Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Brasil/Amapá
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O Amapá (pronúncia em português: [amaˈpa] ouça, região inicialmente chamada de Mairi) é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[7] Está localizado a nordeste da Região Norte. Possui como limites: ao norte, com a Guiana Francesa. A noroeste, com o distrito surinamês de Sipaliwini. A leste, com o oceano Atlântico. E a sudoeste, com o Pará. Compreende uma superfície de 142 828,521 km². A capital do estado é o município de Macapá. As cidades mais importantes são Macapá, Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque, Porto Grande, Mazagão, Tartarugalzinho, Pedra Branca do Amapari, Vitória do Jari e Calçoene.[8]
O relevo é menos montanhoso, geralmente aquém dos 300 m. A planície litorânea se distingue pela existência de mangues e lagoas. Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá são os rios mais importantes. A economia está alicerçada na exploração da castanha-do-pará, da madeira e na mineração de manganês.[8]
Com a denominação de capitania da Costa do Cabo Norte, a região foi dominada por ingleses e holandeses, repelidos pelos portugueses. No século XVIII a França disputou a conquista da área. O Tratado de Utrecht, de 1713, determinou as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, que não foram cumpridas pelos franceses. O descobrimento do ouro e o encarecimento da borracha no comércio mundial, no decorrer do século XIX, estimularam a colonização do Amapá e intensificaram as reivindicações territoriais. No entanto, em 1.º de maio de 1900, a Comissão de Arbitragem de Genebra deu a ocupação do território ao Brasil, anexado ao Pará com a designação de Araguari. Em 1943 transformou-se em território federal conhecido como Amapá. O descobrimento de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio, em 1945, mudou a economia local. Em 5 de outubro de 1988 foi promovido à condição de estado.[8]
De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população era de 877 613 habitantes em 2021. Quanto aos indicadores sociais, o Amapá possui a 14ª menor incidência de pobreza, a sétima menor taxa de analfabetismo e o 15º maior PIB per capita do país. No entanto, o estado apresentou, em 2010, a terceira maior taxa de mortalidade infantil entre os estados brasileiros.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Os tupinambás inicialmente habitavam a região, estes consideravam-se filhos do grande ancestral e herói “Maíra”, assim o topônimo “Mairi”, utilizado para representar o território tupinambá (atuais estados brasileiros do Amapá, Pará e, Maranhão), com origem no nheengatu, inicialmente significaria o “território de Maíra” ou “terra dos filhos de Maíra”.[9] Mas esta divindade foi associada aos “homens brancos” e, em especial, aos navegadores franceses, passando a serem chamados de “Maíras” ou “Mair”, e assim a região de “Mairi” passou a representar o “lugar dos franceses”.[10][9]
A denominação Amapá tem origem no rio homônimo, cujo nome aparece em documentos do século XVIII; a região deste rio começa a ser conhecida pela designação no começo do século XIX, designativo que se torna oficial pelo final deste século. Em 1943, é fundado o Território Federal do Amapá, com a denominação oficializada. Sua etimologia, incerta, aparenta constituir o tupi ama'pa, designação de uma árvore das apocináceas, chamada de amapá-doce, apesar de se lhe atribuir ainda etimologia de procedência caraíba.[11][12]
A origem do nome do estado é controversa. Na língua tupi, o nome “amapá” significaria “o lugar da chuva” (ama, “chuva” e paba, “lugar”, “estância”, “morada”). Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu, significando “terra que acaba” ou “ilha”. Segundo outros, a palavra “amapá” é de origem aruaque e se referiria ao amapazeiro (Hancornia amapa), uma árvore típica da região pertencente à família das Apocináceas.[13] O amapazeiro produz um fruto roxo, saboroso, em formato de maçã; de onde é extraído o “leite de amapá” usado na medicina popular como fortificante, estimulante do apetite e também no tratamento de doenças respiratórias e gastrite. A espécie encontra-se ameaçada, dada a sua exploração predatória para extração da seiva.[14] Ainda segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, “Amapá” deriva de amapá, termo da língua geral setentrional que designa uma espécie de árvore apocinácea.[15] O Dicionário Aurélio chama de “amapá” a espécie Parahancornia amapa, da família das apocináceas.[16]
História[editar | editar código-fonte]
Período colonial[editar | editar código-fonte]
Por intermédio do Tratado de Tordesilhas (1494), a região estava subordinada ao Império Espanhol, mais precisamente ao Reino da Terra Firme.[17] Entretanto, a fusão das coroas ibéricas, de 1580 a 1640, possibilitou seu desbravamento tanto por portugueses como espanhóis. Com a denominação de Capitania da Costa do Cabo Norte, foi concedida em 1637 ao português Bento Manuel Parente.[18]
Os franceses, ingleses e holandeses, fixados nas Guianas, entraram constantemente através da foz do rio Amazonas. Isso forçou os lusos a criar o forte de Cumau, com o designativo de Santo Antônio de Macapá. Os ingleses foram desalojados depois, no entanto, os franceses continuaram invadindo e disputando a região.[18]
Em 1713, por meio do Tratado de Utrecht, a França reconheceu o rio Oiapoque como limite natural dos domínios portugueses, a leste, e franceses, a oeste. Todavia, os franceses desobedeceram ao tratado, expandindo seus territórios em direção ao rio Araguari. Em consequência dessa desobediência por parte da França, os portugueses ergueram o forte de São José de Macapá, o maior do Brasil (1764–1782). Eles colonizaram a região com imigrantes açorianos e marroquinos.[18]
