William Samuel Verplanck Junior
William Samuel Verplanck Junior (Plainfield, New Jersey, 16 de janeiro de 1916 — Knoxville, Tennessee, 30 de setembro de 2002) foi um psicólogo estadunidense. Conduziu uma série de importantes experimentos nos campos da Etologia, da Psicologia experimental e, principalmente, no campo do Behaviorismo radical.
Vida[editar | editar código-fonte]
Bill, como era mais conhecido entre seus amigos, defendeu tese de doutorado em 1941, na Universidade de Brown sob orientação de Clarence Graham. [1] Pesquisou sobre aprendizagem de discriminação em ratos. Na universidade, teve oportunidade de estar próximo a Walter S. Hunter, a quem admirava e que o preparou para apreciar a visão herética da etologia, algumas vezes confrontada pelo behaviorismo. Logo após terminar seu doutoramento foi trabalhar no Naval Submarine Medical Research Laboratory[2] em New London, no estado de Connecticut. Nesse laboratório ele desenvolveu diversas pesquisas sobre visão noturna e sobre problemas visuais em geral. Com o fim da Segunda guerra mundial ele foi trabalhar na Universidade de Indiana. Em 1946, Bill se juntou a uma série de processores importantes, no departamento de Psicologia da Universidade de Indiana. Dentre estes professores estavam B. F. Skinner, e Jacob Robert Kantor. Em 1950 Verplanck passou a lecionar na Universidade de Harvard e fez parte do grupo que trabalhou em uma publicação pioneira intitulada "Modern Learning Theory". Neste trabalho, Bill assumiu a tarefa de apresentar uma teoria vista como perspicaz na época: o behaviorismo Skinneriano. Em Harvard, Verplanck pôde trabalhar com Skinner e também S. S, Stevens, que veio a se tornar um mentor para Bill. Apesar de estar numa época em que grandes produções não era exigidas, Bill chegou a ter 15 publicações num espaço de 12 anos (1942-1954) e em 1955 publicou 8 artigos. Dentre eles estava o clássico "Since learned behavior is innate, and vice versa, what now?", publicado na Psychology Review. Em seus estudos Bill se interessou pelo aparato conceitual e os métodos experimentais usados pelos etólogos, enxergando a teoria como um caminho excitante para a Psicologia. Trabalhou em diversas outras universidades nos Estados Unidos e na Inglaterra e em 1981 se aposentou como professor da Universidade do Tennessee [3] Bill Verpalnck faleceu em decorrência de complicações causadas por um câncer no pulmão, aos 86 anos, no dia 30 de setembro de 2002.
Realizações[editar | editar código-fonte]
Verplanck dedicou considerável parte da sua carreira desenvolvendo o Teste de associação de palavras.[4] O referido teste se enquadra na categoria dos testes projetivos. O sujeito em situação de teste é instruído a responder a uma palavra estímulo com a primeira palavra que lhe vier à cabeça. O teste foi originalmente inventado pelo cientista britânico Francis Galton em 1879. Considera-se que o psiquiatra alemão Emil Kraepelin foi o primeiro a aplicar o teste nos estudos da anormalidade.[5][6]
Obras[editar | editar código-fonte]
- Verplanck, W.S. (1942) The development of discrimination in a simple locomotor habit. Journal of Experimental Psychology, 31, 441-464.[7]
- Berry, R.N., Verplanck, W.S., and Graham, C.H. (1943) The reversal of discrimination in a simple running habit. Journal of Experimental Psychology, 32, 325-334.[8]
- Verplanck, W.S. (1946) The effects of paredrine on night vision test performance. (Bur. Med. Surg., 1944; Publ. Bd., N. 23049) Washington, D.C.: U.S. Dept. Commerce, 14.
- Verplanck, W.S. (1946) Comparative study of adaptometers. (Bur. Med. Surg., 1942, Publ. Bd. No. 23050) Washington, D.C.: U.S. Dept. Commerce, 34.
- Verplanck, W.S. (1946) Night vision testing on members of crew of the U.S.S. New Jersey (Bur. Med. Surg., 1943; Publ. Bd. No. 23072) Washington, D.C.: U.S. Dept. Commerce, 9.
- Field tests of optical instruments. (March 15, 1947) Navord Report 77-46, Washington, D.C., 331 and vi.
