Ário Dídimo
Ário Dídimo | |
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Nascimento | Alexandria |
Nacionalidade | República Romana |
Etnia | Grega |
Ocupação | Filósofo e professor |
Religião | Politeísmo grego |
Ário Dídimo ou Arieu Dídimo (em grego: Ἄρειος Διδύμος; romaniz.: Arieus Didymos; fl. século I a.C.) de Alexandria, foi um filósofo estoico e professor de Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.). Fragmentos de seus manuais sumarizando as doutrinas estoicas e peripatéticas estão preservados nas obras de Estobeu e Eusébio de Cesareia.
Vida
[editar | editar código-fonte]Ário foi um cidadão de Alexandria. Augusto estimou-o tanto que após a conquista de Alexandria, declarou que pouparia a cidade principalmente por amor a Ário.[1][2][3][4] De acordo com Plutarco, Ário aconselhou Augusto a executar Cesarião, o filho de Cleópatra (r. 51–30 a.C.) com Júlio César, com as palavras ouk agathon polukaisarie ("não é bom ter muitos Césares"), um trocadilho com uma linha em Homero.[5]
Ário bem como seus dois filhos, Dionísio e Nicanor, teria instruído Augusto na filosofia.[6] Ele é frequentemente citado por Temístio, que diz que Augusto avaliou-o não menos que Agripa.[7] Segundo Quintiliano,[8] parece que Ário também ensinou ou escreveu sobre retórica.[9][10] Ele é presumivelmente o Ário cujo Vida estava entre aqueles ausentes na seção final do livro IV das Vidas de Diógenes Laércio.[11]
Ário Dídimo é geralmente identificado com o Árico cujos trabalhos foram citados longamente por Estobeu, sumarizando a filosofia estoica, peripatética, platônica.[12] Que seu nome completo é Ário Dídimo advém da obra de Eusébio, que cita duas longas passagens de sua visão estoica sobre Deus, a conflagração do Universo e a alma.[13]
Referências
- ↑ Plutarco século I, 80.
- ↑ Dião Cássio século III, li. 16.
- ↑ Juliano século IV, 51.
- ↑ Estrabão 7 a.C., xiv.
- ↑ Braund 2003, p. 305.
- ↑ Suetônio 121, 89.
- ↑ Temístio século IV, v., viii., x., xiii.
- ↑ Quintiliano 95, ii. 15. § 36, iii. 1. § 16.
- ↑ Sêneca 40, 4.
- ↑ Cláudio Eliano século II/III, xii.
- ↑ Hope 1930, p. 17.
- ↑ Sedley 2003, p. 32.
- ↑ Eusébio 324, 15, 18, 19, 20.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Braund, David (2003). Myth, history and culture in republican Rome: studies in honour of T.P. Wiseman. [S.l.]: University of Exeter Press
- Cláudio Eliano (século II/III). Várias Histórias. [S.l.: s.n.]
- Dião Cássio (século III). História romana 🔗. [S.l.: s.n.]
- Eusébio de Cesareia (324). Preparação para o Evangelho 🔗. [S.l.: s.n.]
- Hope, Richard (1930). The book of Diogenes Laertius: its spirit and its method. [S.l.: s.n.]
- Juliano (século IV). Epístolas. [S.l.: s.n.]
- Plutarco (século I). Marco Antônio. [S.l.: s.n.]
- Quintiliano (95 d.C.). Institutos de Oratória. [S.l.: s.n.]
- Sedley, D. (2003). «The School, from Zeno to Arius Didymus». In: Inwood, B. The Cambridge Companion to the Stoics. [S.l.]: Cambridge University Press
- Sêneca (40 d.C.). [[Consolação a Márcia]]. [S.l.: s.n.]
- Suetônio (121a). Vida de Augusto. [S.l.: s.n.]
- Temístio (século IV). Orações. [S.l.: s.n.]