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Ádria Santos

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Adria Santos
Informações pessoais
Nome completo Adria Rocha Santos
Apelido Filha do vento
Modalidade Atletismo
Nascimento 11 de agosto de 1974 (50 anos)
Nanuque, MG
Nacionalidade brasileira
Nível Classe T11 (cegueira total)
Medalhas
Jogos Paralímpicos[1]
Ouro Barcelona 1992 100m
Ouro Sydney 2000 100m
Ouro Sydney 2000 200m
Ouro Atenas 2004 100m
Prata Seul 1988 100m
Prata Seul 1988 400m
Prata Atlanta 1996 100m
Prata Atlanta 1996 200m
Prata Atlanta 1996 400m
Prata Sydney 2000 400m
Prata Atenas 2004 200m
Prata Atenas 2004 400m
Bronze Pequim 2008 100m

Ádria Rocha Santos ORBCavMM (Nanuque, 11 de agosto de 1974) é uma atleta velocista brasileira de classe T11. Especializada nas corridas de 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos. De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro é a maior medalhista feminina paralímpica do Brasil (tetracampeã).

Ádria Santos nasceu em 11 de agosto de 1974 na cidade mineira de Nanuque (Minas Gerais).[2][3][4][5]

Ádria reside e treina na cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina e, tem uma filha, Bárbara, que nasceu em 1989 sendo mãe com 15 anos de idade e, por causa da filha — e mais tarde da cegueira — precisou de apoio de familiares e amigos para superar as dificuldades da vida. Esta teve perda degenerativa da visão, até adquirir ceguera total em 1994,[2][4][5] devido à retinose pigmentar e astigmatismo congênito.[5][6]

Casou-se com Luíz Rafael Krub.[7]

Começou a carreira de velocista em 1987, aos 13 anos de idade, no Instituto São Rafael, uma escola especial para deficientes visuais em Belo Horizonte.

Em 1988, fez a primeira participação nos Jogos Paralímpicos de Seul,[4][5][8][9] onde já conquistou medalhas no 100m e 400m iniciando uma série de participações olímpicas.[8][9]

Participou das Jogos Paralímpicos de Verão de 1992, em Barcelona, na Espanha, onde recebeu a medalha de ouro pela prova de 100m.[5][10]

Em 1994, disputou o campeonato mundial na Alemanha, obtendo medalhas de bronze nos 200 e 400 metros rasos.[11]

Nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1996, em Atlanta, Estados Unidos, ganhou medalhas de prata nos 100, 200 e 400m.[10]

Nos Jogos Parapan-Americanos de 1999, na Cidade do México, no México, ganhou ouro nos 100, 200 e 400m.[10]

Nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2000, em Sydney, Austrália, ganhou ouro nos 100 metros e 200 metros, e ganhou prata nos 400 metros, sendo considerada a melhor para-atleta velocista do mundo naquele ano.[10]

Em 2001, no campeonato mundial no Canadá, ganhou medalha de ouro nos 200 metros rasos.[11]

Em 2002, no campeonato mundial na França, ganhou medalhas de prata nos 100 e 200 metros rasos.[11]

Em 2003, no campeonato mundial organizado pela International Blind Sports Federation (IBSA), no Canadá, ganhou medalhas de ouro nos 100 e 200 metros rasos, e bronze nos 400 metros rasos.[10] No mesmo ano, participou do Mundial de Atletismo da Internactional Association of Atlhetics Federations (IAAF), na França, conquistando o ouro nos 200m para cegos e deficientes visuais, com o tempo total de prova de 25min22s.[10]

Nos Jogos Parapan-Americanos de 2003, em Mar del Plata, na Argentina, ganhou medalha de ouro nos 100 metros rasos, medalha de prata nos 200 metros rasos.

Teve mais bons resultados nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2004, em Atenas, na Grécia.[10]

Em 2005, participou da Copa do Mundo Paralímpica, na Inglaterra, ganhando medalha de prata nos 200m.[10] No mesmo ano ganhou ouro nos 200m, no Mundial da IAAF de Helsinque, na Finlândia.[10]

Em março e abril de 2006, foi respectivamente condecorada pelo vice-presidente José Alencar com a Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleira especial, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Ordem de Rio Branco no grau de Oficial suplementar.[12][13]

Ádria nos Jogos Parapan-Americanos de 2007, na cidade brasileira do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), ganhou medalha de prata nos 200 metros rasos e nos 800 metros. Esta foi subprefeita da Vila Paralímpica e também esteve no revezamento da tocha quando passou na cidade brasileira de Joinville (Santa Catarina). Na cerimônia de abertura desta paralimpíada repassou a chama para Clodoaldo Silva, que acendeu a pira.[5]

Participou também dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2008, na cidade chinesa de Pequim (China), ganhando bronze nos 100m classe T11 (atletas com deficiência visual total que correm com atleta-guia[5]).[3][10] Sendo a última das 13 medalhas conquistada pela atleta, que está registrada na história do esporte brasileiro como a maior medalhista paraolímpica feminina.[3][4]

Por conta de lesão no menisco (região do joelho) não pôde participar dos Jogos Parapan-Americanos de 2011, no entanto, foi convidada para ser uma das atletas a carregar a tocha olímpica dos jogos em Londres em 2012.[10]

