536
SÉCULOS: | Século V — Século VI — Século VII |
DÉCADAS: | 480 • 490 • 500 • 510 • 520 • 530 • 540 • 550 • 560 • 570 • 580 |
ANOS: | 531 • 532 • 533 • 534 • 535 • 536 • 537 • 538 • 539 • 540 • 541 |
O ano 536 (DXXXVI) foi um ano bissexto começando na terça-feira do calendário juliano. As suas letras dominicais foram F e E. Na época, era conhecido como o Ano após o Consulado de Belisário (ou, com menos frequência, ano 1289 Ab urbe condita). A denominação 536 para este ano usa-se desde o primeiro período medieval, quando a era civil de Anno Domini se tornou o método prevalecente na Europa para nomear anos.
Cataclisma
[editar | editar código-fonte]No início deste ano, um vulcão localizado na Islândia expeliu cinzas no Hemisfério Norte, criando uma névoa que mergulhou a Europa, o Oriente Médio e partes da Ásia numa escuridão por 18 meses, com consequências cataclísmicas. As temperaturas no verão caíram de 1,5 ° C a 2,5 ° C, iniciando a década mais fria nos últimos 2300 anos[1].
Em algumas partes da Europa e da Ásia, o Sol brilhava apenas quatro horas por dia e não iluminava mais do que a Lua.
Apesar de a vida na Terra não ter acabado, este período de intensa escuridão foi seguido por um longo período de agitação, com as árvores a terem muitas dificuldades em crescer desde o ano 536 até 555. As evidências sugeriam uma atenuação solar extensa, mas os cientistas nunca souberam o motivo.
Os cientistas analisaram um núcleo de gelo na Groenlândia e concluíram que erupções subaquáticas que transportam sedimentos e microrganismos marinhos para a atmosfera, ajudaram a atenuar a luz do Sol.
A partir de um núcleo de gelo chamado GISP2[2], os cientistas analisaram as camadas de gelo datadas entre 532 e 542, mediram a química da água de fusão e extraíram fósseis microscópicos para estudá-las ao microscópio.
A análise surpreendeu os investigadores: as camadas do núcleo de gelo continham 91 fósseis de espécies microscópicas que teriam vivido em águas quentes e tropicais. Mas como apareceram estas espécies tropicais, amantes de calor, numa camada de gelo na Groenlândia?
A equipa suspeita que tenham sido atirados para a atmosfera por erupções vulcânicas subaquáticas perto do Equador. Em vez de emitir muito enxofre, as erupções subaquáticas teriam vaporizado a água do mar, aumentando o vapor d'água e transportando sedimentos carregados de cálcio e criaturas microscópicas do mar para a atmosfera.
De acordo com os cientistas, as erupções vulcânicas equatoriais podem afetar o globo inteiro. Uma vez na atmosfera, os sedimentos e os microorganismos podem ser capazes de refletir a luz solar.
Por serem tão difíceis de detectar nos registos de sedimentos, estes nunca haviam sido identificados antes[3].
Ano completo |
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Ano bissexto com início à terça-feira |
Mortes
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Top stories: Earth’s darkest year, errors in ocean study, and a young crater under Greenland’s ice por Frankie Schembri (16 de novembro de 2018)
- ↑ «Greenland Ice Sheet Project». Wikipedia (em inglês). 11 de junho de 2020
- ↑ «O misterioso ano da escuridão tem agora uma nova explicação»