- Verplanck, W.S. (1947) A field test of the use of filters in penetrating haze. Naval Submarine Medical Center, Groton, Conn., SMRL Rep. 113.
- Coleman, H.S. and Verplanck, W.S. (1948) A comparison of computed and experimental detection ranges of objects viewed with telescopic systems from aboard ship. Journal of Opt. Soc., Amer., 38, 250-258.
- Verplanck, W.S. (1949) Visual communication. In: Human Factors in Undersea Warfare. Washington, D.C.: NRC, 249-266.
- Verplanck, W.S. (1949) Night vision: the terminal visual thresholds. In Berens, C., The Eye and Its Diseases. Philadelphia: Sanders, 203-209.[9]
- Verplanck, W.S. (1950) Field tests of optical instruments: further results. Dept. of Psychology, Indiana University, 92.
- Verplanck, W.S., Collier, G.H., and Cotton, J.W. (1952) Non-independence of successive responses in measurements of the visual threshold. Journal of Experimental Psychology, 44, 273-282.[10]
- Verplanck, W.S., Cotton, J.W., and Collier, G.H. (1953) Previous training as a determinant of response dependency at the threshold. Journal of Experimental Psychology, 46,10-14.[11]
- Verplanck, W.S., and Hayes, J.R. (1953) Eating and drinking as a function of maintenance schedule. Journal Comp. Physiol. Psychology, 46, 327-333.[12]
- Verplanck, W.S., (1954) Burrhus F. Skinner. In Estes, W.K., et al., Modern Learning Theory, New York: Appleton-Century-Crofts, 267-316.[13]
- Verplanck, W.S. (1955) Problems of comparative behavior. Science, 121, No. 3137, 189-190.[14]
- Verplanck, W.S. (1955) Since learned behavior is innate, and vice versa, what now? Psychological Review, 62, 139-144.
- Verplanck, W.S. (1955) The operant, from rat to man: an introduction to some recent experiments on human behavior. Transactions, The New York Academy of Sciences, 17,Ser. II, 594-601.[15]
- Verplanck, W.S., and Cotton, J.W. (1955) The dependence of frequencies of seeing on procedural variables: I. Direction and length of series of intensity-ordered stimuli. Journal of General Psychology, 53, 37-47.[16]
- Cotton, J.W., and Verplanck, W.S. (1955) The dependence of frequencies of seeing on procedural variables: II. Procedure of terminating series of intensity-ordered stimuli.Journal of General Psychology, 53, 49-57. Acessado em 22 de fevereiro de 2013</ref>
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Acessado em 15 de fevereiro de 2013.
- ↑ «Acessado em 15 de fevereiro de 2013». Consultado em 16 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2013
- ↑ «Acessado em 15 de fevereiro de 2013» (PDF). Consultado em 16 de fevereiro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 2 de abril de 2015
- ↑ «Acessado em 15 de fevereiro de 2013». Consultado em 16 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 6 de março de 2014
- ↑ Morris, E.K., Todd, J.T., Midgley, B.D., Schneider, S.M., and Johnson, L.M. (1990) The history of behavior analysis: Some historiography and a bibliography. The Behavior Analyst, 13, 131-158
- ↑ Acessado em 15 de fevereiro de 2013
- ↑ «Acessado em 15 de fevereiro de 2013». Consultado em 16 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 23 de julho de 2008
- ↑ «Acessado em 15 de fevereiro de 2013». Consultado em 16 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 6 de julho de 2008
- ↑ «Acessado em 19 de fevereiro de 2013». Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 4 de maio de 2013
- ↑ «Acessado em 19 de fevereiro de 2013». Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 15 de outubro de 2008
- ↑ «Acessado em 19 de fevereiro de 2013». Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 16 de junho de 2009
- ↑ «Acessado em 19 de fevereiro de 2013». Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 24 de julho de 2008
- ↑ «Acessado em 19 de fevereiro de 2013». Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 26 de junho de 2009
- ↑ «Acessado em 19 de fevereiro de 2013». Consultado em 20 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 23 de julho de 2008
- ↑ «Acessado em 22 de fevereiro de 2013». Consultado em 22 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 21 de novembro de 2011
- ↑ «Acessado em 22 de fevereiro de 2013». Consultado em 22 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 19 de julho de 2008