Usuário:DAR7/Testes/História de Curitiba/História do Portão, da Fazendinha e do Novo Mundo

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1693[editar | editar código-fonte]

Em 29 de março de 1693, duas "sesmarias" já haviam sido cedidas no vale do Barigui: a primeira, em 1661, para Baltazar Carrasco dos Reis. A outra, compreendendo parte do que é hoje o bairro Fazendinha, foi doada a Mateus Martins Leme, sete anos após. É bom recordar que os dois promulgaram a ata de criação de Curitiba, em 1693. Os relatos mais antigos a respeito do Portão apareceriam em meados do século XVIII. Acerca do Novo Mundo as mais antigas notícias vêm do começo do século XX, no momento que a região era somente uma grande pradaria.[1]

1756[editar | editar código-fonte]

Conforme essas terras eram colonizadas e convertidas em fazendas e propriedades, as pequenas trilhas e caminhos alternativos usados pelos habitantes e, especialmente, pelos peregrinos, foram se definindo mais claramente. Um caminho, bastante usada, que ligava a estrada de São José à dos Campos Gerais ganhou a denominação de "Atalho da Fazendinha" ou do "Rodeio", por conectar o Campo Comprido com o Portão, limitando em certas léguas o percurso. A utilização dessa trilha, hoje João Dembisnki, e de sua extensão na Carlos Klemtz, tem uma longa história. Segundo o historiógrafo Júlio Moreira, em 1735 já existia a responsabilidade da Câmara em preservá-lo:[2]

"O Ouvidor Manoel dos Santos Lobato, no ano de 1735, depois de declarar que os caminhos e estradas públicas, de modo geral, estavam imperfeitos, proveu que os oficiais da Câmara mandassem fazer e alargar as estradas e, particularmente, o caminho a que chamam de Atalho, que vai para os Campos Gerais. Em maio do ano seguinte, os vereadores determinaram pôr em praça a arrematação da feitura daquele atalho."
— Júlio Moreira

 Caminho das Comarcas de Curitiba e Paranaguá. Curitiba: Imprensa Oficial, 1975.

O Atalho, que cortava a fazenda do sesmeiro Antônio Luiz Tigre, estava associado à estrada que atravessava sua propriedade, denominada Rodeio do Itaqui, onde igualmente havia um lugar cognominado Fazendinha. Os movimentos e os deslocamentos das tropas de gado foram denunciados por boa parte dos registros de reclamações dos habitantes à Câmara, pela ocupação de suas plantações. A disputa das duas fontes de renda — o deslocamento de gado, de invernada para invernada, a caminho das feiras e mercados, e a agricultura de subsistência local — já surge num termo de vereança de 14 de agosto de 1756, onde a Câmara determina a todos os fazendeiros do Rocio que construam cercas em suas testadas para impedir o trânsito dos gados e resguardar as searas dos trigos. Provavelmente houve um enorme cercado em todo o rocio, área subordinada à Câmara Municipal, primeiro a uma distância de meia légua desde o Pelourinho, mais tarde progressivamente aumentada, prolongando os limites até a Campina do Siqueira e o atual Novo Mundo, na interseção das estradas de São José e dos Campos de Tindiquera, no primeiro meado do século XIX. Este cercado seria a soma de diversas testadas de foreiros ou de donos de terras demarcadoras das trilhas como itinerários decisivos. No dia 31 de outubro de 1757, existe o registro de uma fiscalização, mandada realizar pelas autoridades da Câmara, dos cercados do Rocio, onde surgem alusões a duas porteiras: o Portão, mandada construir — e que serviria para rebanhos e animais de montaria e para o tráfego das rochas da Igreja Matriz — e no trajeto da estrada, o Portão que pertencia ao pároco Francisco Colasso, vigário da vara de Paranaguá.[2]

1802[editar | editar código-fonte]

O registro que comprova mais claramente a presença de um obstáculo e de supervisores, em um de seus entroncamentos do trajeto para São José com os dos Campos Gerais, é a vereança datada de 12 de junho de 1802. Nela, os vereadores determinam que se construam a ponte e o caminho do Barigui até chegar no Campo Comprido. No mesmo dia, é aplicada "a pena de seis mil réis de condenação e trinta dias de cadeia aos que passarem gados para os portos de Morretes e rio São Francisco sem licença do Juiz Ordinário, que para lhe mandar passar lhe farão apresentar bilhetes dos vendedores, e da mesma forma que não possam xarquear para negócio sem licença desta Câmara..." Este posto de inspetor, registrado, perdura até a República. Dessa forma consta, no livro de Atos Municipais, que: "Cícero Gonçalves Marques, prefeito municipal da Capital, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo parágrafo 6.º do artigo 4.º da lei n.º 134, de 29 de dezembro de 1894, nomeia os cidadãos José Pedroso e Altevir de Sarandy Raposo, o primeiro para guarda da agência do Bariguy, e o segundo para a do Portão, vencendo cada um, mensalmente, 120 mil réis".[3]

