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Arqueópolis

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Arqueópolis
Arqueópolis
Fortificações em Arqueópolis
Localização atual
Arqueópolis está localizado em: Geórgia
Arqueópolis
Localização do sítio na Geórgia
Coordenadas 42° 21' N 42° 11' E
País Geórgia
Região Mingrélia-Alta Suanécia
Notas
Acesso público Sim

Arqueópolis (em latim: Archaeopolis; em grego: Ἀρχαιόπολις; romaniz.: Archaiópolis, lit. "Cidade Velha"), Nocalaquevi (em georgiano: ნოქალაქევი; romaniz.: Nokalakevi) ou Tsiquegoji (ციხეგოჯი, Tsikhegoji, é um sítio arqueológico situado nas imediações da vila de Nocalaquevi, no município de Senaki, na região de Mingrélia-Alta Suanécia, na Geórgia.

História[editar | editar código-fonte]

De acordo com as crônicas georgianas da Idade Média, seu nome mais antigo foi Tsiquegoji, em referência a Cuji, um rei e então eristavi da Cólquida que apoiou a ascensão de Farnabazo I no Reino da Ibéria e se submeteu a ele como vassalo.[1] Tornar-se-ia capital do Reino da Lázica (século II–ca.697) e ao longo do século VI teve papel relevante nos conflitos travados entre o Império Bizantino e o Império Sassânida nessa porção do Cáucaso. Em 551, no contexto da Guerra Lázica, os generais bizantinos Babas e Odonaco reuniram-se ali com três mil tropas enquanto aguardavam instruções a respeito das tropas invasoras sassânidas que buscavam subjugar o Reino da Lázica.[2] O general sassânida Mermeroes cercou a fortaleza, mas desistiu do empreendimento por falta de suprimentos e recuou.[3] Em 552, junto de seus reforços sabires, atacou Arqueópolis e outros assentamentos próximos.[4][5]

Em 555, uma reunião de oficiais bizantinos buscou definir o plano de ação e Vligago e Buzes concordaram que era necessário sair da fortaleza com os continentes imperiais e interceptar os reforços sassânidas que estavam a caminho do forte de Onoguris.[6] A opinião que prevaleceu foi a de Martinho e Rústico, segundo a qual deveriam seguir com a força principal contra Onoguris enquanto outra força (sob Dabragezas e Usigardo[7]) atacaria Nacoragano. Eles atacaram Onoguris e sitiaram-na, mas a chegada inesperada do reforço sassânida levou-o a abandonar o ataque e fugir em pânico.[8] Na primavera de 556, o general sassânida Nacoragano transitou nas imediações da fortaleza, perdendo parte de seu contingente dailamita num ataque de mercenários sabires lutando pelos bizantinos.[9]

Referências

  1. Brosset 1849, p. 38.
  2. Martindale 1992, p. 161.
  3. Greatrex 2002, p. 119.
  4. Martindale 1992, p. 884.
  5. Greatrex 2002, p. 120.
  6. Martindale 1992, p. 1390.
  7. Martindale 1992, p. 379.
  8. Martindale 1992, p. 845-846.
  9. Martindale 1992, p. 910.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brosset, Marie-Félicité (1849). Histoire de la Géorgie de l'Antiquité au xixe siècle. São Petersburgo: Academia Imperial de Ciências da Rússia 
  • Greatrex, Geoffrey; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363–630 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-14687-9 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Babas». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8