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Ancillariidae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAncillariidae
Vista superior da concha de Eburna lienardii. Espécime de Icapuí, Ceará, Brasil. O gênero Eburna compreende espécies de Ancillariidae do oeste do oceano Atlântico, com umbílico.[1]
Vista superior da concha de Eburna lienardii. Espécime de Icapuí, Ceará, Brasil. O gênero Eburna compreende espécies de Ancillariidae do oeste do oceano Atlântico, com umbílico.[1]
Duas conchas, expostas no Museu de História Natural de Leiden, de Amalda australis (G.B. Sowerby I, 1830),[2] coletadas na Nova Zelândia.
Duas conchas, expostas no Museu de História Natural de Leiden, de Amalda australis (G.B. Sowerby I, 1830),[2] coletadas na Nova Zelândia.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Olivoidea
Família: Ancillariidae
Swainson, 1840[3]
Distribuição geográfica
Os moluscos da família Ancillariidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
Os moluscos da família Ancillariidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
Gêneros
ver texto
Quatro espécimes,[4] expostos no Museu de História Natural de Leiden, de Ancilla ventricosa (Lamarck, 1811); encontrada no Mar Vermelho.
Concha, exposta no Museu de História Natural de Leiden, de Ancillista cingulata (G. B. Sowerby I, 1830);[5] espécime coletado na península do Cabo York, em Queensland, no norte da Austrália.

Ancillariidae (nomeados, em inglês, ancilla -sing.; colocados, no século XX, entre os Olividae,[1] como subfamília Ancillinae)[6] é uma família de moluscos gastrópodes marinhos predadores,[7] classificada por William John Swainson, em 1840, e pertencente à subclasse Caenogastropoda, na ordem Neogastropoda.[3] Sua distribuição geográfica abrange principalmente os oceanos tropicais da Terra.[1][6][7][8][9]

Compreende caramujos ou búzios de conchas cilíndrico-ovoides, mais ou menos fusiformes, pequenas ou atingindo tamanhos de pouco mais de 5 centímetros de comprimento, geralmente muito lisas e brilhantes; com espiral moderadamente alta, em muitos casos, coberta por um esmalte, em sua maioria menor do que a volta corporal; sem perióstraco; com lábio externo pouco engrossado.[1][7][8][9]

Os animais da família Ancillariidae habitam mares e oceanos de pouca profundidade, muitas vezes em praias, alimentando-se de invertebrados e passando o dia enterrados na areia.[8]

A separação entre os Ancillariidae e os Olividae, após o século XX, foi efetuada a partir de um estudo de sequenciamento de DNA, feito em 2017, para testar a filogenética molecular da superfamília Olivoidea: "Returning to the roots: morphology, molecular phylogeny and classification of the Olivoidea (Gastropoda: Neogastropoda)", publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, Volume 180(3); páginas 493-541.[3][11]

Classificação de Ancillariidae: gêneros viventes

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De acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[3]

Alocospira Cossmann, 1899
Amalda H. Adams & A. Adams, 1853
Ancilla Lamarck, 1799
Ancillina Bellardi, 1882
Ancillista Iredale, 1936
Anolacia Gray, 1857
Eburna Lamarck, 1801
Entomoliva Bouchet & Kilburn, 1991
Exiquaspira Ninomiya, 1988
Micrancilla Maxwell, 1992
Turrancilla Martens, 1904

Referências

  1. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 194-196. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  2. a b «Amalda australis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019 
  3. a b c d «Ancillariidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019 
  4. «Ancilla ventricosa» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019 
  5. «Ancillista cingulata» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019 
  6. a b RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 143. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  7. a b c SILVA, José António; MONTALVERNE, Gil (1980). Iniciação à Colecção de Conchas. Colecção Habitat. Lisboa, Portugal / Livraria Martins Fontes, Brasil: Editorial Presença. p. 68-69. 110 páginas 
  8. a b c LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 79-80. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  9. a b FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 137-139. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  10. «Ancilla cinnamomea» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019 
  11. Kantor, Yu. I.; Fedosov, A. E.; Puillandre, N.; Bonillo, C.; Bouchet, P. (1 de julho de 2017). «Returning to the roots: morphology, molecular phylogeny and classification of the Olivoidea (Gastropoda: Neogastropoda)» (em inglês). Zoological Journal of the Linnean Society, Volume 180, Issue 3. (Oxford Academic). 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019