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Juscelino Dourado
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Juscelino Dourado
Nome completo Juscelino Antônio Dourado
Nascimento 17 de novembro de 1965 (58 anos)
Rondonópolis (MT)
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Consultor sênior de projetos em gestão ambiental e inovação

Juscelino Antônio Dourado (Rondonópolis, 17 de novembro de 1965) é um gestor ambiental brasileiro, formado pela Universidade de São Paulo (USP)[1], ex-executivo de  instituições públicas e privadas, que desenvolve ações de educação ambiental para alunos,  além de capacitar professores da rede pública e privada para programas de educação ambiental. Atua como especialista em gestão de resíduos sólido e contaminação de solos e em projetos de inovação e gestão para a sustentabilidade.

É referência no tema de educação ambiental, principalmente nos temas relacionados ao consumo consciente e ao destino responsável dos resíduos no pós-consumo e em projetos de gestão para a sustentabilidade, envolvendo edificações, gestão, currículo e cidadania. Possui dois livros publicados sobre esses temas, além de centenas de cursos e palestras ministradas.

É referência também no tema gestão de passivos ambientais, especialmente nas tecnologias e processos de destino final de resíduos sólidos e estratégias para descontaminação de solos. Possui um livro e artigos científicos publicados sobre o tema e segue atento às ações de mitigação dos impactos ambientais causados por esses tipos de passivos.

Formação[editar | editar código-fonte]

Juscelino Dourado estudou química no Instituto de Química da UnicampUniversidade de Campinas (1986-1991) e na Faculdade de Química da Universidade Lomonosov, MoscouRússia (1988-1990), no departamento de química inorgânica, trabalhando nos projetos de sínteses de complexos de metais terras raras. Neste período exerceu a função de docente de química no ensino médio, além de pesquisador nos projetos acadêmicos nos quais se envolveu.

É Gestor ambiental formado em 2012 na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, no curso de Bacharelado em Gestão Ambiental,[1] com Trabalho de Conclusão de Curso abordando o tema do desenvolvimento de indicadores para uma gestão mais sustentável – edificações, currículos, gestão administrativa e acadêmica, de instituições de ensino superior .

Autor, organizador e editor dos livros "Resíduos Sólidos no Brasil - oportunidades e desafios da Lei Federal Nº 12.305 (Lei de Resíduos Sólidos)", "Reflexão e Práticas em Educação Ambiental - Discutindo o consumo e a geração de resíduos e “Escolas Sustentáveis”.

Estudou administração de empresas na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto (2000-2002).[1]

No período de 1986 a 1988 foi Coordenador Geral do DCE (Diretório Central do Estudantes), membro do Conselho Universitário e Comissão Central de Graduação da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas.

Consultor sênior de projetos em gestão ambiental e inovação

Profissão[editar | editar código-fonte]

Participou da coordenação da tenda mundial da juventude na ECO-92, evento organizado pelas ONU no Rio de Janeiro, no ano de 1992.

Em 1993 foi nomeado Secretário Assistente, da Secretaria de Governo, da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, onde foi responsável pelo planejamento e implantação do Programa Orçamento Participativo e pela coordenação das ações inter-secretarias, o Governo no Bairro.

Em 1995 foi nomeado Diretor da Companhia Telefônica de Ribeirão Preto (CETERP)[2], participando do processo de abertura de capital da empresa, do projeto de digitalização e informatização da companhia, pela criação de novos negócios em transmissão de dados, voz e imagens, da formação do consórcio para disputa da banda B da telefonia móvel celular e da estruturação da área comercial da companhia.

No período de 1998 a 2000 trabalhou como assessor parlamentar na Câmara do Deputados em Brasília, no gabinete do Deputado Federal Antonio Palocci Filho[3], onde acompanhou a discussão da PEC 175, que trata do projeto de reforma tributária.

