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Assunção Hernandes

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Assunção Hernandes Moraes de Andrade é uma produtora cinematográfica brasileira de mais de 40 filmes.[1]

Formada em Ciências Sociais pela USP e em Serviço Social pela PUC-SP, Assunção começou no cinema quase por acaso. Na faculdade, colega de Ruth Cardoso, Francisco Weffort e Luiza Erundina, destacou-se por sua militância política na UEE (União Estadual dos Estudantes de São Paulo). Quando a entidade estudantil quis produzir documentários, Assunção terminou sendo chamada, por sua organização e capacidade.

No período em que trabalhou na UEE, Assunção conheceu o então estudante de engenharia e mais tarde diretor de cinema João Batista de Andrade. Casaram-se em 1964, tiveram dois filhos, realizaram 8 longas de ficção e uma dezena de documentários, a partir da produtora que criaram juntos em 1974, a Raiz Cinematográfica.

Além de produzir os filmes de João Batista, em geral títulos com forte preocupação social e política, Assunção e a Raiz também trabalharam com co-produções internacionais e viabilizaram obras de cineastas estreantes, hoje reconhecidos. Guilherme de Almeida Prado, Suzana Amaral, Djalma Limongi Batista, Alain Fresnot, entre outros, tiveram seus primeiros longas produzidos pela Raiz [2].

Filmes produzidos por Assunção Hernandes ganharam dezenas de prêmios nacionais e internacionais, destacando-se o de Melhor Filme no Festival de Moscou 1981 para O Homem que Virou Suco; o de Melhor Atriz para Marcélia Cartaxo no Festival de Berlim 1986, por A Hora da Estrela; e o Grande Prêmio Técnico em Cannes 1992 para El Viaje, de Fernando Solanas.

Pessoalmente, Assunção foi premiada com o troféu Humberto Mauro (Destaque de Produção) em 1987 e 1988; recebeu o prêmio Governador do Estado de São Paulo 1988 pelo incentivo à produção do cinema paulista e o prêmio Lumiére (Air France) de melhor produção em 1989 [3].

Assunção Hernandes foi presidente do SICESP (Sindicato da Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo) entre 2000 e 2003 e presidente do Congresso Brasileiro de Cinema de 2001 a 2003. Fez parte da diretoria da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo) de 2000 a 2003. Participou como conselheira do Conselho de Comunicação Social, órgão de assessoria do Senado Federal (2001 a 2004) e foi membro do Conselho Paulista de Cinema (2003 a 2005).

Atualmente faz parte do Conselho Consultivo do Congresso Brasileiro de Cinema, é vice-presidente da FIPCA (Federação Iberoamericano de Produtores de Cinema e Audiovisual) e diretora para assuntos internacionais da ABEPC (Associação Brasileira de Empresas Produtoras de Cinema).

Em 2004, em homenagem aos 30 anos de atuação da Raiz Cinematográfica, foi criado em Diadema o Cineclube Assunção Hernandes [4].

como produtora de longa-metragem [5]

Captação, Renda e Público

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FILME DIREÇÃO GÊNERO CAPTADO RENDA PÚBLICO
A Ilha do Terrível Rapaterra Ariane Porto Ficção 1.925.814,94 37.729,00 5.240
De Passagem Ricardo Elias Ficção 750.700,00 75.632,00 11.419
Musicagen Edu Felistoque e Nereu Cerdeira Documentário 289.600,00 1.717,00 310
O Cego Que Gritava Luz João Batista de Andrade Ficção 358.100,60 8.500,00 1.647
O Tronco João Batista de Andrade Ficção 2.488.753,80 5.000,00 1.000
Uma Vida em Segredo Suzana Amaral Ficção 1.586.358,00 86.160,00 14.279

Referências

  1. «Perfil no "Quem é quem" da Filme B». Consultado em 15 de fevereiro de 2009 
  2. «Entrevista para a Revista de Cinema, outubro de 2002». Consultado em 15 de fevereiro de 2009 
  3. «Currículo no sítio da Raiz Produções». Consultado em 15 de fevereiro de 2009 
  4. «Matéria sobre a criação do Cineclube Assunção Hernandes». Consultado em 15 de fevereiro de 2009 
  5. «Filmografia no IMDb». Consultado em 15 de fevereiro de 2009 

Ligações externas

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