Aniceres
Aniceres | |
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Nascimento | século IV a.C. Cirene |
Morte | século IV a.C. |
Ocupação | filósofo |
Movimento estético | Escola cirenaica |
Aniceres (em grego: Ἀννίκερις; fl. 300 a.C.) foi um filósofo cirenaico. Sustentou que o prazer é alcançado através de atos individuais de gratificação que são buscados pelo prazer que eles produzem, mas também deu grande ênfase ao amor da família, país, amizade e gratidão, que proporcionam prazer, mesmo quando eles exigem sacrifício.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Aniceres foi discípulo de Parabates, e colega de estudo de Hegesias. A Suda diz que ele viveu na época de Alexandre, o Grande (governou de 336-323 a.C.).[1] A história que Aniceres comprou a liberdade de Platão vendido como escravo por Dionísio, tirano de Siracusa por vinte minas,[2] deve se referir a um Aniceres mais antigo, possivelmente o célebre cocheiro mencionado por Eliano.[3]
Filosofia[editar | editar código-fonte]
Aniceres negou que o prazer era simplesmente a ausência de dor, pois se assim fosse a morte também seria um prazer; e, além disso, negou que o prazer seja o objetivo geral da vida humana. Para cada ação em separado há uma finalidade particular, ou seja, o prazer que realmente resulta dele. Diferenciou-se de Aristipo, porque admitiu que a amizade, o patriotismo e as virtudes similares, eram boas em si mesmas; dizendo que a pessoa sábia derivaria prazer de tais qualidades, mesmo que eles causassem problemas ocasionais, e que um amigo deve ser escolhido não só pela nossa própria necessidade, mas pela bondade e afeição natural.
Negou também que a razão (em grego: ὁ λόγος) só pode proteger-nos do erro; a pessoa sábia é a pessoa que adquiriu o hábito da ação sábia; a sabedoria humana é responsável por falhas em qualquer momento.[4]
Notas
Referências
- Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Anniceris». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Aniceresem Diógenes Laércio, A Vida de Aristipo, traduzido por Robert Drew Hicks (1925)