Nos anos de 2001 e 2002, foi Secretário da Casa Civil da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto[4] e Diretor Superintendente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto – CODERP, sendo responsável pelas ações de governo relacionadas: à comunicação e publicidade; à informática e serviços gráficos; ao desenvolvimento do turismo cultural e de negócio; ao desenvolvimento econômico, urbano e social; às ações de geração de emprego e renda; ao micro-crédito e economia solidária; ao programa de geração de empregos para jovens. Foi também presidente do conselho curador da Fundação Pólo Avançado da Saúde (FIPASE), fomentadora de políticas tecnológicas para a área de saúde e das incubadoras tecnológicas de saúde.

Fez parte da equipe de transição de governo, na passagem do mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso para o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro e dezembro de 2002.

Ocupou o cargo de Chefe de Gabinete do Ministro de Estado da Fazenda, Antonio Palocci Filho[5] e o de Presidente do Conselho Diretor da Empresa SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados, empresa do Ministério da Fazenda, de janeiro de 2003 a setembro de 2005[6][7], onde ficou até 1 de setembro de 2005, quando pediu demissão do cargo.[8][9]

Foi membro do Conselho de Administração da Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA, no período de 2003 à 2005.

Foi fundador e Diretor Executivo do Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental[10], que desenvolve ações de educação ambiental para alunos da educação infantil, dos ensinos fundamental e médio, que capacita professores da rede pública e privada para programas de educação ambiental e que implanta projetos de gestão para sustentabilidade em ambientes escolares – Escolas Sustentáveis.

É consultor na área de gestão, organização e investimento social privado, bem como na prestação de serviços em gestão de resíduos sólidos e remediação de áreas contaminadas, em gestão de logística reversa de equipamentos elétrico-eletrônicos e resíduos da construção civil, em armazenamento temporário e blendagem de resíduos perigosos, em biorremediação de solo contaminado por petróleo e seus derivados, bem como serviços de diagnósticos de contaminação de solo e água subterrânea.

Em abril de 2010, após uma ação civil pública por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), pede devolução da diferença de salários referentes ao período entre janeiro e novembro, Juscelino foi obrigado a devolver salários pagos indevidamente pois os salários recebidos enquanto chefes da antiga Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto (Ceterp), na primeira gestão do então prefeito Antônio Palocci (PT), em 1995, teriam superado o que a prefeitura pagava aos seus secretários públicos.[11]

Em 2012, comprou a Fazenda Dora Paulicéia pelo valor de R$26 milhões.[12]

Operação lava-jato[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: Operação Lava Jato e Operação Omertà

A Polícia Federal pediu o seu indiciamento junto a Antonio Palocci e a Branislav Kontic[13]. Estava em Campinas[14] quando foi preso temporariamente no dia 26 de setembro de 2016, durante a Operação Omertà, que foi a 35° fase da Operação Lava Jato.[15][16], e liberado no dia 30 de setembro de 2016 [17] Os investigadores da Omertà suspeitam que Juscelino participou diretamente do suposto esquema de repasses do Grupo Odebrecht que totalizaram R$ 128 milhões, entre 2008 e 2013, para Palocci e para o PT.[18][19][20]

Nas conversas e planilhas registradas, Juscelino Dourado é identificado pelo codinome "amigo".[21] E por muitas vezes, nas conversas, citado como “Madre” por ser “religioso, certinho, tipo coroinha de Igreja”[22]

Prêmios e condecorações[editar | editar código-fonte]

  • No dia 18 de julho de 2003, recebeu a Medalha “Mérito Santos-Dumont”, comenda dada pelo Comando da Aeronáutica, do Ministério da Defesa, pelos “destacados serviços prestados à Força Aérea Brasileira”, em Brasília - DF.
  • No dia 21 de abril de 2005, recebeu a “Medalha de Honra da Inconfidência”, comenda dada pelo Governador do Estado de Minas Gerais, em comemoração ao Dia da Inconfidência Mineira, em Belo Horizonte - MG.

