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Armada Bolivariana da Venezuela

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Armada Bolivariana da Venezuela

Brasão de armas
País  Venezuela
Subordinação Força Armada Nacional Bolivariana
Missão Defesa litorânea
Tipo de unidade Marinha
Criação 1811
Aniversários 24 de julho, aniversários de Simón Bolívar e da Batalha do Lago Maracaibo
Patrono Nossa Senhora do Vale
Lema Navigare necesse, vivere non necesse
"Navegar é necessário, viver não é"
Cores Azul marinho     
História
Guerras/batalhas Guerra de Independência da Venezuela
Logística
Navios 2 submarinos
2 fragatas
25 navios-patrulha
4 navios de desembarque
3 navios auxiliares
Insígnias
Estandarte
Jaque
Bandeira

A Armada Bolivariana da Venezuela é o braço naval das Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela.

A armada venezuelana surgiu no ano de 1811, as Províncias Unidas da Venezuela organizaram uma Escola Náutica para a formação de oficiais no porto de La Guaira. A escola foi dirigida pelo alferes de fragata Vicente Parrado.

O primeiro esquadrão da república tinha umas poucas canhoneiras e pequenas embarcações que não foram capazes de romper o bloqueio frente à regência espanhola, mas que foram úteis em rios do país, particularmente na Campanha da Guiana onde sitiaram vários lugares, até que sofreu derrota na Batalha Naval de Sorondo.

O general Juan Bautista Arismendi teve um papel importante nas batalhas navais da guerra de independencia.

O general Juan Bautista Arismendi reorganizou em 1813 as forças sutis da república com a aquisição de 3 escunas e outras unidades menores para formar uma esquadrilha de 14 embarcações.

No segundo semestre de 1813 se constituiu uma esquadra integrada com o bergantim Arrogante Guayanés, as escunas Colombiana, Perla Carlota e Mariño, a canhoneira Independencia e o jabeque General Piar. Esta última unidade venceu o 13 de novembro em um combate entre Puerto Francés e Chuspa aos bergantins reais Alerta e Celoso. Os espanhóis se retiraram a Puerto Cabello e os republicanos à Guaira, onde se incorporaram às escunas de guerra Atrevida e La Juana e as lanchas Venturosa e Ligera

No ano seguinte se criou outra esquadra em Cumaná, o 25 de agosto com a escuna "Jove", o Intrepido Bolívar, La Colombiana, El Centauro, a Carlota, a Culebra e o Arrogante Maturines, que conduziram à Pampatar as tropas republicanas derrotadas por Morales.

Durante a independência tiveram uma grande atividade os corsários, quem lutaram a favor de ambos os lados e em muitos casos (sobre todo nos primeiros anos) representavam uma força naval mais importante que as forças navais regulares. Os corsários venezuelanos atuavam em todo o amplo mar do Caribe e se estendiam até o Oceano Atlântico e as costas da Espanha. Entre as ações mais notórias que realizaram se encontra a tomada da ilha Amelia de 1817, onde um grupo de corsários junto a alguns oficiais regulares venezuelanos tomaram a ilha de Amelia, na Flórida e proclamaram sua independência da Espanha.

Em março de 1816, os patriotas exilados no Haiti organizam uma esquadra composta pela escuna Bolívar (emblemático da esquadra de seis armas, a mando de Renato Beluche); escuna Mariño (com uma colis, ao mando de Thomás Dubouille); escuna Piar (com um canhão de 18 e dois pequenos por lado, mandada por John Parnell); escuna Brion (de quatro canhões e dez carronadas, a mando de Jean Monier); escuna Feliz (chefiada por Charles Lominé) e escuna Conejo (com um canhão de 18, a mando de Bernardo Ferrero). A esquadra ficou no controle de Luis Brión, a esquadra zarpou de Los Cayos de San Luis e se dirigiu à ilha Margarita encontrando embarcações espanholas perto das ilhas Los Frailes, o bergantim Intrepido e a escuna Rita os quais foram derrotados e incorporados à esquadra expedicionária.

Na campanha da Guiana, a esquadra republicana realizou distintas operações no rio Orinoco e o rio Apure que permitiram despejar o Orinoco de embarcações reais e sitiar por mar e terra Angostura e outras cidades que capitularam pouco tempo depois. Os marinheiros venezuelanos, como Brión e os irmãos Antonio, Domingo e Fernando Díaz teriam um papel importante no sucesso da campanha.

Em 1822, o general Francisco de Paula Santander criou o primeiro batalhão de Infantaria de marinha. No ano seguinte realizaria uma grande ofensiva naval no departamento do Zulia com o objetivo de destruir as forças de Francisco Tomás Morales que haviam dominado a zona. As forças marítimas eram comandadas pelo almirante José Prudencio Padilla e a infantaria da Marinha pelo general Manuel Manrique. A armada patriota forçou a barreira de Maracaibo e entrou no lago de Maracaibo, pouco depois Maracaibo foi tomada pelos republicanos, mas teve de ser abandonada em breve. O 24 de julho foi a maior batalha naval da independência da Venezuela, a esquadra do almirante Padilla enfrentou a esquadra espanhola comandada pelo almirante Ángel Laborde na batalha naval do Lago de Maracaibo conseguindo uma grande vitória que obrigou à capitulação de Morales.

Após a separação da Venezuela da Grã-Colômbia, a armada sofreu uma significativa redução de sua frota, resultado da difícil situação fiscal e da instabilidade política que não forneciam os recursos necessários para manter embarcações de alto nível. No ano de 1845 as embarcações de vela começaram a ser substituídos por embarcações de vapor. Esse ano o governo adquire os bergantins Presidente, Avila e Congreso, as escunas Fama, Democracia, Trimer, Eclipse, Intrépida, Estrella, Forzosa e Bolivariana, o bergantim Manzanares e um pequeno vapor de guerra denominado Libertador.

A armada sofreu uma grande modernização em 1863 com a aquisição de novos vapores e gunboats pelo Ministro da Marinha Manuel Ezequiel Bruzual. As embarcações adquiridas foram: Bolívar, Maparari, Mariscal Sucre e Monagas.

Durante os governos de Antonio Guzmán Blanco a armada experimentou um novo aumento em suas forças. Em 1880 contava com os vapores "Republica", "Reivindicador", e "Remolcador"; as escunas "Ricaurte", "Sucre" e "3 de Agosto" e até os últimos anos do século XIX os vapores: "Libertador", "Guzmán Blanco" e "Lola"; as escunas "Bolivariana", "Carabobo", "Washington" e "Ana Jacinta".

Nos primeros anos do século XX, a marinha venezuelana contava com o cruzador "Restaurador" (ex iate estadunidense "Atalanta"), o torpedeiro "Bolívar", o transportador "Zamora", os vapores "Veintitres de Mayo", "Totumo", "Mariscal Sucre", os gunboats "Miranda" e "General Crespo", a escuna "Carabobo" e muitas unidades menores.

O cruzador Mariscal Sucre no estaleiro de Puerto Cabello.

A produção naval nacional se iniciou em 1909 com a inserção de quilha aos navios da guarda-costeira "29 de enero" no estaleiro e dique de Puerto Cabello. Esses navios da guarda-costeira seriam os primeros de uma série de três junto com o "Cristóbal Colón" e o "Ciudad Caracas". Em 1912, o governo venezuelano adquiriu o cruzador "Mariscal Sucre", antigo "Isla de Cuba".

Entre 1920 e 1935 a armada adquiriu várias embarcações com anos de serviço em marinhas estrangeiras. Essas unidades foram o cruzador "General Salom", os gunboats "Maracay", "Miranda" e "Aragua", os rebocadores "Brion" e "José Félix Ribas" e o bergantim "Antonio Díaz".

Desde o ano de 1937 os oficiais formados na Escola Naval começaram a ser enviados a academias no exterior para realizar cursos técnicos. A infantaria da marinha é recriado pela Resolução N° 28 de 1 de julho de 1938 como a Compañía de Defensa de Costas (Companhia de Defesa da Costa). No ano seguinte são adquiridas os gunboats "General Soublette" e "General Urdaneta" da Marinha italiana. Em 1943 a Compañía de Defensa de Costas passa a chamar-se 1ª Compañía de Infantería de Marina (1ª Companhia de Infantaria da Marinha). Em 1943, mediante a Ley de Prestamos y Arrendamiento (Lei de Empréstimos e Arrendamentos), A Venezuela adquiriu dos Estados Unidos os contratorpedeiros "Antonio Díaz", "Brión", "Briceño Méndez" e "Arismendi" que chegam a La Guaira o ano seguinte.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, a redução da armada dos combatentes permite ao governo venezuelano a aquisição de sete corvetas de fabricação canadense: "Carabobo", "Constitución", "Federación", "Independencia", "Libertad", "Patria" e "Victoria"; assim como a aquisição do EE.UU do transporte LST Capana, que serviu na armada venezuelana como cargueiro e embarcação escola.

