Balalaika (filme)
Balalaika | |
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Cartaz do filme | |
Estados Unidos 1939 • p&b • 102 min | |
Gênero | musical romance |
Direção | Reinhold Schunzel |
Produção | Lawrence Weingarten |
Roteiro | Leo Gordon Charles Bennett Jacques Deval Eric Maschwitz |
Elenco | Nelson Eddy Ilona Massey |
Música | George Posford Bernard Grun Herbert Stothart |
Companhia(s) produtora(s) | MGM |
Distribuição | MGM |
Lançamento | 29 de dezembro de 1939 |
Idioma | inglês |
Balalaika é um filme de romance musical estadunidense de 1939, dirigido por Reinhold Schunzel para a Metro-Goldwyn-Mayer. O roteiro foi baseado na peça homônima que estreou em Londres em 1936.[1] A história romântica tem como cenário de fundo os últimos dias do Império Russo, a Revolução de 1917 e o exílio da aristocracia russa no exterior.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Nelson Eddy...Príncipe Peter Karagin / "Peter Illyich Teranda"
- Ilona Massey...Lydia Pavlovna Marakova
- Charlie Ruggles...Cabo Nicki Popoff
- Frank Morgan...Ivan Danchenoff
- Lionel Atwill...Prof. Pavel Marakov
- C. Aubrey Smith...Gen. Karagin
- Joyce Compton...Masha, criada dos Marakovs e depois, esposa de Nicki
- Dalies Frantz...Dimitri Marakov
- Walter Woolf King...Capitão Michael Sibirsky, amigo de Peter
- Abner Biberman...Leo Proplinski
- Arthur W. Cernitz...Capitão Sergei Pavloff
- Roland Varno...Tenente Nikitin
- George Tobias...Slaski (bartender)
- Phillip Terry...Tenente Smirnoff
- Frederick Worlock...Ramensky
- Roland Varno...Tenente Nikitin
- Paul Sutton...Anton (garçom)
- Willy Castello...Capt. Testoff
- Paul Irving...Prícipe Morodin
- Mildred Shay...Jeanette Sibirsky
- Alma Kruger...Madame Danchenoff
- Zeffie Tilbury...Princesa Natalya Petrovna
- Al Ferguson...soldado (não creditado)
- Hector Sarno
- Frank Puglia...Ivan (proprietário da Estalagem Troika)
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Em 1914, a cavalaria cossaca à serviço do czar russo e liderada pelo Príncipe Peter Karagin retorna de manobras militares e chega à cidade de São Petesburgo, onde à noite irá se divertir no Café Balalaika. O estabelecimento apresenta uma nova cantora, Lydia Pavlovna Marakova, que é acompanhada nos instrumentos musicais pelo pai e irmão. O príncipe chega ao local ao final da apresentação dela e imediatamente é atraído pela moça. Ao se informar sobre Lydia, fica sabendo que ela recusa encontros com pessoas da alta classe. Então ele pega roupas emprestadas e se encontra com ela em outro local, se fazendo passar pelo estudante de música Peter Illyich Teranda. Os dois se apaixonam mas o romance tem tudo para não terminar bem, pois Lydia e a família estão engajados na luta revolucionária e Peter, como cavalariano, persegue os revoltosos implacavelmente. Os acontecimentos vão se sucedendo, com Peter e seus homens posteriormente indo lutar na Primeira Guerra Mundial e, depois, tendo que partir para o exílio após a Revolução de 1917.
Trilha sonora
[editar | editar código-fonte]Apenas a canção original, "At the Balalaika", com alterações na letra, foi usada no filme. O diretor musical da MGM, Herbert Stothart, adaptou material que já tinha ou estava disponível, ou foram escritos materiais adicionais quando necessário;[2]
Lista de números musicais em ordem de apresentação na tela:
Título | Fontes | Intérpretes |
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Abertura | At the Balalaika (verso), Tanya, At the Balalaika (coral) | orquestra |
Canto religioso russo | direitos autorais de “After Service;” arranjo de Herbert Stothart | coral |
Life for the Tsar | fragmento, Mikhail Glinka, Uma vida para o Czar, Parte III | coral masculino |
Ride, Cossacks, Ride | música de Herbert Stothart; letras de Bob Wright, Chet Forrest | coral masculino, Eddy, Walter Woolf King, solistas masculinos, assobio de Sergei Protzenko |
Life for the Tsar | reprise | Eddy e coral masculino |
Tanya | música de Herbert Stothart, letras de Bob Wright e Chet Forrest | Massey, coral masculino |
"Gorko" | canção de festa russa adaptada por Herbert Stothart | coral masculino, Massey |
At the Balalaika | da produção original londrina: música de George Posford, versos de Eric Maschwitz; novos versos de Wright e Forrest | Massey, coral masculino |
Polonaise in A Flat, Opus 53 | Frédéric Chopin | Dalies Frantz, piano |
"El Ukhnem"
(Canção de marujos do Volga) |
música tradicional, arranjo de Feodor Chaliapin e Feodor Feodorovich Koenemann | Eddy, coral masculino |
"Chanson Boheme" | Ópera Carmen: Ato II. música Georges Bizet, libreto Henri Meilhac, Ludovic Halevy | Massey |
"Chanson du Toreador"
(“Canção do Toureiro”) |
ver acima | Eddy |
"Si Tu M’Aime" | Carmem: Ato IV. Ver acima | Eddy and Massey |
Tanya | ver acima | reprise da orquestra |
Musica de Xerazade
Sombas na areia |
Nikolai Rimsky-Korsakov, arranjo de ópera por Bob Wright e Chet Forrest.
