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Artavasdes Apaúnio

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Artavasdes Apaúnio
Nacionalidade Império Sassânida
Ocupação Nobre
Religião Cristianismo

Artavasdes Apaúnio (em latim: Artavasdes; em armênio/arménio: Արտաւազդ; romaniz.: Artawazd) foi um nobre armênio (nacarar) do século VI, membro da família Apaúnio, ativo durante o reinado do xainxá Cosroes II (r. 590–628).

Nome[editar | editar código-fonte]

Artavasdes, Artoasdes ou Artabazo (Artabazus) são as formas latinas do armênio Astavasde (em armênio/arménio: Արտաւազդ, Artawazd),[1] que derivou do avéstico Axavasda (Ašavazdah-), "aquele que promove a justiça", através do iraniano antigo *Artavasda (*Artavazdah).[2][3] Foi registrado em persa médio como *Ardevaste (*Ard-vast), em grego como Artabasdo (Αρτάβασδος, Artábasdos), Artauasdes (Αρταουάσδης, Artaouásdēs), Artabazes (Αρτάβαζης, Artábazēs) e Artabazo (Αρτάβαζος, Artábazos) e em árabe como Artabatus (em árabe: ارتاباتوس).[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Dracma de Cosroes II (r. 590–628)

A parentela de Artavasdes é incerta, exceto que pertenceu à família Apaúnio. A julgar que é mencionado ao lado de outros membros de sua família (Maictes, Bestã e Manuel), é possível que estivessem aparentados. Serviu como um dos nobres armênios que participaram na expedição do marzobã Simbácio IV, provavelmente ocorrida em 608,[4] contra um contingente de "cuchanas" (heftalitas) que havia invadido o Império Sassânida no Oriente. O exército de Simbácio era formado por cerca de dois mil cavaleiros. Os invasores haviam se espalhado em várias direções, mas ao saberem de sua chegada, supostamente se reagruparam e fugiram. Simbácio os perseguiu e alcançou. Na batalha que se seguiu, o exército cuchana fugiu e foi derrotado. Simbácio então decidiu acampar em Apre Xar, nas cercanias de Nixapur, antes de se dirigir com 300 homens para a vila murada de Crocte.[5]

Referências

  1. a b Justi 1895, p. 37-38.
  2. Ačaṙyan 1942–1962, p. 310-311.
  3. Fausto, o Bizantino 1989, p. 358.
  4. Martindale, Jones & Morris 1992, p. 1210.
  5. Sebeos 1999, p. 49-50.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Արտավազդ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Symbatius 1». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8 
  • Sebeos (1999). The Armenian History Attributed to Sebeos. Traduzido por Thomson, R. W. Liverpul: Imprensa da Universidade de Liverpul. ISBN 0-85323-564-3