1909[editar | editar código-fonte]

Em 7 de janeiro de 1909, o Portão foi promovido à condição de distrito judiciário da municipalidade de Curitiba. Até então, ele estava subordinado ao distrito policial de Santa Quitéria. Os limites do novo distrito se iniciam na moradia de Pedro Hey, na rodovia para a Lapa e se deslocavam diretamente até a rodovia de São José dos Pinhais, prosseguindo por esta abaixo, até o rio Grande (Iguaçu), e por este descendo, até o Rio Barigui, ascendendo por este superiormente até a residência de Pedro Hey, e daí pelos marcos do quarteirão policial de Santa Quitéria, fundado em 1854. No mesmo ano, vinha a Curitiba o imigrante espanhol Joaquim Font. No dia da vinda, ele acreditou que a celebração realizada pela gente nas ruas era para ele. Somente mais tarde tomou conhecimento de que a festa eram os dez anos da proclamação da República no Brasil: "Cheguei junto com a proclamação da República, não no ano, mas no dia. Devido a isso venci. Não são todos que, ao desembarcarem numa terra estranha, encontram todo o mundo feliz e sorrido". Essa região desconhecida para Joaquim Font, bem como para vários imigrantes, era um novo mundo. Considerando dessa maneira, ele ergueu no sul de Curitiba um depósito cognominado O Novo Mundo, no começo do século XX.[4]

1910[editar | editar código-fonte]

No início do século XX, uma família ligou sua história à da Fazendinha: os Klemtz. Na década de 1910, as olarias estabelecidas por essa família, que por muitos anos constituíram uma das poucas alternativas de emprego na região, movimentaram novos residentes e colaboraram para o desenvolvimento do bairro. As fábricas de cerâmica, os sons dos homens trabalhando às margens do rio Barigui e a mansão erguida por Francisco Klemtz se tornaram símbolos duradouros na geografia e na história da Fazendinha. A escola, principalmente fundada para os herdeiros dos trabalhadores, era uma residência modesta de madeira, contendo apenas uma única sala de aula para todos os estudantes. Para chegar até lá, era necessário cortar campos e propriedades privadas. Na região do Portão e Novo Mundo, os habitantes ficaram surpresos com uma inovação no transporte nos anos subsequentes: o bonde elétrico.[5]

1918[editar | editar código-fonte]

Em 1914, o Portão, que já contava com bondes tracionados por mulas desde 1910, foi introduzido aos bondes movidos a eletricidade. Os residentes do bairro sentiram orgulho disso, já que os bondes elétricos chegaram apenas dois anos após sua estreia na cidade. Os trilhos dos bondes foram colocados sobre dormentes apoiados em brita, enquanto o leito da rua era coberto de terra. Diz-se que, durante as chuvas, a área se convertia em um lamaçal caótico, enquanto nos períodos secos, o pó erguido pelos cascos dos equinos, rodas das carroças e raros automóveis tornavam a vida insuportável. A via mais frequentada do bairro era chamada de Rua do Porto.[nota 1] Nesse trecho, dois estabelecimentos ganharam destaque na história do Portão: a escola de Dona Maricota e a farmácia de Fernando Gerger. O farmacêutico ficou famoso por sua precisão no diagnóstico e por seu atendimento humanitário aos menos favorecidos que o procuravam. Gasparin, Schier, Klemtz, Zagonel, Bettega, Mohr, Fontana, Dietzsch, Kamk, Stenzoski são nomes de algumas famílias pioneiras que desempenharam um papel significativo no progresso da região desde o começo do século.[6]

1922[editar | editar código-fonte]

No começo dos anos 1920, as localidades de Portão, Novo Mundo e Fazendinha deram um passo adiante em seu desenvolvimento industrial com a inauguração da fábrica de processamento de erva-mate Cia. Leão Júnior. A construção da fábrica ocorreu nas proximidades da estação ferroviária da Estrada de Ferro do Paraná, pois a empresa havia comprado um ramal ferroviário, incluindo locomotiva e vagões, para possibilitar o transporte e coleta de seus produtos, conectando seus armazéns à linha da Companhia São Paulo-Rio Grande. Próximo ao imenso complexo industrial surgiu a comunidade de trabalhadores conhecida como Vila Leão. Em 1930, um incidente causado por uma faísca proveniente de uma locomotiva resultou em um incêndio que devastou completamente a instalação. Atualmente, no local, está localizada a 5.ª Companhia de Comunicações Blindada.[7]

1923[editar | editar código-fonte]