Em 2014 anunciou sua aposentadoria dos esportes, após participar da 10ª edição dos Jogos Nacionais do SESI, na cidade brasileira de Belém (Pará).[10]

Em 2018, voltou a disputar, competindo em provas de fundo e campo.[14]

Em 2021, Ádria Santos foi convidada pelo Grupo Globo para ser comentarista dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ela também foi homenageada e teve seu rosto estampado em bandeiras do grupo de torcedores Movimento Verde Amarelo, ao lado de outros nomes marcantes do esporte olímpico, no embarque da delegação brasileira para Tóquio.[15]

Carreira como um todo

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Ao longo da carreira, Ádria acumulou 13 medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo quatro de ouro e oito de prata e uma de bronze. Soma-se a esse feito cerca de 73 medalhas em provas internacionais e 542 medalhas em provas nacionais na sua classe, incluindo o tricampeonato pela IAAF (Federação internacional de Atletismo Amador).[16][17] Disputou a maior parte das provas na classe T11.[2][14]

Nos treinos diários e nas competições oficiais, Ádria é auxiliada pelo seu treinador e guia Luíz Rafael Krub. Além dele, já teve como guia Gerson Knittel e Jorge Luís.[10] Foi apoiada financeiramente pelo programa Bolsa Atleta.[10]

Ano Modalidade Medalha Torneio Ref
2008 100m Medalha de bronzebronze Jogos Paralímpicos em Pequim 2008 [8][9]
2007 200m e 400m Medalha de prataprata Jogos Parapan-americanos Brasil 2007 [8]
2006 100 m Medalha de ouroouro PC Athletics World Championships Assen 2006 [9]
200 m Medalha de bronzebronze
2004 100m Medalha de ouroouro Jogos Paralímpicos Atenas 2004 [9]
200m e 400m Medalha de prataprata
2003 100m, 200m e 400m Medalha de ouroouro Mundial do Canadá 2003 [8]
2003 200m Medalha de ouroouro Mundial da França 2003 [8]
2003 200m Medalha de prataprata Jogos Parapan-americanos Argentina 2003 [8]
2002 100m e 200m Medalha de prataprata Mundial da França 2002 [8][9]
2000 200m Medalha de ouroouro Jogos Paralímpicos Sydney 2000 [8][9]
400m Medalha de prataprata
1999 100m, 200m e 400m Medalha de ouroouro Jogos Parapan-americanos México 1999 [8]
1996 100m, 200m e 400m Medalha de prataprata Jogos Paralímpicos Atlanta 1996 [8][9]
1994 200m e 400m Medalha de bronzebronze Mundial da Alemanha 1994 [8]
1992 100m Medalha de ouroouro Jogos Paralímpicos Barcelona 1992 [8][9]
1988 100m e 400m Medalha de prataprata Jogos Paralímpicos Seul 1988 [8][9]
Resumo
8 medalhas de ouro

15 medalhas de prata 2 medalhas de bronze

[8]

Instituto Ádria Santos

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Ádria comanda o Instituto Ádria Santos, atuante na cidade brasileira de Joinville (Santa Catarina), que oferece aulas de atletismo para crianças de 6 a 12 anos, com e sem deficiência, de maneira gratuita.[6] Há planos de aumentar a atuação do instituto, incluindo aulas de reforço de matemática e português e ter apoio de psicóloga e nutricionista.[18]

Referências

  1. «UOL Esportes». Consultado em 8 de setembro de 2008 
  2. a b c «Ádria Rocha Santos». Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). 11 de agosto de 1974. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  3. a b c Brasil 2016. «Ádria Santos». Rede do Esporte. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  4. a b c d Rodrigues, Nathan (28 de agosto de 2017). «Velocista paralímpica Ádria Santos». Legião da Boa Vontade. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  5. a b c d e f g «Brasil, presente na Paralimpíada desde 1972, tornou-se potência esportiva». Jornal O Globo. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  6. a b «Atleta cega conta como superou barreiras e conquistou 650 medalhas». Agência Brasil. 8 de março de 2023. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :12
  8. a b c d e f g h i j k l m n o «Ádria Rocha Santos». Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). 11 de agosto de 1974. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  9. a b c d e f g h i j «Paralympic Athlete Profile, Adria Rocha Santos». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 14 de agosto de 2024 
  10. a b c d e f g h i j k l m n «A maior medalhista paralímpica do Brasil». Fundação Cultural Palmares. 29 de fevereiro de 2016. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  11. a b c «Revista Sentidos - Grandes Conquistas». Consultado em 8 de setembro de 2008 [ligação inativa]
  12. BRASIL, Decreto de 20 de março de 2006.
  13. BRASIL, Decreto de 12 de abril de 2006.
  14. a b «Ádria Santos — Rede do Esporte». rededoesporte.gov.br. 10 de agosto de 2018. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  15. «Paralimpíada: parte da delegação brasileira embarca para disputa». Agência Brasil. 5 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  16. «Perfil da Atleta no CPB». Consultado em 8 de setembro de 2008 [ligação inativa]
  17. «Parapan do Rio». Consultado em 8 de setembro de 2008 
  18. «Instituto Adria Santos quer aumentar atendimentos em 2023». Olimpíada Todo Dia. 14 de dezembro de 2022. Consultado em 20 de novembro de 2023 

Ligações externas

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