Alpha Trianguli Australis
α Trianguli Australis | |
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Dados observacionais (J2000) | |
Constelação | Triangulum Australe |
Asc. reta | 16h 48m 39,9s[1] |
Declinação | -69° 01′ 39,8″[1] |
Magnitude aparente | 1,92[1] |
Características | |
Tipo espectral | K2 IIb-IIIa[2] |
Cor (U-B) | +1,56[3] |
Cor (B-V) | +1,44[3] |
Astrometria | |
Velocidade radial | -3 km/s[1] |
Mov. próprio (AR) | 17,99 mas/a[1] |
Mov. próprio (DEC) | -31,58 mas/a[1] |
Paralaxe | 8,35 ± 0,15 mas[1] |
Distância | 391 ± 7 anos-luz 120 ± 2 pc |
Magnitude absoluta | –3,68[4] |
Detalhes | |
Massa | 7[2] M☉ |
Raio | 130[5] R☉ |
Gravidade superficial | 1,5 (log g)[2] |
Luminosidade | 5 500[4] L☉ |
Temperatura | 4 150[2] K |
Metalicidade | [Fe/H] = –0,06[2] |
Idade | 48 milhões[2] de anos |
Outras denominações | |
Atria, CD-68 2822, FK5 625, HR 6217, HD 150798, HIP 82273, SAO 253700.[1] | |
Alpha Trianguli Australis (α TrA, α Trianguli Australis) é a estrela mais brilhante da constelação de Triangulum Australe, com uma magnitude aparente de 1,92.[5] É uma das três estrelas que formam o triângulo representado na constelação. Tem o nome tradicional Atria, que é uma mera contração de sua designação de Bayer.[6] Aparece na bandeira do Brasil, simbolizando o estado do Rio Grande do Sul.[7] Com base em medições de paralaxe, está localizada a aproximadamente 391 anos-luz (120 parsecs) da Terra.[1]
Alpha Trianguli Australis é uma estrela massiva com uma classificação estelar de K2 IIb-IIIa,[2] o que indica que, a uma idade de 48 milhões de anos,[2] já passou pela sequência principal e apresenta características de uma estrela gigante e gigante luminosa. Tem uma massa de cerca de sete vezes a massa do Sol[2] e um raio de 130 vezes o do Sol, equivalente a 60% do raio orbital da Terra.[5] Sua atmosfera externa emite 5 500 vezes mais luminosidade que o Sol, a uma temperatura efetiva de 4 150 K,[2] o que lhe dá o brilho alaranjado típico de estrelas de classe K.[8]
Há indícios de que Alpha Trianguli Australis seja uma estrela binária. Ela apresenta características incomuns para uma estrela de sua classe, como erupções e uma alta emissão de raios X, as quais podem ser explicadas pela presença de uma estrela companheira magneticamente ativa com uma classificação estelar próxima a G0 V. Estrelas jovens de classe G têm uma alta temperatura na coroa e frequentemente sofrem erupções, causando um aumento breve na luminosidade. Tal estrela teria uma massa parecida à do Sol e um período orbital de pelo menos 130 anos, estando separada da estrela primária por 50 UA.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f g h i «SIMBAD query result - alf TrA». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 24 de setembro de 2013
- ↑ a b c d e f g h i j Kovacs, N. (abril de 1983), «Model-atmosphere analysis of high-dispersion spectra of four red giants and supergiants», Astronomy and Astrophysics, 120 (1): 21–35, Bibcode:1983A&A...120...21K
- ↑ a b Johnson, H. L.; et al. (1966). «UBVRIJKL photometry of the bright stars». Communications of the Lunar and Planetary Laboratory. 4 (99). Bibcode:1966CoLPL...4...99J
- ↑ a b c Ayres, Thomas R.; Brown, Alexander; Harper, Graham M. (abril de 2007), «α TrA Junior», The Astrophysical Journal, 658 (2): L107–L110, Bibcode:2007ApJ...658L.107A, doi:10.1086/514818
- ↑ a b c Kaler, James B. «ATRIA (Alpha Trianguli Australis)». Stars. Consultado em 24 de setembro de 2013
- ↑ Ridpath, Ian (1989), Star tales, ISBN 0-7188-2695-7, James Clarke & Co., p. 125
- ↑ «Astronomy of the Brazilian Flag». FOTW Flags Of The World website. Consultado em 24 de setembro de 2013. Arquivado do original em 28 de junho de 2009
- ↑ «The Colour of Stars», Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, Australia Telescope, Outreach and Education, 21 de dezembro de 2004, consultado em 24 de setembro de 2013