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Aplicações médicas[editar | editar código-fonte]

Saúde oral[editar | editar código-fonte]

Tratamento com aplicação tópica de flúor
Ver artigos principais: Terapia de fluoreto e Fluoretação

Os estudos populacionais a partir de meados do século XX demonstram que a aplicação tópica de flúor diminui a incidência de cáries dentárias. Inicialmente, este efeito era atribuído à conversão da hidroxiapatite do esmalte dentário em fluorapatite, mais durável, tendo esta hipótese sido posteriormente refutada por estudos em dentes pré-fluorotação. De acordo com as teorias atuais, o flúor ajuda o crescimento de esmalte em cáries de pequena dimensão.[1]

As revisões da literatura científica entre 2000 e 2007 associam a fluoretação da água a uma diminuição significativa da incidência de cáries dentárias em crianças.[2] Apesar das evidências dos seus benefícios e de não existirem evidências de outros efeitos secundários para além da fluorose dentária essencialmente benigna,[3] ainda existe oposição à fluoretação da água por motivos éticos e de segurança.[4][5] Na década de 1940, após vários estudos em crianças de regiões em que o flúor estava naturalmente presente na água para consumo, começou-se a introduzir introduzir flúor em alguns sistemas de abastecimento público de água.[6] Atualmente, cerca de 6% da população mundial é abastecida por água fluoretada.[7][4] Os benefícios da fluoretação da água são atualmente menores, devido possivelmente à vulgarização de outras fontes de flúor, embora sejam ainda assinaláveis nos grupos sociais mais desfavorecidos.[8]

As pastas dentífricas contém frequentemente monofluorofosfato de sódio ou fluoreto de estanho (II). Introduzidas pela primeira vez nos Estados Unidos em 1955, estão atualmente omnipresentes em países desenvolvidos, assim como elixires orais, géis e vernizes fluoretados.[8][9]

Medicamentos[editar | editar código-fonte]

Comprimidos de fluoxetina

O flúor está presente em cerca de 20% dos medicamentos modernos.[10] O flúor é adicionado a vários fármacos para atrasar a inativação e aumentar o intervalo de tempo entre doses, uma vez que a ligação carbono-flúor é bastante estável.[11] A fluoretação também aumenta a lipofilicidade do medicamento, uma vez que essa ligação é mais hidrofóbica que a ligação carbono-hidrogénio, o que ajuda a penetrar a membrana celular e, por conseguinte, a aumentar biodisponibilidade.[12]

Os antidepressivos tricíclicos e outros antidepressivos anteriores à década de 1980 apresentavam vários efeitos secundários devido à sua interferência não-seletiva com outros neurotransmissores que não os alvos de serotonina. A fluoxeina fluoretada foi um dos primeiros fármacos a resolver este problema.