Antônio Augusto de Vasconcelos
Antônio Augusto de Vasconcelos | |
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Nascimento | 23 de dezembro de 1852 Maranguape |
Morte | 10 de março de 1930 Fortaleza |
Cidadania | Brasil |
Filho(a)(s) | Carlos Vasconcelos |
Alma mater | |
Ocupação | magistrado, professor, político, médico |
Prêmios | |
Empregador(a) | Colégio Militar de Fortaleza, Liceu do Ceará |
Religião | Catolicismo |
Antônio Augusto de Vasconcelos[1] (Maranguape, 23 de dezembro de 1852 — Fortaleza, 10 de março de 1930) foi magistrado, professor e político brasileiro. Foi fundador da Academia Cearense de Letras e do Instituto do Ceará.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Maranguape, filho de Justino Augusto de Vasconcelos e de Francisca Cândida de Vasconcelos. Frequentou o Seminário de Fortaleza até 1874, mas depois, em 1876, passou-se para a Academia de Direito de Recife, pela qual diplomou-se em 5 de novembro de 1880.[4]
De volta à terra natal, foi nomeado promotor das comarcas de Canindé e Granja, onde fundou O Granjense, uma escola popular e um gabinete de leitura. Em junho de 1882, foi nomeado juiz municipal de Aracati, sendo, em março de 1883, removido para a comarca do Pereiro, onde também fundou um gabinete de leitura e uma escola noturna. Nessas diversas localidades foi grande auxiliar do movimento abolicionista.
Abandonou a magistratura e dedicou-se ao magistério, transferindo-se para Fortaleza. Em 1887, foi nomeado diretor da Biblioteca Pública e, em 4 de março, foi um dos doze sócios fundadores do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará. Em 18 de março de 1889, foi nomeado professor de História na Escola Militar, que acabava de ser criada na província.[5]
Em 15 de agosto de 1894, foi fundada na Fênix Caixeiral, em Fortaleza, a Academia Cearense de Letras, a mais antiga entidade do gênero no Brasil, tendo precedido três anos a fundação da Academia Brasileira de Letras. Antônio Augusto estava entre os idealizadores.
Exerceu por muitos anos o mandato de deputado estadual.
Em 1896, foi nomeado professor de Geografia do Liceu, e professor da Escola Livre de Direito do Ceará, atual Faculdade de Direito, cuja fundação advogou na imprensa diária, até janeiro de 1926, quando aposentou-se. A Escola fora fundada e reconhecida pelo governo federal em 1903. Participou também das fundações do Curso de Ciências e Línguas, em 16 de agosto de 1911, e da Faculdade de Letras do Ceará, em 11 de junho de 1913.[6]
Família
[editar | editar código-fonte]Faleceu aos 77 anos de idade, em Fortaleza. De seu casamento com a pernambucana Cesária Barreto Carneiro Leão (irmã do ex-deputado federal Virgínio Marques Carneiro Leão), teve quatorze filhos:
- Júlia Carneiro Leão de Vasconcelos (1880 - 1950), professora, geógrafa e historiadora;
- Carlos Carneiro Leão de Vasconcelos (1881 - 1923), engenheiro civil, escritor, jornalista e industrial;
- Artur Carneiro Leão de Vasconcelos (1883 - 1939), médico e professor catedrático da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro;
- Abner Carneiro Leão de Vasconcelos (1884 - 1972), desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará e depois ministro do Tribunal Federal de Recursos;
- Nilo Carneiro Leão de Vasconcelos (1948), antigo 1º vice-presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros;
- Jaime Carneiro Leão de Vasconcelos (1952), advogado e economista;
- Maria Augusta Carneiro Leão de Vasconcelos;
- Edgar Carneiro Leão de Vasconcelos (1892 - 1926), advogado e funcionário público;
- Hilda Carneiro Leão de Vasconcelos, fiscal de ensino fundamental;
- Ester Carneiro Leão de Vasconcelos (1944),
- Carmem Carneiro Leão de Vasconcelos;
- César Carneiro Leão de Vasconcelos (1898 - 1965), advogado, consultor jurídico do Ministério da Fazenda e escritor;
- Waldo Carneiro Leão de Vasconcelos, advogado, escritor e procurador da Previdência Social;
- Tales Carneiro Leão de Vasconcelos, agricultor.
Obras
[editar | editar código-fonte]- Município de Pereiro,
- Abuso de Imposto,
- A Evolução do Passado,
- Apontamentos Biográficos do Dr. Moura Brasil,
- Juízo Crítico sobre o Dicionário geográfico e histórico das campanhas do Uruguai e Paraguai, pelo General Leite de Castro,
- Cristo no Júri,
Referências
- ↑ Na grafia original, Antonio Augusto de Vasconcellos.
- ↑ «Antônio Augusto de VASCONCELOS». portal.ceara.pro.br (em inglês). Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ «Academia Cearense de Letras - Site oficial». www.ceara.pro.br. Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ Filho, Antônio Martins. «Antônio Augusto de Vasconcelos» (PDF). academiacearensedeletras.org.br. Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ Revista do Instituto do Ceará. [S.l.]: Instituto do Ceará. 2003
- ↑ Guia municipal, autoridades estaduais. [S.l.]: Municípios do Ceará. 2004
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Nascidos em 1852
- Mortos em 1930
- Homens
- Naturais de Maranguape
- Juízes do Ceará
- Professores do Ceará
- Membros da Academia Cearense de Letras
- Deputados estaduais do Ceará
- Abolicionistas do Brasil
- Membros do Instituto do Ceará
- Alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco
- Professores da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará