Suruís-aiqueuaras
Aiqueuaras | |||
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População total | |||
383[1] | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
Língua aiqueuara | |||
Religiões | |||
Xamanismo | |||
Etnia | |||
Tupi-guarani |
Os suruís-aiqueuaras ou Aikewara, também conhecidos como Aikewa, suruís do Pará,[2] Suruís ou Sororós[3][4] são um grupo indígena que habita a região sudeste do estado brasileiro do Pará, mais precisamente na Terra Indígena Sororó, situada às margens da BR-153, nos municípios de Marabá, São Domingos, Brejo Grande e São Geraldo do Araguaia.
Os aiqueuaras falam uma língua pertencente ao tronco tupi, da família linguística tupi-guarani. Os primeiros contatos ocorreram a partir de 1960 pelo então Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Habitam a Terra Indígena Sororó, demarcada e homologada. Embora com as terras reduzidas, sobrevivem da caça, com uma pequena criação de peixes e frangos. Muitas de suas tradições estão mantidas.
Na década de 1970, aliciados pelo Exército, quatro guerreiros aiqueuaras serviram de guias e batedores no combate aos guerrilheiros do Araguaia, com a promessa de ampliação de seu território, até hoje não cumprida.[5][6][7]
Os aiqueuaras estão em ascensão cultural, recuperando grande parte de suas tradições, graças aos incentivos da participação em eventos culturais e ao Projeto Esporte Solidário do Ministério do Esporte. Em 2005, quando participou pela terceira vez dos Jogos dos Povos Indígenas, registrava uma população de 210 indígenas. Em 2010, já eram 330 indivíduos.
Referências
- ↑ Instituto Socioambiental. «Quadro Geral dos Povos». Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 5 de julho de 2014
- ↑ Phillips, David J (19 de setembro de 2011). «Suruí do Pará - Aikewa». Instituto Antropos. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2019
- ↑ Povos Indígenas no Brasil: 2006-2010 2011, p. 9-16.
- ↑ Instituto Socioambiental. «Aikewara». Povos Indígenas do Brasil. Consultado em 31 de março de 2014
- ↑ Ferraz, Iara (31 de dezembro de 2019). «Os Surui-Aikewara e a guerrilha do Araguaia: um caso de reparação pendente». Campos - Revista de Antropologia. 20 (2). ISSN 2317-6830. doi:10.5380/cra.v20i2.70051. Consultado em 20 de novembro de 2021
- ↑ Surui (Aikewara), Tiapé (31 de dezembro de 2019). «"Nossos pais, nossos avós, estavam com medo de contar a história"». Campos - Revista de Antropologia. 20 (2). ISSN 2317-6830. doi:10.5380/cra.v20i2.70059. Consultado em 20 de novembro de 2021
- ↑ Surui (Aikewara), Murue (31 de dezembro de 2019). «"Meu avô foi o primeiro a encontrar os soldados na floresta"». Campos - Revista de Antropologia. 20 (2). ISSN 2317-6830. doi:10.5380/cra.v20i2.70057. Consultado em 20 de novembro de 2021
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Beto Ricardo; Fany Ricardo, ed. (2011). Povos Indígenas no Brasil: 2006-2010. São Paulo: Instituto Socioambiental. 763 páginas. ISBN 9788585994853. Consultado em 31 de março de 2014