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António Maria de Freitas Soares

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António Maria de Freitas Soares
Nascimento 25 de fevereiro de 1877
Vila Boa do Bispo
Morte 10 de novembro de 1953 (76 anos)
Lisboa
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação político

António Maria de Freitas Soares (Vila Boa do Bispo, 25 de fevereiro de 1877Lisboa, 10 de novembro de 1953) oficial general do Exército Português, pioneiro da aviação em Portugal, que, entre outras funções políticas, foi chefe de gabinete de Tamagnini Barbosa e Ministro da Guerra do 19.º governo republicano, em funções de 27 de janeiro a 30 de março de 1919, e do 31.º governo republicano, em funções de 30 de agosto a 19 de outubro de 1921.[1][2][3][4]

Nasceu em Vila Boa do Bispo, concelho de Marco de Canavezes, sendo registado como filho de pais incógnitos, havendo notícia que seria fruto de um relacionamento irregular, sendo que a origem do apelido não é a dos dos pais biológicos, mas sim da família de acolhimento. Frequentou o curso preparatório da Academia Politécnica do Porto, assentou praça como soldado cadete no Regimento de Cavalaria do Porto, ingressando em 1898 na Escola do Exército, onde completou o curso da arma de Cavalaria.

Na sua carreira militar foi promovido a alferes em 1900 e a tenente em 1905. Em 1911, ano em que concluiu o curso de Estado-Maior, foi promovido a capitão, pasando a major em 1915 e a tenente-coronel em 1917. Ascendeu a brigadeiro em 1936 e a general em 1938.[4]

Em 1912, no posto de capitão de Cavalaria do Regimento de Vila Viçosa, participou no combate de Chaves integrado na resistência republicana contra a segunda incursão monárquica liderada por Paiva Couceiro. Em 1915, foi nomeado subchefe do Estado-Maior da Expedição Pereira de Eça a Angola, tomando parte em vários combates para a ocupação do Humbe, com destaque para o combate de Mongua. Retornou a Portugal em 1917.[4]

Em 31 de dezembro de 1917, foi nomeado chefe do Estado-Maior da 1.ª Divisão do Exército, com sede em Lisboa. Passou por várias funções na Secretaria da Guerra do Ministério da Guerra durante o ano de 1918, entre as quais chefe da repartição do gabinete do Secretário de Estado da Guerra Amílcar Mota, na realidade o Ministro da Guerra durante a presidência de Sidónio Pais (que designou por Secretários de Estado todos os ministros do seu executivo) e de chefe de gabinete de Tamagnini Barbosa, o último chefe de governo do sidonismo, no período em que se processa o desmantelamento do regime após o assassinato de Sidónio Pais, ocorrido em dezembro de 1918.[4]

Em 22 de abril de 1918, no posto de tenente-coronel, foi nomeado coordenador do Serviço de Censura Militar, permanecendo em Lisboa em funções próximas do Ministro da Guerra. Estava nessas funções quando José Relvas foi convidado a formar o do 19.º governo republicano, conhecido por ser o governo de combate de José Relvas. Aceitou integrar aquele executivo, como independente, exercendo as funções de Ministro da Guerra entre 27 de janeiro de a 30 de março de 1919, data em que aquele governo foi exonerado. José Relvas, nas suas memórias, considerou que António de Freitas Soares era um republicano independente que demonstrara empenho e energia no combate à denominada Monarquia do Norte.[5]

Freitas Soares voltou a aceitar dirigir o Ministério da Guerra no 31.º governo republicano, o ministério liberal de António Granjo, em funções de 30 de agosto a 19 de outubro de 1921.

Em 1922 foi director da Aeronáutica Militar e foi instrumental na decisão de aceitar que as reparações do hidroavião Pátria fossem custeadas pelo Estado.[6]

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  1. 1919 : Da Traulitânia e Monsanto ao regresso da República Velha.
  2. António Maria de Freitas Soares.
  3. As operações militares no sul de Angola em 1914-1915. Lisboa: Agência Geral das Colónias, 1937.
  4. a b c d Maria Fernanda Rollo (coordenadora geral), Dicionário histórico da I República e do republicanismo, volume III (N-Z), pp. 878-879. Lisboa : Assembleia da República - Divisão de Edições, 2014 (ISBN 97S-972-556-559-9).
  5. José Relvas, Memórias Políticas, volume II, p. 91-100. Lisboa : Terra Livre, 1978.
  6. De Portugal a Macau . A viagem do Pátria, p. 151.
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