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Acrônimo redundante

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Em inglês, a palavra caixa eletrônico "ATM machine" (Automatic Teller Machine machine) é um exemplo comum de acrônimo redundante

Acrônimo redundante, (em inglês: RAS syndrome, onde "RAS" significa "redundant acronym syndrome",o que torna o termo original por ele mesmo também redundante) é o uso de uma ou mais palavras que compõem um acrônimo (ou outro inicialismo) em conjunção com a forma abreviada. Isto significa, de fato, repetir uma ou mais palavras do acrônimo. Dois exemplos: "número PIN"/ "número VIN" (considerando-se que, nessas siglas em inglês "N" significam "número" ou "number" no original). O termo em inglês, RAS syndrome, foi criado em 2001 pela New Scientist.[1][2][3]

O uso desses acrônimos redundantes[4] é desencorajados pelos manuais de redação, ainda que continuem a ter uso amplo na linguagem coloquial.

Outros exemplos de acrônimos redundantes em inglês, com a indicação redundante sublinhada, são:

  • DC Comics (Detective Comics Comics)[5]
  • vírus HIV (human immunodeficiency virus vírus)[6]
  • display LCD (liquid crystal display display)[7]
  • formato PDF (portable document format format)
  • código UPC (universal product code code)

Motivações para o uso

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Embora haja muitas formas de correção que garantam o aumento da clareza do texto através da remoção das redundâncias,[8] o ideal lógico de zero redundância raramente é mantido nas linguagens humanas. Bill Bryson diz[8]: "Nem toda repetição é má. Ela pode ser usada para melhor efeito..., ou para clareza, ou em deferência à expressão. [expressões em inglês] 'OPEC countries', 'SALT talks' and 'HIV virus' são todas tecnicamente redundantes porque a segunda palavra já está contida pela abreviação que a precede, mas apenas os ultraminuciosos deploram isso. Da mesma forma, em 'tire esse sorriso de seu rosto', as duas últimas palavras são tautológicas — pois não há outro lugar onde um sorriso poderia estar — mas a sentença simplesmente não se sustentaria sem elas."[8]

Uma quantidade limitada de redundâncias pode aumentar a efetividade da comunicação, tanto para a leitura como um todo, quanto para oferecer uma ajuda adicional aos leitores que dela eventualmente precisem. Um exemplo fonético desse princípio é a necessidade de alfabetos radiotelefônicos na radiotelefonia. Alguns acrônimos redundantes são exemplos sintáticos desse princípio. A redundância pode ajudar o ouvinte a perceber o contexto e diminuir o quociente de "sopa de letrinhas" (a superabundância críptica de abreviaturas e acrônimos) na comunicação.

Acrônimos e inicialismos de línguas estrangeiras são frequentemente tratados como morfemas não analisados quando não traduzidos: em português se diz "o protocolo IP" (o que inglês seria Internet Protocol protocol), algo muito comum.[4][9] Isto acontece pelas mesmas razões linguísticas que fazem muitos topônimos se tornarem tautológicos. Ums tautologia não é analisada pela mente em muitas formas de uso na vida comum (em muitos casos, porque o significado da palavra estrangeira é desconhecido; em outros, porque seu uso é idiomático).

Referências

  1. «Ask Mr. Know-It-All» 
  2. «Sushi by any other name» [ligação inativa] 
  3. «Feedback» (fee required) 
  4. a b Garner, Bryan A. (2000) The Oxford Dictionary of American Usage and Style. Oxford and New York: Oxford University Press.
  5. Detective Comics Comics
  6. Linguagem inclusiva - Senado
  7. «LCD display». Common Errors in English Usage 
  8. a b c Bryson, Bill (2002), Bryson's Dictionary of Troublesome Words, ISBN 0-7679-1043-5. 
  9. «LINGUIST List 4.532: Last Posting: Acronyms»