Saltar para o conteúdo

Artaxias III

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Artaxes. Para outros significados, veja Zenão.
Artaxias III
Artaxias III
Asse de Artaxias com busto de Tibério
Rei da Armênia
Reinado 18-34
Antecessor(a) Vonones I
Sucessor(a) Ársaces I
 
Morte 34
Dinastia artaxíada

Artaxias III (em armênio: Արտաշես; m. 34). Foi um governante da Arménia do período dividido entre os Romano e os Partas, tendo governado sob o protectorado romano entre o ano 18 e o ano 34. Foi antecedido no governo por Vonones I e foi sucedido por Ársaces I da Armênia.

Nome[editar | editar código-fonte]

Artaxes (Αρτάξης, Artáxēs), Adeser (Αδεσήρ, Adesēr), Artaxer (Αρταξηρ, Artaxḗr), Artaxares (Αρταξάρης, Artaxárēs), Artaser (Αρτασήρ, Artasḗr), Artasires (Αρτασείρης, Artaseírēs), Artaxas (Αρτάξας, Artáxas) e Artaxias (Αρταξίας, Artaxías) são as formas gregas[1] do parta e persa médio Ardaxir ou Artaxir (𐭠𐭥𐭲𐭧𐭱𐭲𐭥, Ardaxšīr ou Artaxšīr)[2] e do armênio como Artaxir (Արտաշիր, Artašir)[3] e Artaxes (Արտաշէս, Artašēs; surgido da forma não atestada *Artašas).[1] Esses nomes derivam do persa antigo Artaxaça (𐎠𐎼𐎫𐎧𐏁𐏂𐎠, Artaxšaçā) ou o iraniano antigo Artaxatra (*R̥ta-xš-ira-),[2] que significa "cujo reinado é através da verdade".[4] Sua grafia em persa antigo também foi helenizada e latinizada como Artaxerxes (Αρταξέρξης, Artaxérxēs).[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Segundo o historiador arménio Vahan M. Kurkjian (1863 - 1961),[Nota 1], a Arménia permaneceu sem reis até 16,[5] quando passou a reinar Artaxias III, nascido Zenão, filho da rainha Pitidoris do Ponto, cujo marido, Polemão, era um leal vassado de Roma.[6]

Zenão foi colocado no trono por Germânico, o que agradou ao povo, porque, como ele gostava de caçadas e festas, era popular.[6]

Durante os dezesseis anos de seu reinado houve paz, mas com a sua morte em 34, o Artaban tentou colocar seu filho mais velho, Ársaces (Arshak) como rei, o que levou a um conflito com o imperador romano Tibério, que fez pelos vinte e cinco anos seguintes da Armênia um campo de batalha entre os romanos e os partas.[6]

Notas e referências

Notas

  1. O texto de Vahan M. Kurkjian está em domínio público.

Referências

  1. a b c Ačaṙyan 1942–1962, p. 305.
  2. a b Martirosyan 2021, p. 22.
  3. Ačaṙyan 1942–1962, p. 309.
  4. Wiesehöfer 1986, p. 371–376.
  5. Vahan M. Kurkjian, History of Armenia, Capítulo 14, Artavazd - Os últimos Tigranes [em linha]
  6. a b c Vahan M. Kurkjian, History of Armenia, Capítulo 15, Rivalidade entre a Pártia e Roma [em linha]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Գարջոյլ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Martirosyan, Hrach (2021). «Faszikel 3: Iranian Personal Names in Armenian Collateral Tradition». In: Schmitt, Rudiger; Eichner, Heiner; Fragner, Bert G.; Sadovski, Velizar. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências