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AGM-86

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
AGM-86A/B/C/D
Local de origem  Estados Unidos
História operacional
Em serviço AGM-86B: 1982–presente
AGM-86C/D: aposentado
Utilizadores  Estados Unidos
Histórico de produção
Criador Boeing Defense, Space & Security
Custo unitário AGM-86B:US$ 1 milhão;

AGM-86C: US$ 1 160 000

Especificações
Peso 1,429 kg
Comprimento  6.35 m
Altura 0.62 m
Ogiva AGM-86B: Nuclear; AGM-86C: 900 kg ou 1 400 kg explosivo convencional
Alcance
operacional (veículo)
AGM-86B: 2,400+ km;

AGM-86C: informação classificada

Velocidade AGM-86B: 890 km/h (Mach 0.73);

AGM 86C: informação classificada

Sistema de
orientação
AGM-86B: Litton navegação inercial com contorno do terreno;

AGM 86C: Litton orientação por siatema GPS, multicanal de última geração

Plataforma de
lançamento
B-52H Stratofortress e B-1 Lancer

O AGM-86 é um míssil de cruzeiro subsônico lançado do ar, construído pela Boeing e operado pela Força Aérea dos Estados Unidos. Desenvolvidos para aumentar a eficácia e a capacidade de sobrevivência dos bombardeiros B-52H Stratofortress. O binômio bombardeiro mais míssil, atuando em conjunto, obrigam a uma maior dispersão das forças de defesa inimigas e dificultam a defesa do seu espaço aéreo.[1]

Originalmente idealizado pela USAF, como míssil de ataque nuclear, veio mais tarde a ser produzido também na versão com cabeça explosiva convencional, o seu sistema de orientação é partilhado com o BGM-109 Tomahawk.[2]

O míssil de cruzeiro AGM-86, herda alguns dos atributos do anterior AGM-28 Hound Dog, é contudo sub-sónico, possui um maior alcance e assinatura radar muito reduzida mas principalmente é muito mais eficiente e preciso.[3] Todas as versões são propulsionadas por um motor a jato Williams F107, otimizado para sustentar altas velocidades sub-sónicas por longos períodos de tempo, todas as variantes podem ainda ser lançadas de altas ou baixas altitudes.[1]

Com uma fuselagem constituída por quatro segmentos, formando um único corpo em alumínio alojando o combustível, o estabilizador vertical a entrada de ar dorsal, as asas e os estabilizadores horizontais traseiros, os quais se auto extraem imediatamente após o lançamento. [3]

Versão equipada com uma ogiva termonuclear de rendimento variável sistema de orientação inercial TERCOM, atualizável até momentos antes do lançamento. Podem ser transportados até vinte unidades, oito no compartimento interior, mais doze em dois suportes externos sob as asas.[4]

Diferem da versão anterior (B) pelo uso de uma cabeça explosiva convencional (não nuclear) e pela adição de um sistema GPS complementar ao sistema de orientação e navegação TERCOM.[1]

Desenvolvimento

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O desenvolvimento do AGM-86A tem a sua origem no programa SCAD [nota 1] destinado a saturar o espaço aéreo inimigo com mísseis falsos, durante um ataque de bombardeiros, mas terminado em 1973. Voou pela primeira vez em 1976 com um sistema de orientação melhorado, em relação ao SCAD. No entanto a USAF em 1980 optou pela versão AGM-86B variante mais longa e alcance de 2 400 quilómetros. [5]

A variante B, resulta de um programa conjunto entre a USAF e a US Navy, para o desenvolvimento de um míssil de cruzeiro, com uma base tecnológica comum, do qual resultou o BGM-109 Tomahawk para a Marinha, o AGM-86B para a Força Aérea e o cancelamento da produção do mais pequeno AGM-86A.[4]

O AGM-86C é um míssil de cruzeiro de uso geral, com cabeça explosiva convencional. O AGM-86D é a versão especialmente projetada para atacar alvos profundamente enterrados. Em 1996 e 1997 200 mísseis adicioais foram produzidos, incorporando algumas melhorias, tais como uma carga explosiva maior e um recetor multi-canal de GPS. Entretanto todos os mísseis foram atualizados, pelo que todos os AGM-86C são eletronicamente idênticos.[1]

História operacional

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AGM-86B (versão nuclear) exposto em museu.

Sete B-52G da base aérea de Barksdale no estado da Louisiana, iniciaram as hostilidades na Operação Tempestade no Deserto, lançando 35 mísseis AGM-86C, contra alvos de alta prioridade no interior do Iraque. [nota 2] Em setembro de 1996 foram novamente utilizados, na operação Desert Strike, quando em uma operação conjunta com a Marinha, treze AGM-86C foram utilizados para retaliar os ataques iraquianos contra a população Curda no norte do Iraque. Foi ainda usado em 1998 na operação Desert Fox, em 1999 na operação Allied Force e finalmente na segunda guerra do Iraque em 2003, onde foi estreada a versão AGM-86D, especializada na destruição de alvos fortificados e ou enterrados no solo.[2]

Atualmente o B-52 é a única plataforma apta a lançar estes mísseis de cruzeiro, em 2008 a USAF possuía 1 140 unidades de todas as versões, cuja vida útil está prevista terminar até 2020, contudo em 2012 foi anunciado um programa para ampliar o prazo de operacionalidade por mais dez anos, até 2030.[6]

Notas

  1. Acrónimo em inglês de Subsonic Cruise Armed Decoy.
  2. Esta foi a mais longa operação de combate executada por aeronaves, onde foram percorridos mais de 14 mil quilómetros de distância e suplantadas as 35 horas de voo contínuo.

Referências

  1. a b c d FactSheet (24 de maio de 2010). «AGM-86B/C/D MISSILES» (em inglês). US Air Force. Consultado em 31 de julho de 2012. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2012 
  2. a b «U.S. Air Launched Cruise Missile» (em inglês). softwar.net. Consultado em 31 de julho de 2012. Arquivado do original em 10 de setembro de 2012 
  3. a b Laur 1995, p. 462.
  4. a b Parsch, Andreas. «Boeing AGM-86 ALCM» (em inglês). Directory of U.S. Military Rockets and Missiles. Consultado em 1 de agosto de 2012 
  5. Laur 1995, p. 463.
  6. Weisgerber, Marcus (24 de maio de 2012). «USAF Outlines Nuke Weapon Inventory Modernization» (em inglês). Defense News. Consultado em 1 de agosto de 2012 

Fontes e bibliofrafia

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  • Laur, Timothy M. (1995). Encyclopedia of Modern U.S. Military Weapons (em inglês) 1ª ed. Nova Iorque, EUA: Berkley Books. ISSN 0425147819 Verifique |issn= (ajuda) 

Ligações externas

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