Waldemar Lopes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Waldemar Lopes
Waldemar Lopes
Waldemar Lopes, no terraço de sua casa, durante um Sabalopes em 2004
Nome completo Waldemar Freire Lopes
Nascimento 1 de fevereiro de 1911
Quipapá
Morte 21 de outubro de 2006 (95 anos)
Recife
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Iracy Lopes
Género literário Poeta
Magnum opus Legenda (1929)

Waldemar Freire Lopes (Quipapá, 1 de fevereiro de 1911Recife, 21 de outubro de 2006) foi um poeta brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Waldemar Lopes nasceu em Peri-Peri, então município de Quipapá, hoje pertencente a São Benedito do Sul, Pernambuco[1]. Sua formação intelectual foi firmada em vários campos de atividades em Pernambuco, Rio de Janeiro e Brasília, onde atuou em jornalismo (ótimo cronista e revisor primoroso), literatura (criou e participou de vários grêmios e academias literárias), administração pública, economia, direito público internacional (esses últimos vividos na sua atuação profissional no IBGE e na OEA).

Atividades profissionais[editar | editar código-fonte]

Como jornalista, teve atuação destacada no Jornal do Commercio (Recife), Associação de Imprensa de Pernambuco, A Noite (Rio de Janeiro), Revista Brasileira de Estatística, Revista Brasileira de Municípios e outros órgãos da imprensa brasileira.[1]

No Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi Diretor da Secretaria-Geral, Secretário Geral do Conselho Nacional de Estatística, membro da Comissão Censitária e da Comissão Nacional de Política Agrária.[Nota 1][2]

Na Organização dos Estados Americanos (OEA), onde atuou de 1954 a 1976, foi diretor de seu escritório no Brasil e representande de sua Secretaria-Geral junto ao Governo Brasileiro.[1]

O Governo de Pernambuco o agraciou com o grau de Comendador na Ordem do Mérito dos Guararapes.[1]

Atividades literárias[editar | editar código-fonte]

Entre as várias instituições literárias a que pertenceu, destacam-se:

Também atuou, como poeta, em Portugal, onde fez e deixou poemas, destacando-se os versos que figuram no monumento a Ferreira de Castro.[1]

Sabalopes[editar | editar código-fonte]

Desde sua residência no Rio de Janeiro, já recebia amigos (juntamente com sua esposa Iracy) nos sábados, para reuniões literárias informais, que foram denominadas Sabalopes[3]. Essas reuniões persistiram até o dia em que foi hospitalizado, antes de sua morte.

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

Publicou os seguintes livros:

  • Legenda - Recife: Tipografia Ideal (1929)
  • Austro-Costa, poeta da província (1970)
  • Sonetos do Tempo Perdido - Rio de Janeiro: Editorial Palmares (1971)[Nota 5]
  • Inventário do Tempo - Rio de Janeiro: Lia Editor (1974)
  • Os Pássaros da Noite - Brasília: Clube de Poesia de Brasília (1974)[Nota 6]
  • Sonetos da Despedida (1976)
  • Sonetos do Natal (1977)
  • Elegia a Joaquim Cardozo - Rio de Janeiro: Edições Cadernos da Serra (1979)
  • Florbela & Durão - Rio de Janeiro: Edições Cadernos da Serra (1979)
  • O Jogo Inocente - Rio de Janeiro: Edições Cadernos da Serra (1979)
  • Memória do Tempo - Rio de Janeiro: Padrão Livraria Editora (1981)
  • Sonetos de Portugal
1ª edição: Teresópolis: Clube de Poesia e Crítica de Brasília (1984), impresso por Gráfica Pedra do Sino
2ª edição: Recife: Academia Pernambucana de Letras (1994), impresso por Editora Comunicarte
3ª edição: Brasília: Academia Brasiliense de Letras (1995), impresso por Editora Comunicarte (Recife)
4ª edição: Recife: Editora Novo Horizonte (2005)
  • Pernambucanidade consagrada (1987) (co-autoria de Gilberto Freyre)
  • As Dádivas do Crepúsculo - Recife: Edições Bagaço (1996)
  • Bandeira - estrela permanente no céu de Pasárgada (1996)
  • A flor medieval - Recife: Editora Comunicarte (1996)
  • Sombras da tarde - Recife: Editora Livros de Amigos[Nota 7] (1999)
  • Austro-Costa, no centenário do seu nascimento. Recife: Editora Livros de Amigos [Nota 7] (1999)
  • Menino na beira do Pirangy deixa o mundo encantado da Fazenda Novo Horizonte e vem para a Casa de Carneiro Vilela" - Recife: Editora Livros de Amigos [Nota 7](1999)
  • A arte de agradecer. Recife: Editora Livros de Amigos [Nota 7] (1999)
  • Algumas reflexões sobre Ruy, internacionalista. Recife: Editora Livros de Amigos [Nota 7] (1999)
  • Cinza de Estrelas - Recife: Editora Livros de Amigos [Nota 7] (2001)[4]
  • Valdemar de Oliveira, companheiro de jornal. Recife: Editora Livros de Amigos [Nota 7] (2001).

Após sua morte, foi editada (já deixada pronta e paga por ele) uma coletânea de crônicas compostas ao longo de sua vida literária, em três volumes, sob o título:

  • Prosa variada de ontem e de hoje - Recife: Comunigraf Editora (2006):
  1. O preço da liberdade
  2. Laudas de louvação
  3. Veredas do tempo

Tradução[editar | editar código-fonte]

  • Canto a Brasília, de Carlos Manini-Rios - Brasília (1973)

Homenagens póstumas[editar | editar código-fonte]

O poeta Waldemar Lopes emprestou seu nome a duas bibliotecas na cidade do Recife:

Notas e referências

Notas

  1. O IBGE possui uma biblioteca com o nome do poeta Waldemar Lopes :Biblioteca Waldemar Lopes
  2. Foi sucedido na cadeira 20 da Academia Pernambucana de Letras pelo médico Amaury de Siqueira Medeiros, seu conterrâneo.
  3. Foi sucedido na cadeira 7 da Academia de Letras e Artes do Nordeste pela escritora Telma de Figueiredo Brilhante.
  4. O sucessor da cadeira 19 na Academia Brasiliense de Letras é o escritor Fábio de Sousa Coutinho, eleito em 18 de março de 2012.
  5. Prêmio do PEN-Clube do Brasil.
  6. Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal.
  7. a b c d e f g A Editora Livros de Amigos foi um selo criado por Waldemar Lopes para edição de livros de distribuição gratuita.
  8. A biblioteca do Espaço Pasárgada foi reinaugurada após sua morte. Ela existia desde 1999 e estava desativada.
  9. A Biblioteca da Academia Pernambucana de Letras foi equipada com o acervo de livros do poeta, que o doou ainda em vida.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]