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Agrias

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAgrias
Prepona narcissus (ex A. narcissus) macho, vista superior (esquerda) e inferior (direita). Foi a última espécie descrita do gênero Agrias, em 1885.[1]
Prepona narcissus (ex A. narcissus) macho, vista superior (esquerda) e inferior (direita). Foi a última espécie descrita do gênero Agrias, em 1885.[1]
Prepona claudina (ex A. claudina) macho, vista superior (esquerda) e inferior (direita). Foi a primeira espécie descrita, em 1824, com a denominação de Nymphalis claudina, e considerada espécie-tipo do gênero.[1]
Prepona claudina (ex A. claudina) macho, vista superior (esquerda) e inferior (direita). Foi a primeira espécie descrita, em 1824, com a denominação de Nymphalis claudina, e considerada espécie-tipo do gênero.[1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Rafinesque, 1815[2]
Subfamília: Charaxinae[3]
Tribo: Preponini[2]
Gênero: Agrias
Doubleday, 1844[1]
Espécies
ver texto
Prepona hewitsonius (ex A. hewitsonius) macho, vista superior.
Sinónimos
Prepona Boisduval, 1836[2]

Agrias (incluído ao gênero Prepona Boisduval, 1836 a partir do início do século XXI)[2][4] foi uma válida categoria taxonômica que perdurou durante o século XX, sendo um gênero, proposto por Henry Doubleday em 1844, de borboletas neotropicais da família Nymphalidae e subfamília Charaxinae, distribuídas do México à região sul do Brasil, em floresta tropical e subtropical úmida[1][5]; se alimentando de substâncias vegetais fermentadas, como em frutos do solo, ou em exsudação, ou até mesmo em cadáveres de peixes ou estrume de mamíferos[6][7]; com lagartas que se alimentam de folhas de plantas dos gêneros Erythroxylum, Hirtella, Ouratea, Quiina e Vantanea.[1][8] Estão entre os Lepidoptera diurnos mais vividamente marcados e belos do mundo, com tonalidades de vermelho ou vermelho-rosado, laranja, amarelo e tons esverdeados, combinando com um intenso azul ou negro-amarronzado. Também são reconhecidas pelas suas fortes asas estampadas por baixo, raramente as abrindo quando em repouso.[6][7][9] Suas poucas espécies (5 dentre as 13 espécies de Prepona), dotadas de voo poderoso em dossel florestal, não são encontradas na face oeste da cordilheira dos Andes, entre o Equador e Bolívia, e são dotadas de ampla variabilidade de formas, ou subespécies[5][6]; com variações locais e regionais em grande quantidade, em função do clima, da composição do solo, das plantas que servem de alimento às suas larvas e inúmeros outros fatores.[10]

Dimorfismo Sexual

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Machos de todas as espécies de Agrias possuem proeminentes tufos amarelos de escamas de androcônia em suas asas posteriores, que produzem feromônios atraentes às fêmeas para a cópula.[6][7] Fêmeas podem ser maiores que os machos, embora menos vistosas.[11]

Ver artigo principal: Prepona

Conservação

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De acordo com os lepidopterologistas Mirna M. Casagrande e Olaf H. H. Mielke, em artigo científico da década de 1990 sobre Agrias, as borboletas deste gênero são as mais cobiçadas pelos colecionadores, causando, eventualmente, pressões negativas sobre as suas populações.[8] Luiz Soledade Otero, no ano de 1986, já citava sobre uma espécie de Agrias (A. claudina) que "desapareceu há 30 anos das matas da cidade do Rio de Janeiro devido à coleta intensiva e sistemática, assim como a fatores ambientais alterados".[12]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Savela, Markku. «Agrias» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 3 de junho de 2018 
  2. a b c d e f g h i «Family NYMPHALIDAE Rafinesque, 1815 – BRUSHFOOTS» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 4 de junho de 2018 
  3. Savela, Markku. «Charaxinae» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 3 de junho de 2018 
  4. Bonfantti, Dayana; Casagrande, Mirna Martins; Mielke, Olaf Hermann Hendrik (abril de 2013). «Male genitalia of neotropical Charaxinae: A comparative analysis of character variation» (em inglês). Journal of Insect Science: Vol. 13 / Article 35 (NCBI). 1 páginas. Consultado em 3 de junho de 2018. Using data from DNA sequences, Ortiz-Acevado and Willmott (2013) classified Preponini as follows: two genera were synonymized, Noreppa to Archaeoprepona and Agrias to Prepona. 
  5. a b D'ABRERA, Bernard (1984). Butterflies of South America (em inglês). Australia: Hill House. p. 218-220. 255 páginas. ISBN 0-9593639-2-0 
  6. a b c d Hoskins, Adrian. «Godart's Agrias - Agrias claudina Godart, 1824» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 3 de junho de 2018 
  7. a b c «Agrias (Agrias claudina (em inglês). Wildscreen Arkive. 1 páginas. Consultado em 3 de junho de 2018. Arquivado do original em 17 de junho de 2018 
  8. a b Casagrande, Mirna M.; Mielke, Olaf H. H. (setembro de 1997). «Plantas hospedeiras das espécies de Agrias Doubleday (Lepidoptera, Nymphalidae, Charaxinae. Revista Brasileira de Zoologia. Vol.14, no.3 (SciELO). 1 páginas. Consultado em 3 de junho de 2018 
  9. SMART, Paul (1975). The Illustrated Encyclopaedia of the Butterfly World, In Colour. Over 2.000 species reproduced life size (em inglês). London: Salamander Books Ltd. p. 212-213. 274 páginas. ISBN 0-86101-101-5 
  10. Kesselring, Jorge (dezembro de 1989). «Agrias, a rainha das borboletas». Ciência Hoje, Vol. 10 Nº 60 (página 42) 
  11. SMART, Paul (Op. cit., p.68-69.).
  12. OTERO, Luiz Soledade (1986). Borboletas. Livro do Naturalista (21 X 28cm) 1ª ed. Rio de Janeiro: Ministério da Educação - FAE. p. 37. 112 páginas. ISBN 85-222-0195-1 
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