A infantaria da marinha também cresce com a criação do Batalhão de Infantaria da Marinha N° 1 (11 de dezembro de 1945) e o Batalhão de Infantaria da Marinha N° 2 (4 de fevereiro de 1946). É a partir de 1945 que se inicia um processo de desconcentração da infantaria da marinha, com sede até então em Puerto Cabello, a La Vela de Coro, Cumaná, Güiria e Margarita. Igualmente nesta época a armada começa a ser comandada por oficiais navais em substituição aos oficiais do exército, construindo o Comando das Forças Navais.

Novamente a armada experimenta uma remodelação de sua frota na década de 1950, com a aquisição de novas embarcações contratados para o estaleiro britânico Vickers-Armstrogs Company Limited De Barrow-In-Furness. Essas unidades foram os contratorpedeiros Classe Nova Esparta ARV Nova Esparta, ARV Zulia e ARV Aragua, que foram levados ao país entre 1953 e 1954. Em 54 o governo venezuelano firmou um contrato com a Cantieri Navale Ansaldo para a construção de seis contratorpedeiros velozes Clase Almirante Clemente ARV Almirante Clemente, ARV General Moran, ARV General Austria, ARV General Flores, ARV Brión e ARV Almirante García. Com estas unidades a armada formaria três divisões de contratorpedeiros.

Em 13 de janeiro desse ano se firmou um acordo entre o Estado venezuelano e a Societe Anonime Desanciens Chantiers Dubigeon de Nantes para a construção de uma embarcação de transporte, a qual foi denominado ARV Las Aves no momento da aquisição.

Por decreto da Junta de Governo N° 288 de 27 de junho de 1958 foi criado o Comando Geral da Marinha do antigo Comando das Forças Navais. As distintas forças que formam a marinha de guerra obtiveram sua independência administrativa. Assim mesmo começa um processo de reorganização do aparato administrativo da marinha, criando-se os cargos de pessoal, material, engenharia e administração, a Inspetoria da Armada, e mais tarde os Comandos de Esquadra e de Infantaria da Marinha.

Na década de 1960, a ARV adquiriu dos Estados Unidos seu primeiro submarino, o ARV Carite. Essa unidade inaugurou as forças submarinas da Armada Venezuelana e serviria como embarcação escola para posteriores gerações de submarinistas. Na mesma época a Armada adquieriu várias unidades destinadas a proporcionar apoio logístico, como os transportes LMS Los Monjes, Los Roques, Los Frailes e Los Testigos, os rebocadores Felipe Larrazabal e Fernando Gómez, os navios hidrográficos Puerto Santo, Puerto Nutrias e Puerto Miranda, e dez patrulhas adquiridos nos Estados Unidos. À par da expansão da esquadra se habilitam novos apostadeiros e bases navais.

ARV Carabobo (D-21)
ARV Falcón (D-22)

A década de 1970 seria conhecida como 'Reafirmação Marítima', nela adquiriram-se novas unidades terrestres e submarinas além de ser criado o Esquadrão Aeronaval 28 de Novembro de 1974 com unidades de transporte (CESSNA, DC-3, AVRO, etc.) e de guerra anti-submarina, como por exemplo, o Tracker S2-E

Para a década de 2000, a Armada venezuelana começou com um amplo processo de modernização, o qual além disso, de novas equipes, inclusive investindo pesadamente para expandir as operações dos estaleiros nacionais 'DIANCA'.

Ambos submarinos da Armada estão sendo submetidos a um processo de atualização que inclusive mudam os sistemas de armas, sistemas de detecção e aumento da frequência das manutenções. Igualmente os bancos de baterias serão substituídos. Este processo normalmente é realizado nos estaleiros alemães, assim, representa um passo em frente para a indústria naval nacional.

A Venezuela negocia duas novas embarcações, as embarcações serão do tipo oceanográfico e estão sendo negociados na Espanha com a empresa Navantia.[1] Também a empresa espanhola Navantia fabricam atualmente oito embarcações de patrulha oceânica para a Armada venezuelana: quatro (04) POVZEE e quatro (04) BVL.[2]

A Armada conta com fragatas, submarinos E patrulheiras para realizar sua função de proteção de suas águas territoriais. Juntamente a estas, a Armada conta com a embarcação escola Simón Bolívar, quatro embarcações de transporte de tanques, embarcação de provisionamento de combate Ciudad Bolívar e a embarcação oceanográfica Punta Brava.

