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Barão (Rio Grande do Sul)

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Barão
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Barão
Bandeira
Brasão de armas de Barão
Brasão de armas
Hino
Gentílico baronense
Localização
Localização de Barão no Rio Grande do Sul
Localização de Barão no Rio Grande do Sul
Localização de Barão no Rio Grande do Sul
Barão está localizado em: Brasil
Barão
Localização de Barão no Brasil
Mapa
Mapa de Barão
Coordenadas 29° 22′ 37″ S, 51° 29′ 45″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Sul
Municípios limítrofes Carlos Barbosa (N), São Vendelino (L), Bom Princípio (SE), Tupandi (SE), São Pedro da Serra (S), Salvador do Sul (SO), Poço das Antas (SO), Boa Vista do Sul (NO)
Distância até a capital 80 km
História
Fundação 12 de maio de 1988 (36 anos)
Administração
Prefeito(a) Jefferson Schuster Born (PP, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 124,113 km²
População total (2021) [2] 6 232 hab.
 • Posição RS: 229º BR: 3935º
Densidade 50,2 hab./km²
Clima sub-tropical
Altitude 642 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (2010) [3] 0,748 alto
 • Posição RS: 109º BR: 583º
PIB (2020) [4] R$ 254 487,86 mil
 • Posição RS: 212º BR: 2495º
PIB per capita (2020) R$ 41 033,19

Barão é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.

Localizado entre a Serra Gaúcha e o Vale do Caí, a 110 km da capital Porto Alegre, Barão possui uma área de 124 km² e está a uma altitude de 642 metros. Com localização privilegiada, o município de Barão é um divisor de águas e de culturas, tendo sido colonizado por imigrantes alemães e italianos, e é composto por 5 distritos: Sede, Arroio Canoas, Francesa Alta, Francesa Baixa e General. Sua população estimada para 2021 está em 6.232 habitantes.

Distritos
Distrito[5] População[6]
Arroio Canoas 800
Barão 2500
Francesa Alta 1000
Francesa Baixa 800
General Neto 550

Desmembrado de Salvador do Sul e Carlos Barbosa, Barão emancipou-se no dia 12 de maio de 1988, o município tem sua denominação ligada a ferrovia, construída no início dos anos 1900 para ligar Montenegro a Carlos Barbosa.

Formado em Engenharia na Inglaterra, Luiz Henrique von Holleben veio ao Brasil com sua esposa Maria da Luz dos Santos e se estabeleceu na cidade de Curitiba/PR. Em setembro de 1880, o Barão von Holleben acompanhou o engenheiro Carvalho Borges à colônia Conde D’Eu (atual Garibaldi), a fim de dirigir as obras de construção da ferrovia entre Montenegro e Carlos Barbosa. Na época, teria ele então, se estabelecido no ponto mais avançado da colonização alemã, que ficava entre Salvador do Sul e Carlos Barbosa.

Na época, o local era pouco habitado e, devido à referência das pessoas ao mesmo que, para identificá-lo, diziam: “vou lá no Barão” por ser ele pessoa destaque ali residente. Dessa forma, Luiz Henrique von Holleben acabou emprestando seu nome à localidade, que posteriormente tornou-se distrito de Montenegro e de Salvador do Sul, quando pela lei nº 8.635 conseguiu a emancipação.

O Barão Luiz Henrique von Holleben ficou residindo por 2 anos no atual município, transferindo-se depois para a capital Porto Alegre onde, entre 1882 e 1894, dedicou seu trabalho na linha de bondes Ferro Carril.

Existe, porém, uma outra versão que, segundo o historiador Campos Neto, no seu livro “Montenegro” (página 451), diz que o nome Barão é originário de Francisco Pedro Buarque de Abreu, conhecido também como Chico Pedro, o Barão do Jacuí.

Famílias pioneiras

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A formação do povo baronense iniciou-se com a vinda dos imigrantes alemães e italianos que, criando raízes profundas, muito contribuíram e contribuem na cultura desta terra. Posteriormente, em menor número, vieram os suíços, franceses e holandeses. Hoje, Barão tem uma população com diversidade de raças, línguas e crenças que almejam um único objetivo e, juntando esforços, lutam pelo engrandecimento e o progresso do município.

As primeiras famílias de imigrantes alemães foram: Mayer, Beckenbach, Neuhaus, Stein, Schmitz, Koch, Blei, Schäfer, Neukamp e Selbach, entre outros. As de imigrantes italianos foram De Marchi, Biasetti. Dai Prá, Grando, Basso, Cerutti, Maragnon, Bedini, Cestari, Delazzari, Bassegio, Grespan e Costa, entre outros.

Esses imigrantes alemães e italianos deixaram profundas raízes, influenciando a cultura do povo de Barão com seus hábitos e costumes, sua culinária, suas crenças e fizeram, da agricultura, sua fonte de renda para manter-se e sobreviver na terra desconhecida. Sem dúvida, enfrentaram grandes problemas mas, lutando conseguiram vencer e legaram ao povo seus valores.