O Portão estava em destaque. O avião Bréguet, chamado Anhangá (que significa "diabo" na língua tupi), que vinha do Rio de Janeiro, fazia parte de um grupo de quatro bombardeiros (os Anhangueras, também conhecidos como "diabos velhos"), que começou um "raid aéreo" em 23 de abril de 1923, com diferentes destinos. O Anhangá foi designado para voar da cidade do Rio de Janeiro para Curitiba. O local de pouso foi preparado com antecedência, e a prefeitura de Curitiba até construiu arquibancadas para acomodar autoridades e convidados. A chegada estava programada para o mesmo dia da partida, mas devido às condições atmosféricas desfavoráveis, houve um atraso de um dia. No dia seguinte, 24 de abril, após a confirmação da chegada do tão aguardado 'aeroplano', a população compareceu em massa ao aeródromo do Portão. O Anhangá aterrissou no campo de pouso do Portão, em uma aterrissagem acidentada que deixou a cidade abalada. Apesar dos danos à aeronave, as celebrações de boas-vindas foram grandiosas. Os Grêmios das Violetas, Seleto e Bouquet organizaram um baile no Club Curitibano para comemorar o evento.[8]

1928[editar | editar código-fonte]

Um novo dia de celebração se apresenta aos habitantes desta localidade. Em 1928, concretizou-se a finalização de uma obra que teve início 12 anos antes. Representou a realização do desejo dos devotos moradores do bairro, marcando a inauguração da Igreja do Senhor do Bom Jesus do Portão, que se tornaria a principal igreja da região e, desde então, um relevante local de encontro e fé para os residentes. Em 1936, a igreja ascendeu à categoria de paróquia. Os quatro sinos, importados da Alemanha, foram generosamente doados pelos membros da paróquia e, em 1959, foram devidamente instalados. Em 1986, em comemoração ao cinquentenário da paróquia, foi realizada a restauração da pintura interna da igreja, que ainda hoje desempenha seu papel fundamental de reunir a comunidade católica do Portão e das áreas circunvizinhas.[9]

O trajeto dos bondes que ligavam o Portão à linha férrea seguia pela Avenida República Argentina, passava pela Av. Iguaçu, descia pela Rua 24 de Maio, seguia pela Emiliano Perneta e tinha seu término na Dr. Muricy, em frente à área onde hoje estão localizadas as Casas Pernambucanas.[9]

1938[editar | editar código-fonte]

Década de 1930. As carroças gradualmente deram lugar a caminhões e automóveis, pertencentes a Max Hauser, causando agitação entre os habitantes que transitavam pela então Rua do Portão. Apesar de muitas de suas vias ainda serem de terra ou cascalho, essa região já se destacava na história de Curitiba devido à tradição de seus comércios e locais de entretenimento. Vários desses estabelecimentos, como a antiga "Selaria, Sapataria e Fabricante de Tamancos L. Schier & Cia.", que a partir de 1902, quando foi estabelecida por Gustavo Schier, um imigrante austríaco, servia a população de Curitiba de todas as partes da cidade. A importância da região também se estendia aos âmbitos político e militar. Durante a Revolução de 1930, o pátio da Cia. Leão, que agora é um quartel, albergou as forças que chegaram do sul para conduzir Getúlio Vargas ao poder. Dizem que foi pelo ramal do Portão que Getúlio Vargas se dirigiu até Ponta Grossa e depois chegou a Itararé. Em 1947, o Sanatório Médico e Cirúrgico do Portão foi inaugurado. O edifício originalmente destinado a ser uma Escola Agrícola foi adaptado para tratar pacientes com tuberculose devido a uma epidemia da doença que assolava o Brasil na época.[10]

1952[editar | editar código-fonte]

Até o começo dos anos 1950, os bondes ainda percorriam as ruas do Portão. Eles foram os últimos a serem descontinuados em Curitiba. Somente em julho de 1952, foram substituídos por frotas de ônibus, pertencentes a Aurélio Fressato, que, em 1950, graças à quantia simbólica de Cr$ 1,00 (um cruzeiro), obteve o direito de operar todo o transporte público na cidade. No mesmo ano de 1952, o asfaltamento da Avenida República Argentina representou um ponto de viragem urbanístico na região. Essa iniciativa impulsionou o crescimento e o desenvolvimento comercial de Fazendinha, Portão e Novo Mundo, sendo considerada um dos destaques da gestão do prefeito major Ney Braga, que posteriormente se tornaria governador. Em 1958, as obras de pavimentação e extensão da Avenida República Argentina seguiram em direção ao Capão Raso. Em 1955, o Bamerindus inaugurou a primeira agência bancária no bairro. Os anos 1960 surgiram repletos de vitalidade e celebrações de garagem.[11]

1954[editar | editar código-fonte]

