Usuário:GualdimG/Alcochete (vila)
Nota: Para o município de Alcochete, veja Alcochete. Para a freguesia de Alcochete, veja Alcochete (freguesia).
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| Vila | |||
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| Símbolos | |||
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| Localização | |||
| Coordenadas | |||
| Município | Alcochete | ||
| Freguesia | Alcochete (freguesia) | ||
| História | |||
| Elevação a vila | 17 de janeiro de 1515 | ||
| Outras informações | |||
| Orago | São João Baptista | ||
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Alcochete é uma vila portuguesa histórica situada na freguesia e no município homónimos de que é sede, no distrito de Setúbal, na Área Metropolitana de Lisboa.[1]
Alcochete ascendeu ao estatuto de vila em 17 de Janeiro de 1515 por foral concedido por D. Manuel I, diploma conjunto que renovava o foral de Aldeia Gallega do Ribatejo (de 1514) e confirmava a categoria de Vila que Alcochete havia adquirido ao longo do século XV.
O nome de Alcochete tem origem árabe no termo Al caxete que poderá significar o forno.
Orago[editar | editar código-fonte]
Alcochete é sede da Paróquia de Alcochete que tem por orago São João Baptista.[2]
História[editar | editar código-fonte]
A ocupação humana no município remonta ao Paleolítico inferior, comprovado por várias estações arqueológicas existentes no território.[3]
A presença romana encontra-se documentada através de achados de um centro de olaria onde eram fabricadas ânforas e outros artefactos para acondicionamento e transporte de alimentos.[3]
À ocupação romana, sucedeu a ocupação árabe, sendo o topónimo o legado mais visível, desenvolvendo estes na região a agricultura: sistemas de rega por canais e citrinos.
Com a reconquista cristã, Alcochete foi integrada no termo da Ordem de Santiago, sendo destes tempos o desenvolvimento da actividade da extracção do sal e a produção de vinho.[3]
As constantes pestes (peste negra, v.g.) na capital do Reino, levaram a Família real e a nobreza dos séculos XIV e XV a instalarem-se em Alcochete, nomeadamente o Rei D. João I (finais do século XIV) e o Infante D. Fernando, duque de Beja, (meados do século XV), tendo na vila de Alcochete nascido em 1469 o Infante D. Manuel, posteriormente rei.[3]
São deste período de esplendor as obras de reconstrução da Igreja Matriz, as pinturas sacras da Capela de Nossa Senhora da Vida e da Igreja da Misericórdia.
Nos séculos XVI a XIX, desenvolve-se no concelho a agricultura, a criação de gado, nomeadamente o gado bravo, instalam-se na vila os Rattons (Jácome Ratton) e atinge grande desenvolvimento a extracção do sal e os transportes marítimos entre as margens do Tejo.
Politicamente, as modas do último quartel do século XIX, com exacerbados movimentos municipalistas centralistas e descentralistas, levaram à perda da autonomia municipal de Alcochete a favor do município da Aldeia Galega (hoje Montijo), situação revertdida em 15 de Janeiro de 1898 com a restauração da autonomia municipal.
A história de Alcochete no século XX é de heroísmo humano, de resistência ao regime do Estado Novo, de greves, de prisões, mas também de estagnação e quase apagamento, mesmo que a partir dos anos 1960 se tenham instalado em Alcochete algumas indústrias (papel de alumínio, pneus e embalagens metálicas). Os transportes ferroviários, rodoviários e a ponte sobre o Tejo (Ponte 25 de Abril actualmente) acabaram com a actividade dos transportes marítimos; o sal-gema substituiu o sal marinho; a poluição do Rio Tejo acabou com a abundância de espécies piscícolas.
A Ponte Vasco da Gama e a explosão urbanística e demográfica que lhe sucederam, assim como o complexo desportivo do Sporting Club de Portugal lançaram Alcochete mais uma vez para a ribalta dos acontecimentos e da história.
Património[editar | editar código-fonte]
- Igreja de São João Batista (Alcochete), igreja matriz, construção em estilo gótico, com três naves, e torre sineira e a porta lateral sul em estilo manuelino.
- Igreja da Misericórdia, interior de uma só nave, profusamente decorada.
- Capela de Nossa Senhora da Vida, interior também de uma só nave, albergando no seu interior a imagem de Nossa Senhora da Vida, de grande devoção entre as classes piscatórias.
- A Ponte Cais, ex-líbris da vila de Alcochete.
- Paços do Concelho, edifício a imitar o estilo neoclássico, de linhas sóbrias, no Largo de São João.
- Edifício do Lar Barão de Samora Correia, no Rossio ou Largo com o mesmo nome.
- Palacete do Marquês de Soydos, no Largo com o mesmo nome.
Festas[editar | editar código-fonte]
A principal festa de Alcochete é a Festa do Barrete Verde e das Salinas, que decorre no segundo fim-de-semana de Agosto e tem a duração de sete dias. Na Páscoa realiza-se a Festa do Círio dos Marítimos, com início no Sábado de Aleluia e prolongando-se por mais três dias, até Terça-feira.
Instituições /Associações[editar | editar código-fonte]
- AEP - Associação dos Escoteiros de Portugal, Grupo 255 de Alcochete
- Agrupamento 223 - Corpo Nacional de Escutas
- Andante Associação Artística[4]
- Aposento do Barrete Verde
- Associação de Danças Sevilhanas Rocieras de Alcochete
- Associação dos Bombeiros Voluntários de Alcochete
- Associação Fotografia e Cultura de Alcochete - AFCA
- Associação GilTeatro
- Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete
- Clube Taurino de Alcochete
- Escola Comunitária de Alcochete com sede na Casa do Povo de Alcochete
- Forcados Amadores de Alcochete
- Fundação João Gonçalves Júnior
- Grupo Académico da Juventude de Alcochete
- Grupo Desportivo Alcochetense
- IFH - Instituto de Formação para o Desenvolvimento Humano
- Núcleo do Sporting de Alcochete
- Santa Casa da Misericórdia de Alcochete
- Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898
Personalidades Alcochetanas[editar | editar código-fonte]
- Dom Manuel I, 14º rei de Portugal
- Beato Manuel Rodrigues, missionário (beatificado)
- Ciprião de Figueiredo, comandante militar e governador
- Estevão Augusto de Oliveira, comendador, agricultor, ganadeiro
- D. António Luís Pereira Coutinho, 5º marquês de Soydos, benemérito
- Carlos Ferreira Prego, 3º barão de Samora Correia, benemérito
- Francisco Rodrigues da Cruz, conhecido por 'Santo Padre Cruz'
- Raul Carapinha, arquitecto e pintor
- Padre Carlos Filipe Lopes Ramos da Silva, reitor do Santuário Nacional de Cristo Rei e Vice-reitor do Seminário Diocesano
Geminações[editar | editar código-fonte]
Alcochete está geminada com 
Wando, Jeolla do Sul, Coreia do Sul.[5]
Referências
- ↑ Localização no Google Maps, [1]
- ↑ Contactos da Igreja Católica em Portugal no portal Anuário Católico, [2]
- ↑ a b c d "História Alcochete - um concelho com História", no portal do Município de Alcochete, [3]
- ↑ http://www.cm-alcochete.pt/frontoffice/pages/564?poi_id=10
- ↑ http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M2890
