Banco Central da Síria
Banco Central da Síria | |
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Edifício-sede do Banco Central da Síria, em Damasco. | |
Nome nativo | مصرف سورية المركزي, Masrif Suriat Almarkazi |
Empresa de capital aberto | |
Fundação | 1953 |
Sede | Damasco, Síria |
Presidente | Duraid Durgham[1] |
Produtos | Banco Banco central Libra síria |
Website oficial | www |
O Banco Central da Síria (em árabe: مصرف سورية المركزي, Masrif Suriat Almarkazi) é a instituição bancária central da Síria. O banco está localizado em Damasco, com 11 agências espalhadas pelas províncias sírias.[2] As operações do banco estabeleceram-se em 1953, tendo início em 1956. O objetivo do banco é, segundo a própria instituição, promover a integridade da estabilidade e a eficiência dos sistemas financeiros e de pagamentos do país, de modo a promover o melhor progresso macroeconômico.[3]
Reservas de ouro
[editar | editar código-fonte]Desde o início da Guerra Civil Síria, relata-se que as reservas de ouro da Síria foram reduzidas pela metade do valor da pré-guerra civil em cerca de US$ 17 bilhões, devido às vendas sucessivas por parte do governo sírio para lidar com as sanções internacionais.[4] Além disso, a diminuição do ouro pode estar associada à utilização de reservas estrangeiras, com o intuito de atender às demandas de um déficit orçamentário que aumentou para cerca de US$ 6,7 bilhões no país.[5][6]
Desenvolvimentos recentes
[editar | editar código-fonte]Os Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Liga Árabe e a Turquia impuseram sanções no Banco Central da Síria por causa da Guerra Civil Síria.[7][8][9] No caso das sanções estadunidenses, estas já haviam sido realizadas no USA PATRIOT Act, na seção 311, por uma suposta lavagem de dinheiro feita pelo banco.[10]
De modo contínuo, a instituição tem tentado minar as sanções internacionais por meio de reuniões amigáveis entre executivos de outros países, como em Moscou, no ano de 2012. O Banco Central da Síria assumiu um papel cada vez mais clandestino no setor privado, uma vez que a economia falha do país impediu o sucesso do investimento estrangeiro. Durante a Guerra Civil Síria, o prédio da organização bancária foi atacado três vezes. Em abril de 2012, uma granada de RPG foi estourada no prédio e, em abril de 2013, o banco foi afetado pela explosão de um carro-bomba, além de ataques com morteiro.[11][12][13]
Presidentes
[editar | editar código-fonte]Desde o início das atividades bancárias do Banco Central da Síria, 11 presidentes passaram pela administração da instituição.
- Izzat Traboulsi (1956–1961)[14]
- Hosni Al Sawaf (1961–1963)[15]
- Nourallah Nourallah (1963–1963)[16]
- Adnan Al Farra (1963–1970)[17]
- Nasouh Al Dakkak (1971–1978)[18]
- Rifaat Al Akkad (1978–1984)[19]
- Hisham Mutawalli (1984–1987)[20]
- Mohammad Al Sharif (1987–2005)[21]
- Mohammad Bashar Kabbarah (1995–2004)[22]
- Adib Mayaleh (2005–2016)[23]
- Duraid Durgam (2017–atual)[24]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «EU puts Syrian central bank governor under sanctions». 14 de novembro de 2016. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «CBS's Branches in Syria». Consultado em 10 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2006
- ↑ «Central Bank of Syria official website». Consultado em 10 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2013
- ↑ «Syria selling gold reserves as sanctions bite: sources». Reuters. 18 de abril de 2012. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Skepticism overshadows Syria's gold reserves». Xinhua. 20 de abril de 2012. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Syria reverts to socialist economic policies to ease tension». Reuters. 4 de julho de 2012. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ Cutler, David (28 de novembro de 2011). «Factbox: Sanctions imposed on Syria». Reuters
- ↑ «Turkey Slaps Economic Sanctions on Syria». Fox News. 30 de novembro de 2011
- ↑ «Canadian Sanctions | Foundation for Defense of Democracies». Defenddemocracy.org. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «U.S. trade and financial sanctions against Syria». Embassy of the United States Damascus. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Syria's Russian Connection». Wall Street Journal. 14 de abril de 2012. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Syria backs down over import ban». Financial Times. 4 de novembro de 2011. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Mortars hit Syria central bank in Damascus». NOW. AFP. 9 de outubro de 2013. Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Izzat Traboulsi». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Hosni Al Sawaf». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Nourallah Nourallah». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Adnan Al Farra». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Nasouh Al Dakkak». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Rifaat Al Akkad». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Hisham Mutawalli». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Mohammad Al Sharif». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Mohammad Bashar Kabbarah». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Adib Mayaleh». Consultado em 10 de novembro de 2017
- ↑ «Duraid Durgam». Consultado em 10 de novembro de 2017