Wagner Schwartz

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Wagner Schwartz
Wagner Schwartz
Wagner Schwartz no teatro do Sesc Santana em junho de 2013 no lançamento do disco homônimo da banda Porcas Borboletas.
Nome completo Wagner Miranda Schwartz
Nascimento 02 de dezembro de 1972 (51 anos)
Volta Redonda, RJ
Brasil
Cidadania brasileiro
Etnia branco
Ocupação performercoreógrafoescritor
Principais trabalhos La Bête
Página oficial
www.wagnerschwartz.com

Wagner Miranda Schwartz (Volta Redonda, 2 de dezembro de 1972) é um performer, coreógrafo e escritor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasce em Volta Redonda, no interior do Estado do Rio de Janeiro.[1] Estuda música popular e teatro infantil nas escolas públicas da cidade. Aos 20 anos, muda-se para Uberlândia, Minas Gerais, com o objetivo de integrar-se ao curso de Letras na Universidade Federal de Uberlândia.[2] Inicia os estudos em dança a partir de sua relação com a literatura. Suas participações no programa Rumos Dança Itaú Cultural (2000-2001, 2003-2004, 2009-2010, 2014) resultam em criações como Wagner Ribot Pina Miranda Xavier le Schwartz Transobjeto (2003-2004)[3] e Piranha (2009-2010).[4] Em 2005 e 2009 colabora com o coreógrafo Rachid Ouramdane nos espetáculos Cover,[5] Des témoins ordinaires[6] passando a trabalhar em São Paulo, Paris[7] e Berlim. Atualmente, mora em São Paulo e Paris.[8]

Criações[editar | editar código-fonte]

Colaborações[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • 2023 A nudez da cópia imperfeita (Editora Nós)[31]
  • 2018 Nunca juntos mas ao mesmo tempo / Jamais ensemble mais en même temps (Editora Nós)[32]

Filmes[editar | editar código-fonte]

  • 2009 Eu precisava ganhar tempo,[35] com Rachid Ouramdane[36]
  • 1996 O Poeta (Filminute: The International One-Minute Film Festival), com Waltuir Alves[37]

Festival Olhares sobre o Corpo [OsC][editar | editar código-fonte]

Em 2004, cria, juntamente com Fernanda Bevilaqua, o festival “Olhares sobre o Corpo”[38] (Uberlândia). Um encontro entre artistas, estudantes e afins sobre a relação contemporânea nas artes cênicas com a dança, artes visuais e a performance.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 2021 Prêmio Fundação Daniel e Nina Carasso / Cité des Arts, Paris (Categoria: residência artística)[39]
  • 2013 Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013 (Categoria: Circulação)[40]
  • 2012 Prêmio APCA para "Piranha" (Categoria: Melhor Projeto Artístico)[41]
  • 2012 Prêmio Klauss Vianna (Categoria: Montagem)
  • 2011 Prêmio Funarte Klauss Vianna 2011 (Categoria: Montagem)[42]
  • 2009 Rumos Itaú Cultural Dança (Categoria: Montagem)
  • 2006 Prêmio Klauss Vianna (Categoria: Montagem)
  • 2005 Território Minas, FID (Fórum Internacional de Dança)
  • 2003 Rumos Itaú Cultural Dança (Categoria: Montagem)
  • 2003 Prêmio Estímulo XVI Festival de Dança do Triangulo
  • 2000 Rumos Itaú Cultural Dança (Categoria: Montagem)
  • 1996 Festival Internacional do Minuto (Categoria: Curta de 1 Minuto)

Linchamento Virtual[editar | editar código-fonte]

Segundo Eliane Brum, no artigo Fui morto na internet como se fosse um zumbi da série The Walking Dead,[43] publicado no dia 12 de fevereiro de 2018, "em 26 de setembro de 2017, o brasileiro Wagner Schwartz, 45 anos, era um artista em plena realização. Ele abria o 35º Panorama de Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, um dos espaços mais prestigiados do Brasil. Sua performance, chamada La Bête (“O Bicho”), partia da obra consagrada de Lygia Clark, uma das mais importantes artistas da história do país. Desde 2005, Wagner já tinha apresentado esse trabalho dez vezes no Brasil e da Europa. Como nas ocasiões anteriores, a experiência artística aconteceu. Para La Bête acontecer é preciso que o público deixe de ser um espectador para se tornar participante. Cada apresentação é diferente da outra porque é o público que conta uma história criada coletivamente, ao manipular o corpo nu do artista como se ele fosse uma das figuras geométricas com dobradiças de Lygia Clark. Nos dias seguintes, porém, um pesadelo que Wagner não tinha se materializou. Um fragmento da apresentação foi jogado na internet para provocar fogueira. Nele, uma mulher e sua filha pequena tocavam no corpo do artista durante a performance, como tantas outras pessoas da plateia. Mas, recortada e tirada do contexto, a cena foi convertida naquilo que não era. E Wagner foi chamado de pedófilo por milhões na internet." E, no dia 10 de abril de 2018, Wagner participa do programa Conversa com Bial onde conta sua passagem pelo linchamento virtual[44]: "Na realidade, eles manipularam a informação a partir de 30 segundos da performance e pegaram apenas a parte que a criança me tocou, e com a mãe. Me atacaram, disseram que eu era um pedófilo e que o museu estava incitando a pedofilia, o que pra mim era um absurdo."[45]