Referências

  1. a b c «Juscelino Antonio Dourado». Consultado em 24 de abril de 2020 
  2. «Sete ex-gestores de Palocci terão de devolver salários - País». 20 de abril de 2010. Consultado em 23 de abril de 2020 
  3. «A vida política de Antonio Palocci». Gazeta do Povo. 27 de março de 2006. Consultado em 23 de abril de 2020. (pede registo (ajuda)) 
  4. «STF - Investigação contra Palocci por suposta contratação irregular de empresa de publicidade é arquivada». 14 de fevereiro de 2009. Consultado em 23 de abril de 2020 
  5. «Folha de S.Paulo - Escândalo do "mensalão"/Conexão Ribeirão: Buratti ligou 6 vezes para Palocci em 2003 - 25/08/2005». Folha de S. Paulo. 25 de agosto de 2005. Consultado em 23 de abril de 2020 
  6. «Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Palocci, também foi preso». 26 de setembro de 2016. Consultado em 23 de abril de 2020 
  7. «Dois ex-assessores de Palocci também são presos pela Lava Jato». Estadão / UOL. 26 de setembro de 2016. Consultado em 23 de abril de 2020 
  8. Ribeiro, Ana Paula (1 de setembro de 2005). «Folha Online - Dinheiro - Ministério da Fazenda confirma saída de Juscelino Dourado - 01/09/2005». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de abril de 2020 
  9. Alencar, KENNEDY (1 de setembro de 2005). «Folha Online - Dinheiro - Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci, pede demissão - 01/09/2005». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de abril de 2020 
  10. Dressano, Lu (30 de outubro de 2008). «Bom negócio e educação ambiental em meio ao lixo». Cosmo. Consultado em 23 de abril de 2020. Arquivado do original em 26 de junho de 2009 
  11. «Sete ex-gestores de Palocci terão de devolver salários - País». 20 de abril de 2010. Consultado em 23 de abril de 2020 
  12. «UMA FAZENDA DE R$ 26 MILHÕES». O Antagonista. 26 de setembro de 2013. Consultado em 23 de abril de 2020 
  13. «Polícia Federal pede indiciamento de Palocci e mais cinco pessoas». Tribuna do Norte. 24 de outubro de 2016. Consultado em 23 de abril de 2020 
  14. Pierangeli, Guilherne (26 de setembro de 2016). «Ex-assessor de Palocci é preso em Campinas na 35ª fase da Lava Jato». CBN Campinas. Consultado em 23 de abril de 2020 
  15. «Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova fase da Operação Lava Jato». 26 de setembro de 2016. Consultado em 23 de abril de 2020 
  16. REVERBEL, Danilo Verpa Paula (27 de setembro de 2016). «PF apresentou 'só presunções', diz defesa de Palocci - 27/09/2016 - Poder». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de abril de 2020 
  17. Carazzai, Estelita Hass (30 de setembro de 2016). «Moro decreta prisão preventiva de Antonio Palocci - 30/09/2016 - Poder». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de abril de 2020 
  18. Macedo, Fausto (29 de setembro de 2016). «Juscelino, ex-assessor de Palocci, pede a Moro liberdade». O Estadão. Consultado em 23 de abril de 2020 
  19. «Ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci é preso em nova fase da "lava jato"». 26 de setembro de 2016. Consultado em 23 de abril de 2020 
  20. Oliveira, Germano (13 de abril de 2017). «A conta secreta de Lula». ISTOÉ Independente. Consultado em 26 de abril de 2020 
  21. «PF suspeita que codinome 'Amigo' em planilhas da Odebrecht seja de Lula». 24 de outubro de 2016. Consultado em 23 de abril de 2020 
  22. «As 7 revelações mais curiosas das delações de Santana e Mônica». VEJA. 12 de maio de 2017. Consultado em 26 de abril de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Categoria:Meio ambiente do Brasil Categoria:Pessoas condenadas na Operação Lava Jato Categoria:Alunos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Categoria:Alunos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz