Wandeko Pipoca

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Wandeko Pipoka
Wandeko Pipoca
Nome completo Wanderley Tribeck
Nascimento 4 de fevereiro de 1951 (73 anos)
Vacaria, Rio Grande do Sul
Residência Criciúma, Santa Catarina
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Pastor evangélico, comediante, apresentador
Principais trabalhos Bozo

Wanderley Tribeck, mais conhecido como Wandeko Pipoka (Vacaria, 4 de fevereiro de 1951), é um pastor evangélico[1][2], ex-comediante e ex-apresentador brasileiro.[3]

Ficou conhecido com o primeiro interprete do palhaço Bozo na TV.[4][5][6]

Atualmente, é pastor da Assembleia de Deus em Criciúma.[7]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Bozo[editar | editar código-fonte]

Wandeko tentava a vida no Show de Calouros[4] quando, em 1980, recebeu uma ligação do cantor Ary Sanches, que trabalhava na então TVS na época. Convidado, fez um teste para ser o palhaço Bozo. Larry Harmon, dono dos direitos autorais do Bozo, aprovou Wandeko[8], que foi contratado no mesmo ano, desbancando gente consagrada, como Moacyr Franco.[4]

De 1980 até 1982 na TVS (atual SBT), Wandeko Pipoka comandou e apresentou o programa infantil Bozo. Depois, desentendeu-se com a direção e saiu da emissora de Silvio Santos. Boatos afirmam que discordou de Silvio Santos e não topou fazer gincanas por telefone.[5] Wanderley tinha fama de malandro e marrento nos bastidores, não decorava textos e falava palavrões fora do ar.[5]

Gravou um disco e um compacto como Bozo. O LP rendeu um disco de ouro e outro de Platina.[6]

Em 1982, após o nascimento de sua filha, saiu do hospital (onde ela nasceu) maquiado e foi dirigindo para gravar o programa.[9]

Ele afirma que na época tinha o maior salário da TV brasileira[4] e recebia em dólar.[6]

A Turma da Pipoca[editar | editar código-fonte]

Em 1982, briga com a direção da emissora e sai do comando do programa, deixando a vaga para Luís Ricardo. Rumores dão conta que Pipoka não tinha muito jeito com as crianças. Apesar dessa fama, a TV Gazeta resolveu contratá-lo e investiu no projeto de levar o mundo circense para à televisão criando em 1983 o programa infantil "A Turma da Pipoca", que inicialmente ficou a cargo de Wandeko. Vários testes foram realizados com os 15 palhaços de todo o Brasil para compor o elenco das esquetes de humor ao lado de Wandeko. Alguns bons palhaços passaram no teste, entre eles, a dupla Eduardo dos Reis e Carlos Alberto de Oliveira, respectivamente o Atchim e o Espirro (Atchim & Espirro).[10]

Inicialmente, Espirro tinha outro nome e trabalhava com seu filho a partir de 1982 até 1985, mas, quando a Turma da Pipoca passou por reformulações deixando apenas os dois palhaços no elenco, Eduardo e Carlos resolveram montar a dupla, rebatizando o personagem de Carlos Alberto de Oliveira. Atchim e Janela, atualmente Espirro, recebiam cartas de pessoas de todas as idades, as quais gostavam da dupla e queriam conhecê-la.

O desentendimento na Gazeta e a estreia do Brincando na Paulista[editar | editar código-fonte]

Com o desentendimento de Wandeko Pipoka com a direção da TV Gazeta e o sucesso que a dupla de palhaços vinha fazendo em suas esquetes no programa, a direção entregou ao Atchim e Espirro a continuação do programa, nascendo assim o Brincando na Paulista em 1985. Wandeko também foi apresentador dos infantis de várias emissoras, depois que passou pelo SBT e pela Gazeta, como o Palhaço Pipo na Band.[11]

Depressão, drogas e conversão[editar | editar código-fonte]

Com a oscilação na carreira, acabou entrando em depressão, se tornou usuário de drogas e perdeu tudo,[6] chegando a viver como mendigo em Balneário Camboriú.[10] Tempos depois, se converteu e tornou-se evangélico.[6] É convertido desde agosto de 2000 e começou a pregar o Evangelho em 2011.[2]

Montou um restaurante em Balneário Camboriú chamado Ex-Petinho do Wandeko, que durou 12 anos.[9]

Em 2010, foi candidato a deputado federal pelo estado de Santa Catarina.[11]

Em 2014, trabalhou como comerciante em uma loja de roupas em Balneário Camboriú.[12]

Referências

  1. «Bozo sai em defesa de Bolsonaro: 'quando te chamam de Bozo, estão elogiando'». Jornal de Brasília. 26 de fevereiro de 2020. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  2. a b «Ex-palhaço Bozo defende Bolsonaro: "Homem de Deus"». pleno.news. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  3. «Morre ator responsável por popularizar o palhaço Bozo». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de dezembro de 2012 
  4. a b c d «Bozo: a história real por trás do mito». Super. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  5. a b c «Drogas, perrengues e demissão: 10 curiosidades dos bastidores do "Bozo"». tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  6. a b c d e «Sistema Brasileiro de Televisão - SBT». www.sbt.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  7. «Chico Alves - Primeiro Bozo do Brasil aprova apelido de Bolsonaro e reprova carreatas». noticias.uol.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  8. Povo, Priscila Bueno, especial para a Gazeta do. «O que aconteceu com Bozo, Dengue e Fofão?». Gazeta do Povo. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  9. a b Povo, Priscila Bueno, especial para a Gazeta do. «O que aconteceu com Bozo, Dengue e Fofão?». Gazeta do Povo. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  10. a b Lima, Emerson (14 de setembro de 2013). «Wanderley Tribeck, ex-palhaço Bozo, esteve em Taió». Farol Blumenau. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  11. a b G1, Gustavo MillerDo; Paulo, em São (16 de julho de 2010). «'O Gibe é o último da família a ir embora', diz Pipoka, o primeiro Bozo». Pop & Arte. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  12. «'Era o maior sucesso do país, como não estava preparado, caí', diz primeiro palhaço Bozo brasileiro». F5. 13 de fevereiro de 2014. Consultado em 18 de outubro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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