Referências

  1. «Jornal Correio». www.correiodeuberlandia.com.br. Consultado em 2 de dezembro de 2010 
  2. «Escavador». www.escavador.com 
  3. «Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 9 de março de 2004 
  4. «O Estado de S.Paulo». www.estadao.com.br/. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  5. «Centre Pompidou». centrepompidou.fr. Consultado em 2 de dezembro de 2010 
  6. «Festival d'Avignon». www.festival-avignon.com. Consultado em 7 de julho de 2009 
  7. «France Brazil». www.francebrazil.com. Consultado em 3 de dezembro de 2010 
  8. «Conectedance». www.conectedance.com.br. Consultado em 30 de setembro de 2015 
  9. «Libération». www.liberation.fr/. Consultado em 6 de junho de 2019 
  10. «O Globo». www.oglobo.globo.com/. Consultado em 19 de março de 2019 
  11. «O Globo». www.oglobo.globo.com/. Consultado em 20 de março de 2018 
  12. «Folha de S.Paulo». www.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de julho de 2014 
  13. «O Estado de S. Paulo». www.helenakatz.pro.br. Consultado em 25 de dezembro de 2010 
  14. «Folha de S. Paulo». m.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de dezembro de 2010 
  15. «Página Itaú Cultural - Rumos Dança 2003». itaucultural.org.br [ligação inativa]
  16. «SESC». www.sescsp.org.br. Consultado em 14 de julho de 2011 
  17. «Idanca». www.idanca.com. Consultado em 14 de julho de 2011 
  18. «Aplauso Brasil». www.aplausobrasil.com.br. Consultado em 11 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 20 de dezembro de 2016 
  19. «Festival move berlim». moveberlim.de. Consultado em 2 de dezembro de 2010 
  20. «Scribd». fr.scribd.com. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  21. «Charleroi Danses». www.charleroi-danses.be. Consultado em 20 de outubro de 2016 
  22. «Un petit peu de Zelda». issuu.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2015 
  23. «RECEITAS E DÚVIDAS». Consultado em 15 de julho de 2012 
  24. «FUNARTE». www.funarte.gov.br/. Consultado em 15 de julho de 2012 
  25. «THEATRE ET BALAGAN». Consultado em 22 de novembro de 2013. Arquivado do original em 12 de setembro de 2013 
  26. «THEATRE ET BALAGAN». blogs.rue89.com/balagan. Consultado em 22 de novembro de 2013. Arquivado do original em 12 de setembro de 2013 
  27. «Théâtre de Gennevilliers». www.theatre2gennevilliers.com. Consultado em 3 de dezembro de 2010 
  28. «Fundação Joaquim Nabuco». www.fundaj.gov.br. Consultado em 3 de dezembro de 2010 
  29. «AnyWay Galerie Berlin». www.maudpiquion.com. Consultado em 22 de novembro de 2013. Arquivado do original em 9 de outubro de 2013 
  30. «Cláudia Müller Portifolium» (PDF). www.claudiamuller.com. Consultado em 14 de julho de 2011 [ligação inativa]
  31. «Valor Econômico». https://valor.globo.com. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  32. «FLIP Paraty». www.oglobo.globo.com. Consultado em 27 de julho de 2018 
  33. «Centre Pompidou». www.centrepompidou.fr. Consultado em 27 de janeiro de 2018 
  34. «Le genre international» 
  35. «IMDb». www.imdb.com. Consultado em 20 de outubro de 2011 
  36. «J'essayais de gagner du temps». www.dailymotion.com. Consultado em 3 de dezembro de 2010 
  37. «Minute Festival». www.minutefestival.com. Consultado em 3 de dezembro de 2010 
  38. «Movimiento». www.movimiento.org. Consultado em 20 de outubro de 2011 
  39. «Daniel e Nina Carasso». www.fondationcarasso.org/art-citoyen/residencedartisteslaureats2021/. Consultado em 30 de junho de 2021 
  40. «Funarte» (PDF). www.funarte.gov.br. Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  41. «Estadão». www.estadao.com.br/. Consultado em 11 de dezembro de 2012 
  42. «FUNARTE». www.funarte.gov.br. Consultado em 11 de dezembro de 2012 
  43. «El País». www.brasil.elpais.com/brasil. Consultado em 12 de fevereiro de 2018 
  44. «Conversa com Bial». www.globoplay.globo.com. Consultado em 10 de abril de 2018 
  45. «Gshow». www.gshow.globo.com/. Consultado em 11 de abril de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]