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Augusto Guanabara Ferreira da Silva

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Augusto Guanabara Ferreira da Silva
Nascimento 26 de fevereiro de 1849
Niterói

Augusto Guanabara Ferreira da Silva (Niterói, 26 de fevereiro de 1849 — Niterói, 1882) foi um militar, engenheiro, político e literato brasileiro.

Assentou praça em 1867 e lutou na Guerra do Paraguai, de onde regressou com o posto de 2º tenente de artilharia. Formou-se em engenharia militar, matemática e ciências físicas em 1876, quando foi promovido a capitão. Fixando-se em Porto Alegre, foi professor do curso de cavalaria e infantaria da Escola Militar de Porto Alegre entre 1876 e 1881, serviu como engenheiro da Câmara Municipal, e foi eleito deputado para a Assembleia Provincial.[1] Foi também ajudante da Comissão de Engenharia Militar da província. Em 1882 voltou para o Rio de Janeiro,[2] falecendo pouco depois.

Manteve ativos interesses culturais, e disse Aquiles Porto Alegre que ao chegar em Porto Alegre já o precedera a fama de poeta brilhante.[3] Foi membro do Partenon Literário e da sua Comissão de Literatura,[4] colaborou com o Jornal das Famílias,[5] traduziu obras de Heinrich Heine, seu autor favorito,[6] e foi um cultor entusiasta da prosa e da poesia, deixando vários trabalhos em periódicos, além de um volume de poesias, Realidades e sonhos, publicado postumamente. No prefácio da edição, o escritor Pedro Gomes relatou "a triste história de um talento de primeira água. Com a sua prematura morte sofreu o Brasil dupla perda, vendo-se privado do servidor dedicado e do inspirado poeta". Segundo Múcio Teixeira, foi um dos mais finos intelectuais do Exército de seu tempo, com uma obra calcada nos valores do romantismo.[1]

Referências

  1. a b Teixeira, Múcio. Brasil Marcial: síntese histórica, vol. I. Imprensa Nacional, 1901, pp. 68-69
  2. Relatorio com que o Exm. Sr. Dr. Francisco de Carvalho Soares Brandão, presidente da província, entregou a administração da provincia do Rio Grande do Sul á S. Ex. Sr. Dr. Joaquim Pedro Soares, vice-presidente. Typ. do Jornal do Commercio, 1882, p. 25
  3. Porto Alegre. Aquiles. Palavras ao vento: crônicas. Fonseca, 1925, p. 61
  4. "Sessão extraordinaria de 2 de abril de 1879". In: Revista Contemporanea do Parthenon Litterario, 1979; IV (1)
  5. Silveira, Daniela Magalhães da. Contos de Machado de Assis: Leituras e leitores do Jornal das Famílias. Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, 2005, p. 6
  6. Alves, Claudia Maria Costa. Cultura e política no século XIX: o exército como campo de constitutição de sujeitos políticos no Império. CDAPH, 2002, p. 367