Usuário:Parzeus/Cuia

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Uma cuia utilizada para se tomar chimarrão

Cuia, cabaça, cabaço, coité, cuieté, cuietê, cuité ou cuitê é o fruto da cuieira (Crescentia cujete e Lagenaria siceraria),[1] bem como o vaso feito desse fruto maduro depois de esvaziado do miolo.[2]

Referências: -Uma cultura mutante: o chimarrão e seus artefatos analisados sob o viés do design vernacular e do imaginário -LESSA, Luiz Carlos Barbosa. História do Chimarrão. Porto Alegre: Sulina, 1986.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Cuia" vem do termo tupi ku'ya.[2] "Coité", "cuieté", "cuietê", "cuité" e "cuitê" vem da expressão tupi kuya e'tê, que significa "cuia verdadeira".[3] "Cabaça" e "cabaço" vêm do árabe kara bassasa, "abóbora lustrosa".[4]

Usos[editar | editar código-fonte]

É muito utilizada para se tomar chimarrão, tererê e tacacá. Assim como o porongo, a cuia torna-se um recipiente em que são colocados grãos, água etc. E, por analogia, também a cabaça passou a receber, quando feita em utensílio, o nome de cuia. A cuia pode também ser produzida a partir do porongo, que é cuidadosamente escolhido por sua forma, e pode ser ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais.

No Nordeste do Brasil, a cuia é uma unidade de medida de secos, equivalente a 1/32 do alqueire (com cerca de 13 litros este último, equivalendo portanto a cerca de 400 mililitros). A cuia era muito utilizada no interior do e do nordeste brasileiro como vasilhame para se armazenar água e alimentos, como colher e como objeto de decoração.

Já na Região Norte do Brasil, a cuia é utilizada para se tomar tacacá, comida típica da Região. O Tacacá é feito tradicionalmente com tucupi, jambu, camarão seco e goma de tapioca, servido quente na cuia. Usa-se a cuia também como utensílio para consumo de outros alimentos como o açaí, chibé, mingau, etc

Referências

  1. hortas.info/como-plantar-porongo-ou-cabaca
  2. a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 506.
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 507.
  4. Adalberto Alves (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. INCM. p. 337. ISBN 978-972-27-2179-0.