Direitos da MGM do solo de Massey em Sombras na Areia |
Massey, Sigurd Nilssen, Irra Petina, Douglas Beattie, David Laughlin |
"'Bozhe, Tsarya khrani"
(Deus salve o Czar) |
Hino Imperial Russo. Música de Alexei Fedorovich Lvov, letra de Vasili Andreevitch Zhukovsky | coral, Eddy, C. Aubrey Smith, e Massey |
At the Balalaika | reprise | King |
"Stille Nacht" | música de Franz Gruber, versos de Joseph Mohr | Eddy e coral masculino |
"Otchi Chornia"
(Olhos Escuros) |
versos de Yevhen Hrebinka, definido como o arranjo de Florian Hermann para “Valse Hommage” arranjado por S. Gerdel') | Massey |
At the Balalaika | reprise | Eddy |
Land of Dreams | não disponível | Frank Morgan, trio masculino |
Flow, Flow, White Wine
[versos: “Bubbles in the Wine”] |
King, Frank Morgan, arranjo Stothart, versos Kahn | Eddy |
Wishing Episode
[versos: “Mirror, Mirror”] |
arranjo de Stothart, versos de Wright e Forrest | Alma Kruger, Mildred Shay, Eddy |
Magic of Your Love | música Franz Lehár; novos versos Gus Kahn, Clifford Grey.
Original “The Melody of Love” de Gypsy Love de Lehar. (Canção com novos versos de “The White Dove” em The Rogue Song com Lawrence Tibbett, MGM, 1930. |
coral, Eddy e Massey |
Final: Song of the Volga Boatman | veja acima | reprise da orquestra |
Várias canções adicionais tiveram assegurados direitos autorais para o filme, mas aparentemente não foram utilizadas [3]
Notas da produção
[editar | editar código-fonte]Várias fontes concordam que a MGM tinha planejado realizar esse filme dois anos antes do início efetivo da produção. As filmagens começaram em junho de 1939, com Eddy e Massey fazendo as gravações preliminares dos números musicais quatro semanas antes [4]
Miliza Korjus recebeu proposta para interpretar Lydia mas disse: "Pensei que fosse piada". Ela achou que Eddy faria novamente dupla com Jeanette MacDonald [5] o que aparentemente não era possível pois tanto Eddy como MacDonald estavam pressionando por papeis solo, o que o estúdio já teria concordado.[6] Ela ficou arrasada quando ouviu que Ilona Massey tinha aceitado o papel, pois perdera a oportunidade de trabalhar com "aquele belo pedaço de barítono".[5]
O filme foi indicado para o Óscar de Melhor Mixagem Som (Douglas Shearer).[7]
Censura
[editar | editar código-fonte]Como em todos os filmes da época, Balalaika foi submetido à censura do Código Administrativo dos Produtores. Começando em dezembro de 1937 com carta enviada para Louis B. Mayer, na qual Joseph Breen inicia com a sugestão de que o filme não ofendesse "...cidadãos ou governos de qualquer país..." antes detalhando que não podiam aparecer no filme: prostituta, venda ou comentários sobre pornografia, diálogos riscados, e referências como "amor perfeito" para um secretário masculino". Em adição "...violência na multidão... deve evitar... detalhes ou brutalidades e carnificinas"[8] Não obstante, o público teve várias pistas para preencher as lacunas.
Críticas
[editar | editar código-fonte]Em 15 de dezembro de 1938, muitos críticos concordaram que as estrelas e a produção estavam excelentes, mas o roteiro e a história, não.[3] Acharam que a carreira de Massey iria deslanchar – aqui em seu primeiro papel como protagonista – o que nunca aconteceu [2] A resenha de Frank S. Nugent no The New York Times elogiou o visual loiro de Massey e a competência de Eddy (tradução livre, como as demais): "Ela tem a aparência de Dietrich, fala como Garbo... enquanto deixa com segurança a maior parte das canções para o Senhor Eddy..."
Apesar de apreciar o romantismo escapista e a arte musical, Nugent alertou para repercussões internacionais. "Nesses dias de propaganda engajada, nós sabemos que os camaradas russos irão uivar por sangue da Metro-Goldwyn-Mayer. A imagem de camponesas loiras revirando os olhos e os cabelos para a Guarda Imperial e os ruidosos suspiros pelos gloriosos dias mortos... vão parecer acenos de uma bula papal diante da bandeira vermelha do The Daily Worker ("diário operário")."
Também não se ignoram as limitações do filme: "...a duração é longa e a fórmula curta na originalidade...nove ou dez sequências tiveram exemplares pintados de azul antes" mas mesmo assim foi dado ao diretor Reinhold Schunzel crédito por um trabalho bem feito.[9]
Referências
- ↑ «Balalaika». Turner Classic Movies
- ↑ a b «Turner Classic Movies»
- ↑ a b «Jeanette and Nelson»
- ↑ «Balalaika (1939): Notes». Turner Classic Movies, UK. Consultado em 11 de dezembro de 2009
- ↑ a b «Baritone Corner». Arabella and Co. Consultado em 11 de dezembro de 2009
- ↑ Hollywood Songsters: Allyson to Funicello by James Robert Parish, Michael R. Pitts - pg 282. [S.l.]: Google Books
- ↑ «The 12th Academy Awards (1940) Nominees and Winners». oscars.org. Consultado em 11 de agosto de 2011
- ↑ Russians in Hollywood, Hollywood's Russians: biography of an image by Harlow Robinson. [S.l.]: Google Books
- ↑ Nugent, Frank S. (15 de dezembro de 1939). «THE SCREEN IN REVIEW By FRANK S. NUGENT, 15 de dezembro de 1939». New York Times [ligação inativa]
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