Período imperial e republicano[editar | editar código-fonte]
O descobrimento do ouro no século XIX e, posteriormente, o encarecimento da borracha, trouxeram imigrantes ao Amapá. Em 1856, Macapá foi promovida a cidade, o mesmo que teria ocorrido com Mazagão em 1889.[18]
Os franceses, que então não haviam deixado o território, disputavam a conquista dos depósitos de ouro e dominaram a povoação de Amapá. Em 1895, a França mandou a canhoneira Bengali e trezentos soldados para invadir a região. Foram repelidos pelas forças lideradas por Francisco Xavier da Veiga Cabral. Para solucionar em definitivo o problema, a França reconheceu a arbitragem internacional. Em 1900, o presidente da Suíça, Walter Hauser comandava a Comissão de Arbitragem. Ele admitiu as justificativas do barão do Rio Branco e concedeu ganho de causa ao Brasil. Foi fundado, na época, o território de Araguari, integrado ao Pará.[18]
Emancipado em 1943, com a denominação de Território Federal do Amapá, foi elevado à categoria de unidade federativa em 1988. Isso foi por determinação da Assembleia Nacional Constituinte. O primeiro governador do estado do Amapá, Aníbal Barcellos, do PFL, elegeu-se em 1990. Em outubro de 1994, elegeu-se João Alberto Rodrigues Capiberibe, do PSB. Foi empossado do posto em janeiro de 1995.[18] Eleito em 1998, João Capiberibe tomou posse em janeiro de 1999. Permaneceu no posto até abril de 2002, quando foi sucedido por Dalva Figueiredo, que concluiu o mandato.[19][20] Em 2002, venceu as eleições o pedetista Waldez Góes. Foi empossado do cargo em janeiro de 2003. Reelegendo-se em 2006, assumiu o governo do estado em janeiro de 2007. Continuou no poder até abril de 2010, no momento em que foi substituído por Pedro Paulo, que completou o mandato.[21] Em 2010, foi eleito o peessedebista Camilo Capiberibe. Tomou posse do poder executivo estadual em janeiro de 2011.[22] Em 2014, elegeu-se o pedetista Waldez Góes. Foi empossado do cargo em janeiro de 2015. Em 2018, foi reeleito Waldez Goés, assumindo o posto em janeiro de 2019.[21] Eleito nas eleições estaduais no Amapá em 2022, o solidarista Clécio Luís tomou posse em 2023.[23][24]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Demografia[editar | editar código-fonte]
Governo e política[editar | editar código-fonte]
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
Economia[editar | editar código-fonte]
Infraestrutura[editar | editar código-fonte]
Cultura[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas
Referências
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021
- ↑ IBGE, IBGE (27 de agosto de 2021). «Estimativa Populacional 2021» (PDF). ibge.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2021
- ↑ «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023
- ↑ «Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015» (PDF). IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016
- ↑ «Sinopse do Censo Demográfico 2010». IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016
- ↑ Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP. «Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023
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- ↑ a b c «Amapá». www.brasil.gov.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 10 de maio de 2000
- ↑ a b Neves, Ivânia dos Santos (2022). Mairi a terra de maíra: a ancestralidade indígena eclipsada em Belém. 7. Rio de Janeiro: Policromias revista do discurso, imagem e som. pp. 178–205. Consultado em 1 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 28 de setembro de 2022
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- ↑ Houaiss, Barbosa & Barbosa 1993, p. 10065.
- ↑ Só História. Discussões sobre o “descobrimento” Arquivado em 7 de julho de 2022, no Wayback Machine.
- ↑ Revista Galileu. Índios, santos e geografia Arquivado em 29 de outubro de 2013, no Wayback Machine., por Giovana Girardi.
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 542.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 98.
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- ↑ a b c d e f Mascarenhas et al. 1998, p. 237.
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «JOAO ALBERTO RODRIGUES CAPIBERIBE». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2023
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «Maria Dalva de Souza Figueiredo». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2023
- ↑ a b Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «GÓIS, Valdez». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2023
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «Carlos Camilo Góes Capiberibe». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 19 de março de 2023. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2020
- ↑ Benevides, Gabriel (2 de outubro de 2022). «Clécio Luís é eleito governador do Amapá com 53,69% dos votos». Poder360. Consultado em 23 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 23 de novembro de 2022
- ↑ «Dia da Posse: veja detalhes da cerimônia que oficializa Clécio Luís como governador do Amapá». G1. Consultado em 1 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2023
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Houaiss, Antônio; Barbosa, Francisco de Assis; Barbosa, Raul José de Sá (1993). «Amapá». Enciclopédia Mirador Internacional. 2. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda
- Mascarenhas, Maria Amélia; Biasi, Mauro De; Coltrinari, Lylian; Moraes, Antônio Carlos de Robert de (1998). «Amapá». Grande Enciclopédia Larousse Cultural. 2. São Paulo: Nova Cultural