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Associação Católica da Juventude Mexicana

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Associação Católica da Juventude Mexicana
(ACJM)
Asociación Católica de la Juventud Mexicana
Associação Católica da Juventude Mexicana
Brasão da Associação Católica da Juventude Mexicana
Tipo movimento político
Fundação 12 de agosto de 1913
Estado legal Ativo
Propósito Restaurar a ordem social cristã (inspirada na encíclica "Rerum Novarum") e organizar os jovens católicos do México, sob o lema: “Por Deus e pela Pátria”
Sede Cidade do México, México
Línguas oficiais Espanhol
Fundadores Padre Bernardo Bergöend
Organização René Capitrain Garza (Primeiro presidente da história da entidade)
Otávio Elizalde (Ex-Presidente)

A Associação Católica da Juventude Mexicana (ACJM) é uma organização católica fundada na Cidade do México em 12 de agosto de 1913 pelo padre jesuíta Bernardo Bergöend, com o objetivo de restaurar a ordem social cristã (inspirada na encíclica "Rerum Novarum") e organizar os jovens católicos do país, sob o lema: “Por Deus e pela Pátria”.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Fundação[editar | editar código-fonte]

A fundação da ACJM passou por diversas etapas onde foi criada e organizada em todas as dioceses do país, que culminaram na manhã da quinta-feira, 13 de abril de 1922, em que ocorreu a primeira sessão nacional unificada do que passou a se chamar "Conselho Federal da Associação Católica da Juventude Mexicana".

O objetivo da ACJM foi definido nessa reunião como sendo o de coordenar as forças vivas da Juventude Católica Mexicana, para atuar em prol da restauração da ordem social cristã no México.

Nos seus primeiros anos, todos os seus delegados-membros reuniam-se anualmente na Cidade do México, no que chamavam de Conselhos Federais, para se conhecerem, estudarem os problemas locais e nacionais, tomarem resoluções e designarem autoridades supremas, entre outras tarefas vitais.

A base da organização da ACJM eram os grupos paroquiais que eram orientados pelos párocos das comunidades, além de seguirem o plano de estudos que vinha do Comitê Central da ACJM. Os grupos que existiam dentro de cada diocese e estavam a cargo do assistente eclesiástico diocesano, nomeado pelo bispo da diocese.

O primeiro presidente geral da ACJM foi René Capistrán Garza;[2] o segundo foi Otávio Elizalde.

Guerra Cristera[editar | editar código-fonte]

Com o advento da perseguição política institucionalizada do governo mexicano contra a Igreja Católica, os católicos e suas entidades, a ACJM assumiu um papel central no conflito. Entre os decretos emitidos pelo governo de Plutarco Elías Calles estava a obrigatoriedade do registo dos padres junto ao Ministério do Interior e o estabelecimento de pesadas sanções penais contra a atividade eclesiástica e a atuação da Igreja e de associações católicas.[3]

A ACJM foi uma das entidades organizadoras dos protestos populares de católicos indignados com estas medidas em todo o país.[4] Após a resposta violenta do Governo Mexicano, diversos dos membros da ACJM compuseram e lideraram o Exército Cristero e participaram de combates contra as tropas do governo federal mexicano.[5]

No ano de 1929, a ACJM estava espalhada pela maior parte da República Mexicana e o número aproximado de seus membros era de cerca de 20.000 jovens. Nesse ano também foi criada a Ação Católica Mexicana, que é composta por 4 organizações de base, entre elas a ACJM.

Atualidade[editar | editar código-fonte]

Hoje a ACJM existe em várias dioceses do país, tendo se consolidado como um dos principais espaços de atuação cívica e política católica no México, contando com vários milhares de membros.

Referências

  1. «La juventud católica y la Revolución Mejicana, 1910-1925)» (PDF). Consultado em 13 de junho de 2024 
  2. «Biografia de CAPISTRÁN Garza, René em: etrabajores.cinemexicano.unam.mx/» 
  3. Savarino, Franco. “Crisis política y laicidad: relaciones Estado-Iglesia 1908-1917”. En: Margarita Moreno Bonett y Rosa María Álvarez de Lara (coords.), El Estado laico y los derechos humanos en México: 1810-2010. México: UNAM-Instituto de Investigaciones Jurídicas-FFyL, 2012, Tomo I, pp. 383-394.
  4. Medina, Ariadna Guerrero [http://bibliohistorico.juridicas.unam.mx/libros/7/3100/26.pdf “El movimiento campesino de la Asociación Católica de la Juventud Mexicana (ACJM), 1934-1958”. Tese apresentada no Cololóquio Nuevo Mundo - Mesa "Pensar las derechas en América latina, siglo XX Session 3 – Derechas y religión" (Coord. Ernesto Bohoslavsky et Stéphane Boisard). Argentina: Universidade de Buenos Aires, 2017]
  5. Polanco, Karol Méndez “La Asociación Católica de la Juventud Mexicana”. En: Cadernos Milenio. Cidade do México, 2015