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António Joaquim da Costa Carvalho

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Barão de São Lourenço, António Joaquim da Costa Carvalho, pintura a óleo sobre tela (foto do original pertencente à colecção da Santa Casa da Misericórdia do Porto)

António Joaquim da Costa Carvalho, (Porto, 19.05.1800 – Porto, 20.06.1875), Barão de São Lourenço, foi um político liberal, do Conselho de S.M.F. e um dos Bravos do Mindelo.

António Joaquim da Costa Carvalho nasceu, no Porto, a 19 de Maio de 1800. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real,[1] foi único Barão deste nome na sua família, por Mercê da Rainha Dona Maria II,[2] e membro do Conselho de Sua Majestade.[3]

Serviu como alferes de milícias do Regimento do Porto, do qual se demitiu, a seu pedido, em 1821. Após a Vilafrancada, foi preso em 1823, tendo-lhe sido fixada residência em Lamego. Em 1832, integrando as forças liberais, foi um dos «Bravos do Mindelo».[4]

Entre 1838 e 1840, foi deputado às Cortes, pelo círculo eleitoral de Penafiel e, em 1846, em representação da província do Douro. Entre outros cargos que desempenhou, foi director da Alfândega do Porto,[5] administrador geral das alfândegas do Norte, em 1833,[6] membro honorário do Tribunal de Contas, presidente da Comissão Reguladora da Agricultura e Comércio dos Vinhos do Alto Douro. Teve o cargo de coronel honorário do Batalhão do Empregados Públicos, do Porto, desde 1842.[7][8][9][10]

Em 1834, foi um dos fundadores e presidente da Assembleia Portuense e membro da Academia de Belas Artes do Porto, em 1841.[11]

Morreu na sua casa do Porto, na manhã do dia 20 de junho de 1875, sem geração. O seu funeral realizou-se no dia seguinte, na Igreja da Lapa, no Porto, com honras militares no cemitério, prestadas por um dos regimentos da guarnição da cidade.[12][13]

Notícia da morte do Barão de São Lourenço, publicada no Diário de Notícias de 22.06.1875 (Arquivo Distrital de Setúbal)

Condecorações

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Era filho de Gabriel da Costa Carvalho, FSO, Capitão de Ordenanças, proprietário e negociante de grosso tracto, e de sua mulher, D. Maria Joaquina de Oliveira. Era irmão de D. Maria Máxima da Costa Carvalho (1802-1853), que veio a casar com José Joaquim Gomes de Castro, 1º visconde e 1º conde de Castro.[16] Tendo morrido sem descendentes e deixando avultada fortuna, contemplou, no seu testamento, os vários sobrinhos, entre os quais, suas sobrinhas netas D. Maria Máxima de Castro Monteiro que veio a casar com o conselheiro Henrique Maia e sua irmã D. Emília que veio a casar com o 1º conde de Paço d'Arcos, para além de várias quantias a instituições de caridade da cidade do Porto. Instituiu como herdeiro do remanescente o seu sobrinho João António Gomes de Castro, futuro 2º Conde de Castro.[17][18]

Referências

  1. Registo Geral de Mercês, D. Maria II, liv.3, fl 45v-46.
  2. Decreto de 5.10.1848.
  3. a b PINTO, Albano da Silveira; BAENA, Visconde de Sanches de – Resenha das Famílias Grandes e Titulares de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883, tomo II, p. 568. http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_obrasraras/or77052/or77052.pdf.
  4. O Tripeiro, I Série, I ano, p. 268.
  5. Exposição dos principaes actos da administração do barão de São Lourenço, como director da alfandega do Porto. Lisboa: Imprensa Nacional, 1862.
  6. Diário de Notícias nº 3355, de 22 de Junho de 1875, notícia da sua morte.
  7. Diário de Notícias, ibidem
  8. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XVII, p. 526.
  9. PINTO, Albano da Silveira; BAENA, Visconde de Sanches de – Resenha das Famílias Grandes e Titulares de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883, tomo II, p. 568.
  10. Nobreza de Portugal e do Brasil, vol. III, p. 329.
  11. RODRIGUES, Abel - GOMES DE CASTRO, FERREIRA BORGES, COSTA CARVALHO E GOMES MONTEIRO: PERCURSOS BURGUESES NA TRANSIÇÃO PARA O LIBERALISMO (1780-1850), 40-41, II CONGRESSO “O PORTO ROMÂNTICO” – Actas, Junho 2016, Edição CITAR, Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. https://www.porto.ucp.pt/sites/default/files/files/artes/CITAR/Edicoes/II_CONGRESSO_O_PORTO_ROMANTICO_COMPACT.pdf .
  12. Jornal O Comércio do Porto de 22.06.1875.
  13. a b c d e f Diário de Notícias nº 3355, ibidem.
  14. Decreto de 6 de julho de 1853
  15. a b c d e ibidem
  16. PINTO, Albano da Silveira; BAENA, Visconde de Sanches de – Resenha das Famílias Grandes e Titulares de Portugal. Lisboa: Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883, tomo I, p.s 422-423 http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_obrasraras/or77051/scans/page0469.jpg .
  17. O Comércio do Porto, 22 de Junho de 1874; RODRIGUES, Abel, ibidem.
  18. https://gisaweb.cm-porto.pt/units-of-description/documents/16068/?