Em 1954, o sacerdote João Bagozzi, enquanto desempenhava o papel de pároco na Igreja do Senhor Bom Jesus do Portão, identificou a necessidade de estabelecer uma instituição educacional abrangente para atender crianças e adolescentes na região. Assim, no mesmo ano, ao lado da igreja, surgiu a Escola Imaculada Conceição. A instituição começou suas atividades em fevereiro de 1955, dispondo de três salas de aula e uma adicional na casa paroquial. No ano subsequente, iniciaram-se as obras de expansão. Infelizmente, o Padre João Bagozzi não pôde testemunhar o progresso da escola, pois morreu no dia 12 de outubro de 1960, em um acidente de trânsito. O padre João foi sucedido pelo sacerdote Dario Zampier, que em 1963 concluiu a expansão da escola, acrescentando mais seis salas de aula. Nesse mesmo ano, o Ginásio Padre João Bagozzi foi inaugurado. Assim, a história do Colégio Padre João Bagozzi teve seu início, oficialmente estabelecido em 1973, com a incorporação da Escola Imaculada Conceição e do Ginásio Padre João Bagozzi.[12]

1977[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento da cidade demandava a realização de novas construções. A partir de 1974, em Curitiba, estava em andamento a implementação do sistema de transporte público, através da utilização de ônibus de trânsito rápido, conforme estipulado no Plano Diretor da Cidade, que foi concebido em 1965. Em 1977, a prefeitura de Curitiba, por meio da URBS, ciente da existência de recursos disponíveis na EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos), concebeu um projeto visando a edificação de um terminal de transporte público no bairro do Portão. Foi organizado um concurso público para criar o projeto arquitetônico do terminal. O projeto selecionado, de autoria do arquiteto Marcos Prado, propunha a construção de um terminal de transporte com uma área construída de 8,827 metros quadrados. Entretanto, essa proposta inicial foi descartada em 1982, quando a prefeitura de Curitiba enviou um novo projeto à EBTU, buscando financiamento para erguer um terminal diferente. Com a aprovação do novo projeto, em fevereiro de 1983, foi inaugurado o terminal do Portão que conhecemos hoje, conectando as linhas norte-sul e tendo um impacto significativo no desenvolvimento comercial da região.[13]

1988[editar | editar código-fonte]

A área começou a adquirir uma identidade própria. Era frequente escutar alguns habitantes se vangloriando de ter conseguido realizar todas as suas atividades sem necessidade de se deslocar até o centro da cidade. Nos primeiros anos da década de 1980, o antigo Sanatório Médico do Portão começou a oferecer assistência médica a pacientes com Aids e, em 1997, passou a se chamar Hospital do Trabalhador. No dia 5 de maio de 1988, foi inaugurada a primeira fase do Centro Cultural Portão, um novo espaço cultural que abrigava o Museu Municipal de Arte, oficinas de xilogravura, desenho, artes cênicas, música e um atelier de restauração. O Museu do Portão se destacava como o primeiro museu fora do centro da cidade. A exposição inaugural contou com parte das coleções de Poty Lazzarotto e de Andrade Muricy, além de obras pertencentes ao acervo artístico do município. Em 4 de dezembro de 1988, o Centro Cultural começou a funcionar plenamente, com a inauguração do auditório Antônio Carlos Kraide, disponibilizando assim toda a sua área útil para a comunidade. Os anos se passaram. Em 1994, o Centro Cultural do Portão passou a ser denominado Museu Metropolitano de Arte (MUMA). Além de ser um dos museus mais significativos da cidade, a região já contava com um dos centros comerciais mais procurados de Curitiba, localizado na Avenida República Argentina, e também ganhou a Rua da Cidadania da Fazendinha. Hoje em dia, um número crescente de moradores afirma que Portão, Fazendinha e Novo Mundo constituem uma cidade dentro de Curitiba.[14]

Notas

  1. No dia 9 de julho do ano de 1932, a via conhecida como Rua do Portão passou a ser denominada com o título que mantém até os dias atuais: República Argentina.

Referências

  1. Fenianos 2000, p. 17.
  2. a b Fenianos 2000, p. 18–19.
  3. Fenianos 2000, p. 20.
  4. Fenianos 2000, p. 21.
  5. Fenianos 2000, p. 22.
  6. Fenianos 2000, p. 23.
  7. Fenianos 2000, p. 24.
  8. Fenianos 2000, p. 25.
  9. a b Fenianos 2000, p. 26.
  10. Fenianos 2000, p. 27.
  11. Fenianos 2000, p. 28.
  12. Fenianos 2000, p. 29.
  13. Fenianos 2000, p. 30.
  14. Fenianos 2000, p. 31.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fenianos, Eduardo Emílio (2000). Portão, Fazendinha e Novo Mundo: Pode entrar!. Curitiba: UniverCidade