Saltar para o conteúdo

Amelia Opie

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amelia Opie
Amelia Alderson

Um retrato de Amelia Opie em 1798, feito por seu marido, John Opie.
Nascimento 12 de novembro de 1769
Norwich, Reino Unido
Morte 2 de dezembro de 1853 (84 anos)
Norwich, Reino Unido
Nacionalidade inglesa
Ocupação [romancista]]
poetisa

Amelia Opie (12 de novembro de 1769 - 2 de dezembro de 1853) foi uma escritora inglesa que publicou numerosos romances no período romântico. Opie foi também uma destacada abolicionista em Norwich, Inglaterra. O nome de Amelia Opie foi o primeiro dos 187.000 nomes apresentados ao Parlamento britânico numa petição escrita por mulheres para acabar com a escravidão.

Início da vida e influências

[editar | editar código-fonte]

Amelia Alderson nasceu em 12 de novembro de 1769, filha única do médico James Alderson e de Amelia Briggs de Norwich.[1] Graças a educação recebida de sua mãe, Opie esteve inclinada a cuidar daqueles que vinham de meios menos privilegiados. Depois da morte de sua mãe em 31 de dezembro de 1784, assumiu o papel de dona de casa e acompanhante seu pai, permanecendo ao seu lado até a morte dele em 1807.[2]

Segundo o biógrafo de Opie, ela "era vivaz, atraente, interessada em roupas elegantes, educada com talentos polidos e tinha vários admiradores". Era prima do juiz Edward Hall Alderson, com quem manteve correspondência durante toda sua vida, e também era prima do artista Henry Perronet Briggs. Opie herdou princípios radicais e foi uma ardente admiradora de John Horne Tooke. Era próxima dos ativistas John Philip Kemble, Sarah Siddons, William Godwin e Mary Wollstonecraft.

Carreira literária

[editar | editar código-fonte]
Amelia Opie por David d'Angers (1836).

Opie passou sua juventude escrevendo poesia, peças de teatro e organizando apresentações de teatro amador.[1]

Completou um romance em 1801 titulado Father and Daughter (Pai e Filha). Caracterizado como uma mostra de genuína fantasia e pathos, o romance trata da virtude enganada e da reconciliação familiar. Após a publicação dessa obra, Opie começou a publicar com regularidade. Seu volume de Poemas, publicado em 1802, teve seis edições. Incentivada pelo seu marido a continuar escrevendo, publicou Adeline Mowbray (1804), que explora a educação da mulher, o casamento e a abolição da escravidão. Este romance em particular caracteriza-se por abordar a história da antiga amiga de Opie, Mary Wollstonecraft, cuja relação com o estadunidense Gilbert Imlay fora do matrimônio causou algum escândalo, assim como seu posterior casamento com o filósofo William Godwin. Antes de seu casamento, Godwin havia argumentado contra o casamento, pois o enxergava como uma instituição pela qual as mulheres eram possuídas como propriedade, mas quando Wollstonecraft ficou grávida dele, eles se casaram apesar de suas crenças anteriores. No romance, Adeline envolve-se com um filósofo que tem uma postura firme contra o casamento. O romance também aborda o sentimento abolicionista através da história de uma mulher mestiça e de sua família, a qual Adeline salva da pobreza utilizando seus próprios limitados recursos. Opie também publicou: Simple Tales (1806), Temper (1812), Tales of Real Life (1813), Valentine's Eve (1816), Tales of the Heart (1818) e Madeline (1822). Em 1808 publicou The Warrior's Return and other poems.[3]

Em 1825, Opie uniu-se à Sociedade Religiosa dos Amigos, devido à influência de Joseph John Gurney e suas irmãs, seus amigos e vizinhos há muito tempo em Norwich, apesar das objeções feitas por seu pai recentemente falecido. Passou o resto de sua vida principalmente viajando e trabalhando com organizações beneficentes. Nesse meio tempo, publicou um poema antiescravista intitulado The Black Man's Lament em 1826 e um volume de poemas devocionais, Lays for the Dead, em 1834.[3] Opie trabalhou com Anna Gurney para fundar uma Sociedade de Damas Antiescravistas em Norwich.[4] Esta sociedade organizou uma petição com 187.000 nomes, que foi apresentada ao parlamento. Os dois primeiros nomes da petição foram Amelia Opie e Priscilla Buxton.[2]

Seleção de obras

[editar | editar código-fonte]
Romances
  • Dangers of Coquetry 1790
  • The Father and Daughter 1801
  • Adeline Mowbray 1804
  • Simple Tales 1806
  • Temper, or, Domestic Scenes 1812
  • First Chapter of Accidents 1813
  • Tales of Real Life 1813
  • Valentine's Eve 1816
  • New Tales 1818
  • Tales of the Heart 1820
  • The Only Child; or, Portia Bellendon 1821
  • Madeline, A Tale 1822
  • Illustrations of Lying 1824
  • Tales of the Pemberton Family for Children 1825
  • The Last Voyage 1828
  • Detraction Displayed 1828
  • Miscellaneous Tales (12 Vols) 1845–1847
Biografias
  • Memoir of John Opie 1809
  • Sketch of Mrs. Roberts 1814
Poesia
  • Maid of Corinth 1801
  • Elegy to the Memory of the Duke of Bedford 1802
  • Poems 1802
  • Lines to Geral Kosciusko 1803
  • Song to Stella 1803
  • The Warrior's Return and other poems 1808
  • The Black Man's Lament 1826
  • Lays for the Dead 1834

Referências