Alopecia
Alopecia | |
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Alopecia androgenética em homem de 33 anos | |
Sinónimos | Calvície, queda de cabelo |
Especialidade | Dermatologia |
Sintomas | Perda de cabelo em parte da cabeça ou do corpo[1] |
Complicações | Stresse psicológico[2] |
Tipos | Alopecia androgenética, alopecia areata, eflúvio telógeno[3] |
Tratamento | Aceitar a condição, medicação, transplante capilar[3] |
Medicação | Androgenética: minoxidil, finasterida[4] Alopecia areata: injeções de esteroides[3] |
Frequência | 50% dos homens, 25% das mulheres (aos 50 anos de idade)[3][5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | L65.9 |
CID-9 | 704.09 |
CID-11 | 1313926062 |
DiseasesDB | 14765 |
MedlinePlus | 003246 |
MeSH | D000505 |
Leia o aviso médico |
Alopecia ou calvície é a perda de cabelo em parte da cabeça ou do corpo.[1] Na maioria dos casos, a perda afeta pelo menos a cabeça.[3] A quantidade de cabelo perdido varia significativamente, desde uma pequena área até à totalidade do corpo.[6] Geralmente não está associada a inflamação ou cicatrização.[3] Em algumas pessoas a condição pode causar stresse psicológico.[2][7]
Os tipos mais comuns de alopecia são a alopecia androgenética de padrão masculino ou feminino, a alopecia areata e uma condição em que o cabelo fica mais fino denominada eflúvio telógeno.[3] As causas de alopecia androgenética de padrão masculino são uma associação de fatores genéticos e hormonas masculinas, enquanto as de padrão feminino não são ainda claras. A causa de alopecia areata é autoimune. A causa de maior parte dos casos de eflúvio telógeno é o stresse físico ou psicológico provocado por um evento.[3] O eflúvio telógeno é bastante comum após a gravidez.[3]
Entre as causas menos comuns de queda de cabelo sem inflamação ou cicatrização estão condições psicológicas como a tricotilomania, causas traumáticas como a alopecia de tração, determinados medicamentos, incluindo os usados em quimioterapia e no tratamento da SIDA e desnutrição.[2][3][8] Entre as causas de queda de cabelo associada a inflamação ou cicatrização estão infeções fúngicas, lúpus eritematoso, radioterapia e sarcoidose.[2][3] O diagnóstico da condição baseia-se em parte nas áreas afetadas.[3]
O tratamento da alopecia androgenética pode simplesmente consistir em aceitar a condição.[3] Entre as intervenções que podem ser tentadas estão os medicamentos minoxidil ou finasterida e cirurgia de transplante capilar.[4][5] A alopecia areata pode ser tratada com injeções de esteroides nas áreas afetadas, mas para que estas sejam eficazes é necessário repetir o tratamento com frequência.[3] A queda de cabelo é uma condição bastante comum.[3] A alopecia androgenética afeta cerca de 50% dos homens e 25% das mulheres por volta dos 50 anos de idade.[3] Cerca de 2% das pessoas desenvolve alopecia areata em algum momento da vida.[3]
Causas
[editar | editar código-fonte]As causas dessa doença são:[9]
- Androgenético: é a causa mais frequente de alopecia entre homens, mas também afeta mulheres; começa a se manifestar entre a puberdade e vida adulta, tendo vários graus; como o próprio nome diz, é uma associação de fatores genéticos com o hormônio sexual masculino, a testosterona;
- Areata: relacionada especialmente a fatores autoimunes e seu agravamento é influenciado pelo emocional. A alopecia areata é caracterizada pela perda rápida, parcial ou total de pelos em uma ou mais áreas do couro cabeludo ou ainda em áreas como barba, sobrancelhas, púbis, etc. O renascimento dos pelos pode ocorrer espontaneamente em alguns meses, porém em alguns casos a doença progride, podendo atingir todo o couro cabeludo (alopecia total) ou todo o corpo (alopecia universal);
- Congênita: ligada a fatores hereditários, com ausência total ou parcial desde o nascimento;
- Traumática: que tem origem em contusões ou lesões do couro cabeludo;
- Neurótica: também chamada de tricotilomania, onde o indivíduo "arranca" os próprios cabelos conscientemente ou não;
- Secundária ou Medicamentosa: que aparece após algum distúrbio interno dos órgãos, doenças, infecções, medicamentos como a quimioterapia; Rissardo et al. revisaram alopecia relacionada a antepilépticos, e eles encontraram 1656 pacientes desenvolveram alopecia após o uso de antiepilépticos. Os antiepilépticos mais comumente associados com alopecia foram ácido valproico, lamotrigina, e carbamazepina.[10]
- Seborreica: a dermatite seborreica do couro cabeludo é um distúrbio muito comum, onde pode ser observado escamação, coceira e eritema; contudo, é uma doença que raramente determina uma redução significativa dos cabelos;
- Eflúvio: também chamada de deflúvio, é a causa mais comum de perda de cabelos entre as mulheres; consiste na quebra harmoniosa do ciclo de vida capilar, tendo várias causas; normalmente, responde bem aos tratamentos médicos;
- Dieta pobre em ferro: Dietas que cortam o consumo de carne vermelha e vegetais fornecedores de ferro podem deixar a mulher com a carência de ferro no organismo, com isso o oxigênio não chegará em quantidade suficiente a bulbo fazendo com que os fios nasçam já enfraquecidos.[11]
- Alérgica: pessoas alérgicas a glúten do trigo e a lactose ou caseína do leite de vaca são os mais propensos a terem calvície; essa condição de alergia se manifesta em outros sintomas, porém pouco relacionada a isso.
