Amazaspes I Mamicônio
Amazaspes I Mamicônio | |
---|---|
Morte | 432 |
Etnia | Armênio |
Progenitores | Pai: Manuel ou Artaxias |
Cônjuge | Isaacanus |
Filho(a)(s) | |
Ocupação | General |
Religião | Catolicismo |
Amazaspes I Mamicônio (em latim: Amazaspes; em grego: Αμαζάσπες; romaniz.: Amazáspes; em armênio: Համազասպ; romaniz.: Hamazasp; m. 432) foi membro da família Mamicônio e reteve a função de asparapetes, ou seja, comandante-em-chefe da Armênia entre 387-432. Se notabilizou por seu casamento com Isaacanus, filha do católico Isaque I.
Nome
[editar | editar código-fonte]Amazaspes (Αμαζάσπες, Amazáspes) ou Amazaspo (Amazaspus; Αμαζάσπος, Amazáspos) são as formas latina e grega do persa médio Hamazaspe (*Hamazāsp) que, em última análise, deriva do persa antigo Hamazaspa (Hamāzāspa). Embora a etimologia precisa de *Hamazāsp/Hamāzāspa permaneça sem solução, pode ser explicada através do avéstico *hamāza-, "colisão/confronto" + aspa-, "cavalo", ou seja, "aquele que possuía corcéis de guerra". Foi registrado em armênio (Համազասպ, Hamazasp) e georgiano (em georgiano: ამაზასპ, Amazasp’) como Hamazaspe.[1][2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Amazaspes viveu no início do século IV. Nenhum texto dá o nome de seu pai. Segundo Cyril Toumanoff, quiçá era irmão e sucessor do asparapetes Artaxias, filho de Manuel,[4] enquanto Christian Settipani diz que era filho de Artaxias e neto de Manuel.[5] Serviu por 45 anos, mas é quase desconhecido. É lembrado pelo casamento com Isaacanus, única filha e herdeira do católico Isaque I, garantindo reforço à posição de sua prole. Foi por isso que um de seus filhos recebeu do xainxá Vararanes IV (r. 388–399), após a morte de Isaque I Bagratúnio, o ofício de aspetes, enquanto o ofício de asparapetes era herdado pelos Mamicônios sob os arsácidas. Desse modo, sua família se elevou à quinta posição entre as famílias nacarares.[6] A união fundiu o patrimônio mamicônida ao da família gregórida, ou seja, de Gregório, o Iluminador, que era composto dos principados de Acilisena, Bagrauandena e Taraunitis-Astisata, o que permitiu aos Mamicônios recolherem o legado moral da família catolicossal, que serviu aos três filhos nascidos do casal:[7]
Referências
- ↑ Fausto, o Bizantino 1989, p. 378.
- ↑ Rapp 2009, p. 660.
- ↑ Rapp 2014, p. 164, 224.
- ↑ Toumanoff 1990, p. 330.
- ↑ Settipani 2006, p. 132.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 315-317 (III.51).
- ↑ Grousset 1973, p. 187.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard
- Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
- Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press
- Rapp, Stephen H. (2009). «The Iranian Heritage of Georgia: Breathing New Life into the Pre-Bagratid Historiographical Tradition». Iranica Antiqua. 44. doi:10.2143/IA.44.0.2034389
- Rapp, Stephen H. Jr (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-4724-2552-2
- Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
- Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila