Wesley Correia

Adicionar tópico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Wesley Barbosa Correia ou Wesley Correia (Cruz das Almas-BA, 21 de outubro de 1980) é um poeta, ficcionista, ensaísta e professor brasileiro.[1][2]

Wesley Correia
Wesley Correia no Parque da Cidade, Salvador, cidade em que vive atualmente. (FOTO: Peterson Azevedo, 2017) Nascimento: 21 de outubro de 1980, Cruz das Almas Influências: Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Livia Natalia, Rita Santana, José Carlos Limeira, Guimarães Rosa, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Alice Walker, Pepetela, Paulina Chiziane, Sapphire, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gabriel García Márquez Escola/Tradição: Pós-modernismo Religião: Candomblé

Wesley Correia graduou-se em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS (2002), onde também cursou Mestrado em Literatura e Diversidade Cultural (2005). É doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia – UFBA (2015), tendo realizado Doutorado Sandwich na Universidade de Lisboa – UL (2014). Como poeta e ficcionista, tem participado de antologias publicadas no país e como ensaísta tem publicado títulos de crítica literária e cultural em revistas especializadas. Foi professor de Literatura Brasileira na Universidade do Estado da Bahia – UNEB e representou o Brasil, ao lado de outros poetas, no XI Festival Latino-americano (Colômbia, 2007). Em 2009, integrou a coletânea Carlos Drummond de Andrade, produzida pela Fundação SESC, com o poema Estudo sobre café[3]. Participou como convidado das edições de 2017 e 2018 da FLICA - Feira Literária Internacional de Cachoeira[1] e da FLIPELÔ - Feira Literária Internacional do Pelourinho[4]. Atualmente, colabora com o blog O Coletivo[5], além de ser professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, onde coordena o Curso de Pós-graduação em Estudos Étnicos e Raciais: Identidades e representação – CPgEER. Seus poemas foram traduzidos para o inglês, espanhol e romeno.

Poesia[editar | editar código-fonte]


Ensaio[editar | editar código-fonte]

  • Estudos Étnicos e Africanos: revisitando questões teóricas e metodológicas. In: Cláudio Furtado, Maria Rosário Carvalho, Wagner Vinhas (organizador) et al. (EDUFBA, 2014)[12];
  • Discurso, língua, ensino, memória: representações e poder. In: Edite Luzia de Almeida Vasconcelos, Erivaldo Sales Nunes, Jorge Augusto de Jesus Silva e Waleska Oliveira Moura (organizadora) (EDIFBA, 2017)[13].


Composição Musical[editar | editar código-fonte]

  • Agô, Ilê é uma música composta por Wesley Correia para o Ilê, Ayiê, tradicional Bloco de Afoxé da Bahia.


  • Sobre Íntimo Vesúvio, Aleilton Fonseca, membro da Academia de Letras da Bahia, diz "A percepção do social permeia todo o conjunto de textos, e se torna mais aguda em alguns poemas decisivos como ilação e compromissos assumidos pelos pelos poetas" e ainda "(...) Para Wesley Correia, a poesia é um ritual iniciático que dissipa as sombras, reúne os elementos e instaura as epifanias. Em cada poema, a palavra entra em combustão, pois borbulha em línguas de fogo, caldo de sentidos, abrangências e incandescências de uma explosão de sentidos que o poeta prospecta e deixa fluir, expondo a céu aberto o magma poético do seu Íntimo Vesúvio.”[9][14]

  • "Que os deuses são negros na Bahia de Todos os Santos já sabemos, mas que Deus, dado religioso e cultural de origem semita, senhor dos “brancos”, seja negro é um atrevimento de um afrodescendente que noutra época significaria pesado castigo. No entanto, ao ser arte de provocar, destabilizar, gerar emoções e transmitir estados de alma, a poesia é expressão do sujeito criador, produto das partidas, das chegadas, e das multiplicações do autor, e, nesse sentido, se Deus é negro é porque Wesley Correia é a face poética da negritude" - parte da resenha de Deus é Negro por João Ferreira Dias[15].

  • “'Deus é negro', de Wesley Correia é um livro carregado de significantes e significados, onde mergulha nos elementos do Candomblé para trazer na beleza da poesia negra as vivências em torno da relação do ser consigo, e assim com a natureza, pois para o Candomblé são elementos que se completam e não se pode separar. O livro é dividido em três partes: Da partida, Da Chegada e Da Multiplicação, pensando a trajetória do negro em formato repleto de magia, beleza e vida com uma poesia de alta qualidade. A provocação já começa desde o título escolhido, onde o poeta demarca o seu lugar de fala, usando a arte para que esta palavra continue ganhando um significado ainda mais positivo (...)" - Humberto Manoel de Santana Júnior, em seu artigo Literatura Negra e a Academia: quando o sujeito negro ganha voz e corpo. [16]

  1. a b Flica. «Wesley Correia». https://flica.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  2. «Aidil Araújo e Julián Fuks marcam segunda mesa da Flica com um chamado para luta pela democracia». G1. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  3. «» ESTUDO SOBRE CAFÉ». oxe.insix.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  4. Fernanda Tavares. «Wesley Correia | Flipelô» (em inglês). Consultado em 10 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2018 
  5. «A Equipa». ocoletivo.blogs.sapo.pt. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  6. «Wesley Correia lança "Deus é negro" no Campus IFBA, Salvador, 26». Bahia Já. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  7. Freitas, Carlos Eduardo (14 de dezembro de 2017). «Série Duo Poético: POESIA BAIANA GANHA SÉRIE EDITORIAL». Bahia Na Lupa. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  8. «#Cultura: Série editorial de poesia baiana é lançada com obras de Marlon Marcos e Wesley Correia». Jornal da Chapada. 12 de dezembro de 2017. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  9. a b Ramos, Cleidiana (14 de dezembro de 2017). «Coletânea reúne a poesia de Marlon Marcos e Wesley Correia». Flor de Dendê – Uma aliança afro-sertaneja. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  10. «Marlon Marcos e Wesley Correia estreiam a Série Duo Poético!». Portal Soteropreta. 12 de dezembro de 2017. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  11. «Série Duo Poético e do seu primeiro volume com os livros "Cinzas de Sonho de Desabam sobre Mim", de Marlon Marcos e "Íntimo Vesúvio, de Wesley Correia». www.aldeianago.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  12. «Estudos Étnicos e Africanos « EDUFBA – Editora da Universidade Federal da Bahia». Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  13. academialetrasba (5 de junho de 2018). «Grupo de pesquisa do IFBA lança livro na Academia de Letras da Bahia». Academia de Letras da Bahia. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  14. «Pinauna». www.pinaunaeditora.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2018 
  15. Dias, João Ferreira. «Resenha | "Deus é Negro"». Adarrum. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  16. Jr, Humberto Manoel de SANTANA (24 de fevereiro de 2016). «LITERATURA NEGRA E A ACADEMIA: QUANDO O SUJEITO NEGRO GANHA VOZ E CORPO». Acta Semiótica et Lingvistica. 20 (1). ISSN 2446-7006