Usuário:Noughts/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maria Sandra Cordeiro de Mello (Campo Grande, 6 de maio de 1932) foi uma diplomata brasileira. Foi a primeira mulher a cursar o Instituto Rio Branco, após ser aprovada no concurso de admissão à carreira diplomática de 1952 e impetrar mandato de segurança que questionava a proibição da entrada de mulheres na carreira diplomática brasileira, instituída em 1938 (Decreto-lei 791, de 14 de outubro de 1938).

Infância[editar | editar código-fonte]

Filha de Anna Borges de Menezes e João Baptista Cordeiro de Mello.

Carreira diplomática[editar | editar código-fonte]

Aprovada em 12º lugar nas provas de admissão à carreira de diplomata de 1952, tendo tomado posse como terceira-secretária em 9 de dezembro de 1954, após o Curso de preparação à carreira diplomática, no Instituto Rio Branco.

Em novembro de 1956, foi designada para duas funções simultâneas: secretária da Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes (CNFE) e auxiliar do Gabinete do ministro das Relações Exteriores.

Em 24 de abril de 1957, foi removida para o Consulado-Geral em Roma, onde assumiu as funções de vice-cônsul.

Entre 1961 e 1962, já promovida a segunda-secretária, serviu provisoriamente na Embaixada do Brasil em Roma. No ano seguinte, ao retornar a Brasília, teve breve passagem pela Divisão da América Setentrional e foi lotada, em 1964, na Divisão da Organização dos Estados Americanos (DEA).

Em 1966, foi promovida a primeira-secretária. No ano seguinte, assumiu a chefia da Divisão de Comunicação. Em 1968, foi designada chefe da Divisão de Atos Internacionais (DAI). Em 1969, foi promovida a conselheira, após integrar a delegação brasileira à I Reunião Extraordinária e à III Reunião Ordinária de Chanceleres dos Países da Bacia do Prata, em Brasília.

Em 14 de setembro de 1970, casou-se com José Augusto de Macedo-Soares, então embaixador do Brasil na Turquia, e passou a assinar Maria Sandra de Macedo-Soares. Devido às disposições do Decreto-lei 69, promulgado em 21 de novembro de 1966, que criava o instituto da "agregação", que previa "“afastamento do exercício do cargo para acompanhar o cônjuge, funcionário da carreira de Diplomata, removido para posto no exterior”, a diplomata entrou em licença, com perda de remuneração e de contagem de tempo de serviço.

Faleceu em 1975, em Bogotá.


Referências[editar | editar código-fonte]

[1]

  1. Roeder Friaça, Guilherme José (2018). Mulheres diplomatas no Itamaraty (1918-2011) : uma análise de trajetórias, vitórias e desafios. Brasília: FUNAG.