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Aphyllanthoideae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAphyllanthoideae
Aphyllanthes
Aphyllanthes monspeliensis
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Asparagaceae sensu lato
Subfamília: Aphyllanthoideae
(ex-Aphyllanthaceae)
Lindl.[1]
Género: Aphyllanthes
L.[2]
Espécie: A. monspeliensis
Nome binomial
Aphyllanthes monspeliensis
L.[3]
Distribuição geográfica
Distribuição da subfamília Aphyllanthoideae.
Distribuição da subfamília Aphyllanthoideae.
Sinónimos[3]
Flor de A. monspeliensis

Aphyllanthoideae é uma subfamília monotípica de plantas com flor monocotiledóneas da família Asparagaceae, cujo único género é Aphyllanthes, também um táxon monotípico tendo como única espécie Aphyllanthes monspeliensis.[1] A espécie tem distribuição natural nas regiões semi-áridas da parte ocidental da bacia do Mediterrâneo.[4][5] A espécie é cultivada como planta ornamental.

São plantas glabras com rizoma horizontal, longo. Escapos de até 45 x 1,5 cm, numerosos, estriados. Folhas de até 10 cm de comprimento, purpuráceas, com parte externa trinervada verde, frecuentemente prolongadas num mucrão. Flores rodeadas de 6-7 brácteas de 4,5-10 mm, coriáceas, ovadas ou oblongas, a externa ovado-lanceolada e longamente mucronada. Tépalas de 15-20 mm de comprimento, oblongas, obtusas, persistentes, com parte superior divaricada e parte inferior formando um tubo rodeado pelas brácteas, azul-violeta, raras vezes brancas. Estames mais curtos que as tépalas, com anteras de 1-1,5 mm, amarelas. Cápsulas de 3,54 mm, apiculadas. Sementes densa e diminutamente tuberculadas, negras. Floresce e fructifica de fevereiro a junho.[6]

A planta produz agrupamentos de inflorescências escaposas, cujos escapos são na realidade o principal órgão foto-sintético, já que as folhas escariosas na base não são fotossintéticas. A inflorescência tem poucas flores, com tépalas usualmente azuis de tamanho mediano. O número de cromosomas é n=16.[7] A planta apresenta grandes semelhanças morfológicas com os membros do género Sisyrinchium.

Aphyllanthes são plantas muito utilizadas em jardins de rochas devido a serem os solos secos e rochosos o seu habitat preferido. Por serem originários do Mediterrâneo, estão adaptados ao calor e à seca. Além disso, as suas flores grandes e brilhantes são uma característica atraente que resultou no aumento do cultivo dessa espécie para introdução no mercado das flores de corte.

Distribuição

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A única espécie que integra esta subfamília monotípica, Aphyllanthes monspeliensis, ocorre nas regiões costeiras do Mediterrâneo Ocidental, na metade sul da França, metade oriental da Península Ibérica e alguns pontos do norte de África.[8] Ocorre até aos 1600 (1800) metros de altitude,[9] sendo rara a presença em lugares muito áridos.

Filogenia e sistemática

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Tradicionalmente incluído nas Liliaceae, o género Aphyllanthes foi reconhecido, com base nos resultados de múltiplas análises, ao nível taxonómico de subfamília pelos modernos sistemas de classificação filogenética, como o sistema APG III (de 2009)[10] e o APWeb (2001 em diante),[11] que a incluem numa família Asparagaceae sensu lato (ver Asparagales para uma discussão deste último clado).

Apesar disso, o género Aphyllanthes aparece com uma variação muito longa numa análise incorporando três genes,[12] pelo que a sua posição filogenética é pouco clara, mas a sua remoção de algumas análise disminui drasticamente o apoio.[13] Uma relação de Aphyllantes como grupo irmão de Scilloideae (antes Hyacinthaceae) foi encontrada num estudo de 2001.[14] mas estudos poeteriores permitem colocá-lo como grupo-irmão de Lomandroideae (antes Laxmanniaceae), mas com baixo apoio.[15]

A árvore filogenética das Asparagales 'nucleares', incluindo aquelas famílias que foram reduzidas ao estatuto de subfamílias, é a que se mostra abaixo. O grupo inclui as duas maiores famílias da ordem, isto é, aqueles com maior número de espécies, as Amaryllidaceae e as Asparagaceae.[16][17] Nesta circunscrição taxonómica a família Amaryllidaceae é o grupo irmão da família Asparagaceae e a subfamília Aphyllanthoideae o grupo irmão do clado constituídos pelas Brodiaeoideae + Scilloideae.

Asparagales 'nucleares'
Amaryllidaceae s.l.

Agapanthoideae (= Agapanthaceae)

Allioideae (= Alliaceae s.s.)

Amaryllidoideae (= Amaryllidaceae s.s.)

Asparagaceae s.l.

Aphyllanthoideae (= Aphyllanthaceae)

Brodiaeoideae (= Themidaceae)

Scilloideae (= Hyacinthaceae)

Agavoideae (= Agavaceae)

Lomandroideae (= Laxmanniaceae)

Asparagoideae (= Asparagaceae s.s.)

Nolinoideae (= Ruscaceae)

A subfamília é reconhecida pelo sistema APG IV, de 2016 (sem alterações desde o sistema APG II de 2003)[10][18] Aphyllanthoideae era anteriormente tratada ao nível de família, como Aphyllanthaceae.

