Valentín Calderón

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Valentín Calderón
Nascimento 25 de julho de 1921
Comillas
Morte 30 de outubro de 1980
Salvador
Cidadania Espanha
Ocupação historiador, geógrafo, arqueólogo, museólogo, professor universitário
Empregador(a) Universidade Federal da Bahia

Valentín Raphael Simon Juaquin Calderón de La Vara (Comillas, 25 de julho de 1921 - Salvador, 30 de outubro de 1980[1]) foi um historiador, geógrafo, antropólogo, museólogo e professor universitário espanhol que, radicado na Bahia na década de 1940, participou da criação do curso de museologia da Universidade Federal da Bahia, havendo ainda sido diretor do Museu de Arte Sacra, instituição à frente da qual protagonizou um embate com o cinegrafista Glauber Rocha em 1977, proibindo-o de ali efetuar filmagens.[2]

Calderón foi um dos pioneiros da antropologia baiana, havendo realizado pesquisas no interior do estado nas décadas de 1960 e 1970, sendo um dos colaboradores do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia (MAE).[2] Foi ele quem iniciou a percepção de uma tradição pictórica que denominou "simbolista" e, mais tarde, Niede Guidon, batizou como "tradição geométrica" para definir inscrições rupestres encontradas sobretudo na região Nordeste do Brasil.[3]

Em 2013 seu acervo foi doado pela viúva, Lygia, ao MAE.[2]

Bibliografia do autor[editar | editar código-fonte]

Calderón publicou, em 1964, a obra O Sambaqui da Pedra Oca como parte do então pioneiro Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa) onde reporta os sambaquis de Pedra Oca, sítio arqueológico da Bahia.[2] O local, no subúrbio da capital baiana, foi um dos muitos estudados pelo pesquisador que, entretanto, não deixou grande bibliografia. Sobre seu trabalho registrou, em 2005, Carlos Costa: "foi ele quem efetivamente assentou as bases para o desenvolvimento da arqueologia científica no estado; até hoje, quarenta anos depois, seus trabalhos são referências aos estudos das populações pré-coloniais do Nordeste. Muitas das classificações de tradições arqueológicas de cerâmica, de representação rupestre e de lítico devem-se aos estudos de Calderón; algumas, por exemplo, ainda são muito utilizadas, como a tradição lítica Itaparica e a tradição cerâmica Aratu. "[1]

Outros trabalhos:

  • Biografia de um Monumento: o Antigo Convento de Santa Teresa da Bahia, (Estudos Baianos), Salvador, 1970

Referências

  1. a b Elvis Pereira Barbosa. «Arqueologia na Bahia: uma história emconstrução». UESC. Consultado em 19 de julho de 2023 
  2. a b c d Tainã Moura Alcântara (org.); Carlos Etchevarne; Cláudio Luiz Pereira; Viviane Reis (2014). «Edição Valentin Calderón» (PDF). Boletim Informativo do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA, ago 2014 - jan 2015, nº 8. Consultado em 19 de julho de 2023 
  3. Carlos Alberto Santos Costa. «Representações rupestres no Piemonte da Chapada Diamantina (Bahia - Brasil)» (PDF). Universidade de Coimbra (pelo IPHAN). Consultado em 19 de julho de 2023 
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