no século VII, e, quando Carlos Magno era suserano, em 803, foi convertido em cristãos. Em 1091, Ladislau I da Hungria tomou posse do poder, no entanto, a assembléia, a Sabor, e a relativa autonomia do reino croata foram mantidas. Em 1526, com a vitória dos otomanos sobre os húngaros, parte do país foi dominada pelos turcos. Ferdinando foi eleito rei pela porção restante. Entre 1809 e 1813 a Croácia era subordinada às Províncias Ilírias. Porção da Áustria-Hungria desde 1849, em 1868 tornou-se autônomo como o Reino da Croácia-Eslavônia.[12]

Depois da Primeira Guerra Mundial, a Croácia se juntou a demais territórios eslavos e constituiu o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que em 1929 começou a denominar-se Iugoslávia. Em 1941, no tempo da Segunda Guerra Mundial, proclamou-se em Zagreb o Estado Independente da Croácia, que incorporou a Eslavônia, porção da Dalmácia e Bósnia-Herzegovina. Ante Pavelić, líder do movimento fascista Ustaše, em cujo regime, judeus, sérvios, ciganos e dissidentes políticos foram mortos, dirigiu com firmeza ditatorial o novo país europeu proclamado independente da Iugoslávia. Até os dias atuais, os croatas são acusados de nazistas por boa parte dos povos da ex-Iugoslávia. Durante a Segunda Guerra Mundial, um conselho de libertação nacional foi formado e porção da Croácia libertada pelos socialistas liderados por Josip Broz Tito, chefe do Partido Comunista da Iugoslávia. Em 1945, Zagreb foi tomada pelos comunistas e a Croácia elevada à categoria de divisão administrativa da República Socialista Federativa da Iugoslávia.[12]

Desde então, como comportamento fascista, o governo central reprimiu todos os movimentos nacionalistas. Os croatas ficaram abalados com o desvio da renda do turismo para socorrer populações miseráveis de demais regiões iugoslavas. Nos anos 1960, ressurgiu o nacionalismo croata, estruturado em instituições como Matica Hrvatska, defendida pela Liga Comunista e por não-comunistas. Em 1971, chefes comunistas croatas precisaram renunciar e contra eles foram instaurados processos judiciais. Mesmo após o falecimento de Tito, em 1980, o nacionalismo croata continuou sendo procurado.[12]

Crise do comunismo, independência e guerra civil[editar | editar código-fonte]

Desde 1989, com a queda do bloco comunista, a Croácia buscou independência em território iugoslavo, o que resultou, em 30 de maio de 1990, com a eleição de um presidente não-comunista e independentista, o historiador Franjo Tudjman, da UDC. Em dezembro de 1990, uma nova constituição foi publicada pela Assembleia croata, os conflitos tornaram-se mais intensos quando o governo central exigiu o desarmamento dos grupos paramilitares e a ordem não foi acatada pelo poder executivo.[12]

Em 25 de junho de 1991, foi proclamada a independência da Croácia e da Eslovênia, que começaram o processo de desmembramento da federação iugoslava, declarado formalmente em 8 de outubro do mesmo ano. O novo país mudou a denominação de “República Socialista da Croácia” para “Croácia”, e entre janeiro e abril de 1992 a Croácia foi reconhecida como um país independente pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Em maio virou país-membro da ONU ao lado da Bósnia e Herzegovina e da Eslovênia. Em agosto, Tudjman reelegeu-se presidente durante a vitória da União Democrática Croata nas eleições legislativas.[12]

No ano de 1992, quando a guerra civil já ceifou a vida de 6 mil pessoas, além de ferir 23 mil e desabrigar 400 mil, foi firmado um cessar-fogo, promovido pela ONU, entre a Guarda Nacional croata e o EPI. No mês de fevereiro de 1992 uma Força de Proteção da ONU, formada de 14 mil homens, encarregou-se de agir para retirar o EPI e a desmilitarizar os enclaves da Sérvia em território croata. Embora a força da ONU estivesse empenhada nisso, ela esteve presente em diversas vezes e foi bastante atacada por alguns sérvios e croatas, continuando até a metade da década as reivindicações territoriais na Croácia, tanto as provocadas por muitas etnias como as de finalidade política interior. Existia então a questão dos refugiados, os quais ultrapassaram de 800 mil, vindos principalmente da Bósnia e Herzegóvina.[12]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Política[editar | editar código-fonte]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
  2. a b c d Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014 
  3. «Human Development Report 2015» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2015 
  4. http://www.publico.pt/Mundo/bruxelas-da-luz-verde-a-entrada-da-croacia-na-ue_1498336
  5. José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "croatas".
  6. Substantivo e adjetivo de dois gêneros, segundo o Dicionário Houaiss, verbete "croata". O mesmo dicionário também registra as alternativas "croaciano" e "croácio".
  7. Alemko Gluhak (1993). Hrvatski etimološki rječnik [Croatian Etymological Dictionary] (em croata). [S.l.]: August Cesarec. ISBN 953-162-000-8 
  8. Marc L. Greenberg (abril de 1996). «The Role of Language in the Creation of Identity: Myths in Linguistics among the Peoples of the Former Yugoslavia» (PDF). University of Kansas. Consultado em 14 de outubro de 2011 
  9. Fučić, Branko (setembro de 1971). «Najstariji hrvatski glagoljski natpisi» [The Oldest Croatian Glagolitic Inscriptions]. Old Church Slavonic Institute. Slovo (em Croatian). 21: 227–254. Consultado em 14 de outubro de 2011 
  10. Mužić 2007, p. 27.
  11. Mužić 2007, pp. 195–198.
  12. a b c d e f Garschagen 1998, pp. 3–4.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]