A subfamília integra um único género e uma única espécie (de acordo com Royal Botanic Gardens, Kew):[19][20]

  • Aphyllanthes L., Sp. Pl.: 294 (1753). 1 espécie:

A espécie apresenta a seguinte sinonímia:

A espécie é conhecida pelo nome comum de «junquilho-azul».[21]

  1. a b Chase, M.W.; Reveal, J.L.; Fay, M.F. (2009), «A subfamilial classification for the expanded asparagalean families Amaryllidaceae, Asparagaceae and Xanthorrhoeaceae», Botanical Journal of the Linnean Society, 161 (2): 132–136, doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00999.x 
  2. «Aphyllanthes», World Checklist of Selected Plant Families, Royal Botanic Gardens, Kew, consultado em 7 de setembro de 2013 
  3. a b «Aphyllanthes monspeliensis», World Checklist of Selected Plant Families, Royal Botanic Gardens, Kew, consultado em 7 de setembro de 2013 
  4. The Angiosperm Phylogeny Group III ("APG III", em ordem alfabética: Brigitta Bremer, Kåre Bremer, Mark W. Chase, Michael F. Fay, James L. Reveal, Douglas E. Soltis, Pamela S. Soltis y Peter F. Stevens, además colaboraron Arne A. Anderberg, Michael J. Moore, Richard G. Olmstead, Paula J. Rudall, Kenneth J. Sytsma, David C. Tank, Kenneth Wurdack, Jenny Q.-Y. Xiang y Sue Zmarzty) (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III.». Botanical Journal of the Linnean Society (161): 105-121. Cópia arquivada em 25 de maio de 2017 
  5. Stevens, P. F. (2001). «Angiosperm Phylogeny Website (Versão 9, junho de 2008, actualizado desde então)» (em inglês). Consultado em 12 de janeiro de 2009 
  6. Aphyllanthes monspeliensis en Flora Vascular
  7. Chromosome number reports. LII. Palomeque, T. & M. Ruíz Rejón (1976) Taxon 25(2/3): 346
  8. «Aphyllanthoideae». Conservatorio y Jardín Botánico de Ginebra: Flora africana. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  9. «Aphyllanthoideae». Atlas de la flora del Pirineo Aragonés, vol. II. Luis VILLAR PÉREZ, José Antonio Sesé Franco & José Vicente Ferrandéz Palacio. Consultado em 22 de março de 2014 .
  10. a b The Angiosperm Phylogeny Group III ("APG III", en orden alfabético: Brigitta Bremer, Kåre Bremer, Mark W. Chase, Michael F. Fay, James L. Reveal, Douglas E. Soltis, Pamela S. Soltis y Peter F. Stevens, además colaboraron Arne A. Anderberg, Michael J. Moore, Richard G. Olmstead, Paula J. Rudall, Kenneth J. Sytsma, David C. Tank, Kenneth Wurdack, Jenny Q.-Y. Xiang y Sue Zmarzty) (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III.». Botanical Journal of the Linnean Society (161): 105-121 
  11. Stevens, P. F. (2001). «Angiosperm Phylogeny Website (Versão 9, junho de 2008, actualizado desde então)» (em inglês). Consultado em 12 de janeiro de 2009 
  12. Fay, M. F. (2000). «Phylogenetic studies of Asparagales based on four plastid DNA regions.». In: K. L. Wilson y D. A. Morrison. Monocots: Systematics and evolution. Royal Botanic Gardens ed. Kollingwood, Australia: CSIRO. pp. 360–371 
  13. Chase, M. W.; Fay, M. F.; Devey, D. S.; Maurin, O; Rønsted, N; Davies, T. J; Pillon, Y; Petersen, G; Seberg, O; Tamura, M. N.; Lange, Conny Bruun Asmussen (Faggruppe Botanik); Hilu, K; Borsch, T; Davis, J. I; Stevenson, D. W.; Pires, J. C.; Givnish, T. J.; Sytsma, K. J.; McPherson, M. A.; Graham, S. W.; Rai, H. S. (2006). «Multigene analyses of monocot relationships : a summary» (PDF). Aliso (22): 63-75. ISSN: 00656275. Consultado em 25 de fevereiro de 2008 
  14. McPherson, M. A.; Graham, S. W. (2001). «Inference of Asparagales phylogeny using a large chloroplast data set. Abstract.». Botany 2001. 126 páginas 
  15. Pires, J. C.; Maureira, I. J., Givnish, T. J., Sytsma, K. J., Seberg, O., Petersen, G., Davis, J. I., Stevenson, D. W., Rudall, P. J., Fay, M. F., y Chase, M. W. (2006). «Phylogeny, genome size, and chromosome evolution of Asparagales.». Aliso (22): 278-304. Consultado em 25 de fevereiro de 2008 
  16. Chase et al 2009
  17. Stevens 2016, Asparagales
  18. APG II (2003). «An Update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the orders and families of flowering plants: APG II.». Botanical Journal of the Linnean Society (141): 399-436. Consultado em 12 de janeiro de 2009 
  19. «Royal Botanic Gardens, Kew: World Checklist Series» (em inglês). Consultado em 15 de janeiro de 2009 
  20. Lista completa de espécies.
  21. «Aphyllanthoideae». Real Jardín Botánico: Proyecto Anthos. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  • Stevens, P. F. (2001). «Aphyllanthaceae». Angiosperm Phylogeny Website (Versão 9, junno de 2008, actualizado desde então) (em inglês). Consultado em 15 de janeiro de 2009 
  • Soltis, D. E.; Soltis, P. F., Endress, P. K., y Chase, M. W. (2005). «Asparagales». Phylogeny and evolution of angiosperms. Sunderland, MA: Sinauer Associates. pp. 104–109 

Classificação do lineana do género Aphyllanthes

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Sistema Classificação Referência
Linné Classe Hexandria, ordem Monogynia Species plantarum (1753)

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Aphyllanthoideae
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