Epidemiologia
[editar | editar código-fonte]A alopecia de uma forma geral e em especial a alopecia androgênica, forma mais comum de perda de cabelo, é mais comum em homens que em mulheres. Chega a afetar entre 50% e 80% dos homens caucasianos. Tem evolução progressiva com a idade, na quinta década de vida pode atingir 40% do indivíduos e 80% por volta da oitava década.
Tem prevalência diferente entre as várias etnias, sendo menos frequente em chineses, afro-americanos e índios americanos.
A frequência nas mulheres gira em torno de 20% a 40% e ocorre entre a terceira e quinta década de vida, quando então estaciona, não aumentando a frequência.
No entanto, por seu caráter estigmatizante a procura por tratamentos é muito mais frequente nas mulheres com queixa de queda de cabelo do que em homens.
Tratamento
[editar | editar código-fonte]O primeiro passo no tratamento da alopecia é definir qual a sua causa. Existem diversas modalidades médicas no manejo, a saber: soluções capilares, mesoterapia, implante capilar, vitaminas e xampus especiais. [carece de fontes].
Tratamento usando Tofacitinib
[editar | editar código-fonte]Em junho de 2014, cientistas da universidade de Yale conseguiram tratar com sucesso um paciente com Alopecia universalis usando o medicamento Tofacitinib, o paciente conseguiu recuperar o crescimento dos fios de cabelo, sobrancelhas, pelos pubianos e outros pelos corporais, não foram relatados efeitos colaterais.[12]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «Hair loss». NHS Choices. Consultado em 22 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 27 de setembro de 2013
- ↑ a b c d Nalluri, R; Harries, M (fevereiro de 2016). «Alopecia in general medicine.». Clinical Medicine. 16 (1): 74–8. PMID 26833522. doi:10.7861/clinmedicine.16-1-74
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q Vary JC, Jr (novembro de 2015). «Selected Disorders of Skin Appendages--Acne, Alopecia, Hyperhidrosis.». The Medical clinics of North America. 99 (6): 1195–211. PMID 26476248. doi:10.1016/j.mcna.2015.07.003
- ↑ a b McElwee, K. J.; Shapiro, J. S. (2012). «Promising therapies for treating and/or preventing androgenic alopecia». Skin therapy letter. 17 (6): 1–4. PMID 22735503. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2015
- ↑ a b Leavitt, M. (2008). «Understanding and Management of Female Pattern Alopecia». Facial Plastic Surgery. 24 (4): 414–427. PMID 19034818. doi:10.1055/s-0028-1102905
- ↑ «Hair loss». DermNet. Consultado em 3 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 2016
- ↑ Giovanna Teixeira (28 de março de 2022). «Entenda sobre alopecia, que afeta a atriz Jada Smith, esposa de Will Smith». Tribuna de Jundiaí. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Wendy S. Levinbook. «Alopecia». Manual Merck. Consultado em 20 de dezembro de 2018
- ↑ «Hair loss, balding, hair shedding, alopecia | DermNet NZ». dermnetnz.org. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Pitton Rissardo, Jamir; Fornari Caprara, Ana Leticia; Casares, Maritsa; Skinner, Holly J.; Hamid, Umair (9 de junho de 2023). «Antiseizure Medication-Induced Alopecia: A Literature Review». Medicines (6). 35 páginas. ISSN 2305-6320. doi:10.3390/medicines10060035. Consultado em 26 de janeiro de 2024
- ↑ «Principais causas da queda de cabelo»
- ↑ «Hairless Man Grows Full Head Of Hair In Yale Arthritis Drug Trial». 19 de junho de 2014. 19 de junho de 2014. Consultado em 9 de junho de 2022 (em inglês)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Alopecia no Manual Merck