Vár

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na Mitologia nórdica, Vár ou Vór (nórdico antigo, significando "promessa", [1] ou "amado",[2] seguindo a tradução de língua inglesa) é uma deusa associada com juramentos e acordos. Var é atestada na Edda em verso, compilado no século XIII a partir de fontes tradicionais, e na Edda em prosa, escrita no século XIII por Snorri Sturluson.

Atestações[editar | editar código-fonte]

No poema da Edda em verso Þrymskviða, a benção de Vár é invocada pelo jötunn Þrymr depois de sua "noiva" (que na verdade é o deus Thor disfarçado como a deusa Freyja) é sagrada com o martelo roubado de Thor, Mjöllnir, em seu casamento:

Traduzido pela versão em inglês de Benjamin Thorpe (literal):
Então disse Thrym,
O Senhor dos Thursares:
Traga o martelo cá,
Para a noiva consagrar;
Deixe o Miöllnir
No colo da donzela;
Um com o outro iremos nos unir
Pela mão de Vör.[3]
Então Thrym alto falou,
O líder dos gigantes:
"Traga o martelo
Para a noiva sagrar;
Nos joelhos da Moça
Deixe jazer aqui o Mjollnir,
Que nossas mãos hão de se unir
Que Vör há de abençoar”. [4]

No capítulo 35 do livro da Edda em prosa, Gylfaginning, Alto fala com Gangleri (descrito como rei Gylfi disfarçado) sobre o ásynjur. Alto lista Vár como nona entre o 16 ásynjur que ele apresenta no capítulo e fornece algumas informações sobre ela:

Nona Var: Ela escuta juramentos das pessoas e acordos privados que homens e mulheres fazem entre si. Assim, estes contratos são chamados de varar. Ela também pune aqueles que as quebram. [5]

Teorias[editar | editar código-fonte]

Quanto à referência cerimonial civil para Vár em Þrymskviða, opina Andy Orchard que "a antiguidade de tal ritual está longe de ser clara." [1] Britt-Mari Näsström argumenta que, como muitas outras deusas menores, Vár era originalmente um dos nomes de Freyja, mais tarde vistas como deusas independentes. [6]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. a b Orchard (1997:173). Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "ORCHARD173" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. Byock (2005:178) and Simek (2007:353).
  3. Thorpe (1866:66).
  4. Bellows (1923).
  5. Faulkes (1995:30).
  6. Näsström (2003:83).

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Bellows, Henry Adams (Trans.) (1923). The poetic Edda. New York: The American-Scandinavian Foundation.
  • Faulkes, Anthony (Trans.) (1995). Snorri Sturluson: Edda. First published in 1987. London: Everyman. ISBN 0-460-87616-3
  • Näsström, Britt-Mari (2003). Freyja - the great Goddess of the North. Harwich Port: Clock & Rose, 2003. First published: University of Lund, 1995. ISBN 1-59386-019-6.