Waldeloir Rego

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Waldeloir Rego (Salvador, 25 de agosto de 1930 — Salvador, 21 de novembro de 2001) foi um etnólogo, historiador e folclorista brasileiro.

Iniciado no Candomblé, Waldeloir era ogã (espécie de mestre-de-cerimônia) do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, comandado por Mãe Stella de Oxóssi. Ele pesquisou a história de vários terreiros de Salvador, particularmente o Afonjá e o do Gantois, que foi comandado pela mãe-de-santo mais famosa da Bahia, Mãe Menininha do Gantois.

Também estudou a história do Mosteiro de São Bento (fundado no século XVI), por causa da aproximação com o culto afro, promovida pelo abade Dom Timóteo Amoroso a partir da década de 60. Como resultado dessa aproximação, vários elementos da cultura africana foram incorporados à missa católica.

Nos últimos anos, Waldeloir vinha se dedicando a pesquisar a vida do historiador e artista plástico Manuel Querino, que tentou identificar no século XIX os principais pintores e escultores baianos de todos os tempos. O projeto contava com o apoio do diretor da Pinacoteca de São Paulo, Emanoel Araújo.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Capoeira Angola - ensaio sócio-etnográfico, Editora Itapoan, Salvador, 1968 - Obra publicada com a colaboração da Secretaria de Educação e Cultura do Governo do Estado da Bahia. In-8.vo de 400 páginas. Ilustrações de Hector Júlio Paride Bernabó (Carybé).
  • Waldeloir Rego foi também um criador de joias, aclamado por Jorge Amado como o "ourives de Oxum", o "joalheiro de Iemanjá". Premiado em várias exposições, em 1970 apresentou na Galeria Bonino, no Rio de Janeiro, sua coleção de joias afro-baianas, em prata (colares, gargantilhas, anéis e abotoaduras) inspiradas nos orixás.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]