Primeiros estabelecimentos

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Em 1889, Valentim Diemer, que era Juiz de Paz, fundou o 1º Cartório de Barão. No começo do século XX, Carlos Selbach e Luiz Calliari exerceram influência marcante na comunidade sendo este último, Mestre da Capela. Até 1916, as celebrações religiosas da sede eram feitas na residência de João Schmitz, músico, regente de coral, doador do primeiro harmônio para a comunidade católica baronense.

Barão desenvolveu-se a partir da construção e ao lado dos trilhos da via férrea, que ligava Porto Alegre a Caxias do Sul, entre 1906 e 1911 sendo, em 1 de dezembro de 1909, inaugurada estação de Barão. Para os trabalhos de construção e, posterior, conservação da ferrovia, abriu-se uma pedreira nas terras de João Baseggio e Vvª Itália Dai Prá fazendo a ligação à pedreira.

Na área mais central, perto da Estação, funcionava uma Cantina e, também, o Armazém de Secos e Molhados Hartmann com grande sortimento de produtos coloniais, utensílios domésticos, ferramentas, tecidos e gêneros alimentícios entre outros. As uvas produzidas na região eram transportadas em carroças puxadas por juntas de bois trazidas pelos próprios produtores em tonéis e cestas.


Com o decorrer dos anos, as condições da ferrovia foram se tornando precárias pelo relevo bastante acidentado que dificultava sua manutenção o que levou à sua desativação em 10 de junho de 1979. Com o desaparecimento do trem de cargas e de passageiros, surgiu a necessidade de ampliação e de melhoria nos meios de transporte rodoviário.Apareceram, então, mais linhas de ônibus que até aí somente possuía um horário a Porto Alegre e um a Garibaldi, caminhões e carros particulares em substituição ao trem e, também, os carros de bois e cavalos, muito ousados antigamente, foram desaparecendo.

A Emancipação

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No início de sua formação, Barão pertencia ao município de São João de Montenegro o qual, em 1 de dezembro de 1914, transferiu a sede do 4º distrito de Badensberg (General Neto) para Barão, elevando-o à categoria de Vila pelo Ato Municipal nº 34.

Em 1963, Barão foi elevado a 2º distrito, quando foram surgindo ideias emancipacionistas. A primeira tentativa ocorreu em 1982 quando a consulta popular deu vitória ao “Não” com uma diferença de 700 votos no plebiscito realizado. Cabe salientar que as Prefeituras envolvidas realizaram campanhas contrárias à emancipação.

Em 1986, o movimento emancipacionista reiniciou e obteve-se autorização para a realização do plebiscito em 1987. Finalmente, em 24 de abril de 1988, realizou-se mais um plebiscito que deu vitória ao “Sim” com 2.900 dos 3.925 votos.

Sua emancipação política administrativa ocorreu em 12 de maio de 1988 pelo Decreto Lei nº 8365, sendo realizadas as eleições para a 1ª administração do município. A partir daí, sucederam-se as administrações:

  • 1989/1992 - Prefeito Valério José Calliari e Vice-Prefeito Bernardino Scottá
  • 1993/1996 - Prefeito Francisco Mário Simon e Vice-Prefeito José Inácio Heinzmann
  • 1997/2000 - Prefeito Valério José Calliari e Vice-Prefeito João Paulo Debacker
  • 2001/2004 - Prefeito João Paulo Debacker e Vice-Prefeito Plínio Schneider
  • 2005/2008 - Prefeito Cláudio Ferrari e Vice-Prefeito Francisco Mário Simon
  • 2009/2012 - Prefeito Cláudio Ferrari e Vice-Prefeito Tercílio Anselmini
  • 2013/2016 - Prefeito Jefferson Schuster Born e Vice-Prefeito José Flach
  • 2017/2020 - Prefeito Cláudio Ferrari e Vice-Prefeito Tercílio Anselmini
  • 2021/2024 - Prefeito Jefferson Schuster Born e Vice-Prefeita Lourdes Schmidt

A Câmara Municipal é composta por nove vereadores.

Línguas Cooficiais

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Localizado entre a Serra Gaúcha e o Vale do Caí, Barão possui localização privilegiada, sendo um divisor de culturas dos alemães que vinham subindo o vale e dos italianos que vinham descendo a serra. Por essa razão, devido a influência na formação histórica e cultural, o município de Barão reconheceu o Hunsrik e o Talian como línguas cooficiais em seu território através da Lei nº 2451[7], sendo o primeiro município a reconhecer ambas as línguas no estado do Rio Grande do Sul.

Referências

  1. «Cidades e Estados». IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2021» (PDF). IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  3. «Ranking». IBGE. 2010. Consultado em 12 de maio de 2023 
  4. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 a 2020». IBGE. 2020. Consultado em 12 de maio de 2023 
  5. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «O histórico de Barão» (PDF). Consultado em 9 de fevereiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016 
  6. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Censo Demográfico 2000». Consultado em 9 de fevereiro de 2012 
  7. «Lei Ordinária 2451 2021 de Barão RS». leismunicipais.com.br. Consultado em 17 de setembro de 2021 

Ligações externas

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