Banco Nacional de Angola (edifício)
Banco Nacional de Angola | |
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Edifício do Banco de Angola | |
Tipo | edifício |
Estilo dominante | Português Suave |
Arquiteto(a) | Vasco Regaleira |
Engenheiro(a) | José Carvalho Alves da Costa |
Inauguração | 1956 |
Proprietário(a) atual | Banco Nacional de Angola |
Geografia | |
País | Angola |
Cidade | Luanda |
O edifício do Banco Nacional de Angola localiza-se na esquina da Avenida 4 de Fevereiro com o Largo Saíde Mingas, em Luanda. É a atual sede do Banco Nacional de Angola. Teve sua construção concluída em 1956 com projeto da autoria do arquiteto Vasco Regaleira.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Em dezembro de 1949, o Engenheiro José Carvalho Alves da Costa, do Serviço de Geologia e Minas de Angola, elaborou um relatório de sondagens para o estudo das fundações do edifício-sede do Banco de Angola.[2] Enquanto decorria a construção da sede em Luanda, foram sendo concluídas as dependências de Carmona, Gabela e Luso.[3]
A estrutura foi realizada com betão armado, as paredes com tijolo cerâmico perfurado, com uma camada de reboco e pintado. Na cobertura utilizou-se a telha cerâmica como meio de revestimento e proteção.[carece de fontes]
O edifício foi inaugurado pelo Presidente da República, Marechal Craveiro Lopes, em 7 de setembro de 1956. Lançou-se um livro comemorativo aquando da cerimónia, ilustrado com fotografias a cores.[4]
A 10 de novembro de 1976, um ano após a independência, criou-se o Banco Nacional de Angola, sucessor do Banco de Angola. O edifício foi declarado património histórico-cultural em 8 de abril de 1995.[carece de fontes] Desde então, as instalações têm sido alvo de obras de remodelação e restauro, que incluíram a construção de um mezanino.[5][6]
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]O edifício, de quatro pisos, desenvolve-se em dois corpos ortogonais ligados entre si por um corpo circular, cuja cobertura é feita por uma enorme cúpula revestida com telha cerâmica. Vasco Regaleira procurou conceber uma obra que refletisse a época setecentista, de que Luanda possui alguns exemplares.[1][7] As formas são tradicionalistas, classicizantes e revivalistas, típicas do estilo português suave que era favorecido pelo regime do Estado Novo.[1] A arquitetura clássica está representada no edifício no traço das fachadas, distribuição das colunas jónicas, frontão e arcadas que se desenvolvem no piso térreo.
O interior é luxuoso, decorado com mobiliário de madeiras preciosas, quadros, vitrais e grandes painéis de azulejos representativos da chegada dos portugueses aos reinos do Congo e Ndongo.[1] Também contém pinturas a fresco nos tetos de algumas salas e da cúpula do corpo circular, cujo acesso e feito por uma escadaria de mármore.
No Museu da Moeda, localizado no largo adjacente, foram reconstituídas três salas do Banco Nacional de Angola. Está também exposta uma maquete do edifício.[8]
Referências
- ↑ a b c d Isabel Martins. Banco de Angola no sítio do Património de Influência Portuguesa da Fundação Gulbenkian
- ↑ Lourenço, Tiago (2011). «Edifício do Banco Nacional de Angola em Luanda». Direção-Geral do Património Cultural. Consultado em 19 de outubro de 2018
- ↑ Banco de Angola, Emissor da Província. [S.l.]: Banco de Angola. 1967
- ↑ «Banco de Angola. O Novo Edifício de Luanda.». Consultado em 19 de outubro de 2018
- ↑ «Construção de mezzannine no edifício sede do Banco Nacional de Angola». Somague
- ↑ Relatório e Contas • 2016. Luanda: [s.n.] 86 páginas
- ↑ Fialho, Filomeno (25 de Novembro de 2013). «Arquitecto Filomeno Fialho apresenta investigação sobre o BNA». Jornal Cultura. Consultado em 19 de outubro de 2018
- ↑ «História monetária de Angola no Museu da Moeda». Nova Angola. 6 de julho de 2016. Consultado em 19 de outubro de 2018
Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fernandes, JOSÉ MANUEL. Português Suave: Arquitecturas do estado Novo.Instituto Português de Património arquitectónico.Departamento de *Estudos e IPPAR.
- Martins, ISABEL NUNES DA SILVA.(2000). Luanda, Cidade e a Arquitectura. Universidade do Porto. Faculdade de Arquitectura.PORTO.
- Fernandes, JOSÉ MANUEL.(2005). Arquitectura e Urbanismo na África Portuguesa. Caleidoscópio.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]«Banco de Angola». no sítio do Património de Influência Portuguesa, da Fundação Calouste Gulbenkian