Violeta Ferraz

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Violeta Ferraz
Violeta Ferraz
Nascimento 11 de fevereiro de 1902
Lisboa, Portugal
Morte 4 de novembro de 1982 (79 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação Atriz

Violeta Ferraz nascida Violeta Vidigal (Lisboa, 11 de fevereiro de 1902Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1982) foi uma atriz portuguesa radicada no Brasil. Adota o sobrenome do marido Paulo Ferraz.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Veio de Portugal para o Brasil com a Companhia Vidigal de Teatro e depois largou-a para trabalhar durante anos no circo.

Largou a Companhia com 13 anos, após dar à luz seu primeiro filho, Raul Tabajara, deixando-o aos cuidados de seus pais e indo trabalhar como cantora e apresentadora de um circo local, onde trabalhou durante muitos anos.

Com experiência de anos em canto lírico e apresentações teatrais, conseguiu entrar para a Rádio Nacional fazendo apresentações e radionovelas. Entre seus trabalhos conceituados em sua época de rádio destaca-se a interpretação e dublagem da personagem "Madrasta Má", na história Branca de Neve e os Sete Anões, dentro da "Coleção Disquinho" da Disney. Infelizmente os únicos créditos do disco para essa personagem são da Dalva de Oliveira, que na ocasião apenas cantou, e não fez a dublagem.

Transformou-se, na década de 1950, em uma das principais atrizes das chanchadas produzidas pela Atlântida no Rio de Janeiro, estreando em 1939 em Está Tudo Aí.

Ativismo feminista[editar | editar código-fonte]

Entre as personagens que interpretou pelo menos uma clássica: a masculinizada Madame Pau Pereira em "É fogo na roupa" do diretor de Watson Macedo. Violeta Ferraz, com sua forma escrachada de humor e sua interpretação forte, era engajada em filmes onde havia protagonistas mulheres que faziam a diferença e brigavam pela igualdade entre os sexos. Considerada uma das primeiras ativistas femininas do Brasil e Isso pode se notar em filmes como O Petróleo é Nosso, Fogo na Roupa, Romance Proibido e Minha Sogra é da Polícia.

Seu primeiro filho, Raul Tabajara, tornou-se um importante radialista brasileiro, focado na atividade de narração desportiva sendo o primeiro a transmitir uma partida de futebol pela televisão e ganhando 7 troféus Roquete Pinto, importante premiação nacional da década de 70.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Ano Título Personagem
1971 Cômicos + Cômicos
1963 Quero Essa Mulher Assim Mesmo
1960 Briga, Mulher e Samba Sofia
1959 Comendo de Colher
1958 O Batedor de Carteiras Ernesta
Minha Sogra É da Polícia Valdemira
No Mundo da Lua Dorinha
1957 Pega Ladrão Solteirona
Rico Ri à Toa Isabel
1956 Quem Sabe...Sabe! Gertrudes
1955 Carnaval em Marte Petrolina
O Feijão é Nosso Catarina
O Grande Pintor Mecenas
O Golpe Adelaide
1954 O Petróleo é Nosso Perpétua
1952 É Fogo na Roupa Madame Pau Pereira
1951 Aguenta Firme, Isidoro Dona Mariquinhas [1]
1949 Pinguinho de Gente Dona Mimosa[2]
1947 Asas do Brasil Dona da Pensão
1946 Caídos do Céu Alzira
1945 No Trampolim da Vida
1944 Romance Proibido Inspetora
1939 Está Tudo Aí Filomena

Referências

  1. Cinemateca Brasileira, Agüenta Firme, Izidoro [em linha]
  2. «Um Pinguinho de Gente». Cinemateca Brasileira. Consultado em 3 de março de 2017