A equipe pesada corrente da Armada da Venezuela chega ao país no final da década de 1970 e início da de 1980. As fragatas missílicas com que conta são de fabricação italiana da Clase Lupo enquanto que os submarinos são de fabricação alemã e correspondem ao Tipo 209/1300.

Até hoje, os fornecedores habituais da Armada venezuelana a nível de equipes diversas, sistemas e capacitação técnica, tem sido: Estados Unidos da América, França, Itália, Espanha, Alemanha, o Reino Unido, Holanda, Israel, Argentina, Coreia do Sul e Canadá. Mas, recentemente, e resultado em parte do bloqueio militar que unilateralmente decretou o governo dos Estados Unidos da América, a Armada venezuelana revelou o sua atenção para Rússia e Cuba, para determinados trabalhos de reformas, construções e capacitação de pessoal. Assim, se tem previsto receber por parte de Cuba de quatro transportes rápidos de carga e da Rússia oito helicópteros de apoio tático, assim como existem negociações em firme para a aquisição de até nove submarinos de tipo oceânico.

A indústria naval venezuelana, também se tem visto beneficiada deste bloqueio militar. UCOCAR tem estado desenvolvendo diversos tipos de lanchas velozes; DIANCA tem incrementado seus trabalhos de reforma e tem construído para a Armada venezuelana um moderno rebocador e uma patrulha costeira com ajuda técnica holandesa; Cuba e Venezuela têm criado em Maracaibo alguns novos estaleiros, chamados ASTIMARCA. Talvez o mais ambicioso projecto com que conta a indústria naval venezuelana, é o desenvolvimento de um minissubmarino do tipo tático denominado "Abisal"; assim mesmo a quarta e última embarcação de tecnologia espanhola BVL, será construída no país. Por tudo isto, a indústria naval venezuelana, também se tem convertido em um novo fornecedor para a Armada venezuelana.

Insígnia da Armada Nacional da Venezuela

O Comando Naval de Operações (CNO) está subordinado aos cincocomando operativos daarmada: Comando de la Escuadra, División de Infantería de Marina "Simón Bolívar", Comando de Aviación Naval, Comando Fluvial e o Comando de Guardacostas, todos comandados por oficiais no grau de Contraalmirante.

Comando da Esquadra

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O Comando da Esquadra possui seu quartel general na Base Naval Contralmirante Agustín Armario de Puerto Cabello, Carabobo.

Ordem de Batalha

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Esquadrão de Submarinos

Com base em Puerto Cabello, Carabobo. Possui 2 submarinos tipo U-209/1300 classe Sabalo:

Tipo Designação Nome Comissinado em
1300 S 31 Sabalo 8 de junho de 1976
1300 S 32 Caribe 3 de novembro de 1977
Esquadrão de Fragatas
ARV Mariscal Sucre (F-21).
Fragata Almirante Brión.
Fragata General Salóm F-25, e Mariscal Sucre F-21, en manobras.

Com base em Puerto Cabello, Carabobo. Quatro patrulheiros de fabricação espanhola Classe POVZEE (em construção , a última será entregue em 2010)

Designação Nome Comissinado em
F - 31 Guaicaipuro em construção
F - 32 em construção
F - 33 em construção
F - 34 em construção

Seis fragatas lança misseis Classe Lupo de fabricação italiana -Classe Mariscal Sucre.

Designação Nome Em serviço desde
F - 21 Mariscal Sucre 1980
F - 22 Almirante Brión 1981
F - 23 General Urdaneta 1981
F - 24 General Soublette 1981
F - 25 General Salóm 1982
F - 26 Almirante García 1982

Esquadrão de Navios-Patrulheiros - Base Naval Mariscal Falcón em Punto Fijo, Falcón.

Três navios patrulha lança mísseis/ tipo Vosper 37m, de fabricação inglesa- Classe Federación

Designação Nome Em serviço desde
PC - 12 Federación 1975
PC - 14 Libertad 1975
PC - 16 Victoria 1975

Três navios-patrulha equipados com canhão/ tipo Vosper 37m, de fabricação inglesa- Classe Constitución

Designação Nome Em serviço desde
PC - 11 Constitución 1975
PC - 13 Independencia 1975
PC - 15 Patria 1975
Esquadrão de Navios de assalto anfíbios e de serviço

Com base em Puerto Cabello, Carabobo. Quatro navios de assalto anfíbios tipo LST/ Classe Capana:

Designação Nome Em serviço desde
T - 61 Capana 1984
T - 62 Esequibo 1984
T - 63 Goajira 1984
T - 64 Los Llanos 1984

Referências

Ligações externas

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