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Barrete germânico

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Barrete Germânico primitivo (ilustración realizada por Hugo Gerard Ströhl).

O Barrete Germânico, também conhecida por Birrete ou birreta Germânica, é uma touca redonda de coloração avermelhada com uma franja de arminho, que foi empregado como insígnia dos Príncipes-eleitores do antigo Sacro Império Romano-Germânico. Na heráldica, o barrete é utilizado tradicionalmente por chanceleres, presidentes de parlamento e chancelarias.

Com o transcurso do tempo, o primitivo barrete eleitoral foi adornado com um arco decorado com pérolas e arrematado com um orbe e uma cruz situada acima deste. Assim aparece descrita na obra de José de Avilés ( ciência heroica reduzida a leis da heraldica de brasão) publicada em 1780. Este autor, ao definir o boné dos Príncipes-eleitores, também indica como foi empregado por outros príncipes e monarcas germânicos,e que existam outras variantes.


A última versão do Barrete dos Príncipes-eleitores esteve fechada por oito diademas de ouro, vistas cinco, carregadas de pérolas e arrematada com um orbe com uma cruz por cima. Foi muito semelhante a forma mais habitual das Coroas Reais e também empregadas por alguns Duques germânicos.

Os arquiduques da Áustria empregaram o barrete como insínnia. Inicialmente o Barrete Arquiducal contava com uma franja de arminho terminada com pontas e estava fechada por um arco de metal. Nesta primeira versão pode-se observar no escudo austríaco que aparece num exemplar da obra Privilegium maius, realizado em 1512 para Maximiliano I.

A versão moderna do Barrete Arquiducal se baseou num desenho realizado em 1616 para o Regente do Tirol, o Arquiduque Maximiliano III, que foi enviada a Vienapara a Cerimônia de Homenagem dos Estados, pela primeira vez em 1620 e a última em 1835.

O moderno Barrete Arquiducal o forro de arminho termina com oito pontas arredondadas, quatro vistas. Esta é adornada com oito pontas de metal e pedras preciosas, cinco vistas; conta com quatro diademas de ouro, vistas três, carregadas de pérolas e pedras preciosas, e arrematadas com uma gema em forma de anel com uma cruz por cima. O barrete Arquiducal continua figurando nos escudos de alguns Estados federados e municípios austríacos, com na Alta Áustria , mesmo o país sendo no momento, uma república.

Alguns Príncipes Germânicos também empregaram o Barrete como insígnia. No barrete do Príncipe o forro de arminho termina com oito pontas arredondadas, cinco vistas. Esta fechada por quatro diademas, vistas três, de ouro e carregadas de pérolas, que estão arrematadas com um orbe e uma cruz.

Brasão de armas de Liechtenstein.

O Barrete do Príncipe figura na bandeira e escudo do Principado de Liechtenstein. Como se há indicado alguns estados federados austríacos, como Salzburgo.

Salzburgo
Barrete do Príncipe-eleitor do Sacro Império (Primitivo)
Ältester Kurhut
O primitivo Barrete Germânico, usado pelos Eleitores do Sacro Império, consistia num grande boné vermelho com franja de arminho
Barrete do Príncipe-eleitor do Sacro Império (Antigo)
Älterer Kurhut
Barrete Germânico fechado com um arco decorado com pérolas e arrematado com um orbe e Cruz por cima.
Barrete do Príncipe-eleitor e de Duque (Moderno)
Neuer Kurhut/Herzogshut
Barrete Germânico fechado com oito diademas, vistas cinco, decoradas com pérolas e arrematada com um orbe e cruz.
Barrete de Arquiduque (Antigo)
Erzherzogshut
Barrete Germânico com franja de arminho terminado com pontas, estava cercada com um arco de metal.
Barrete de Arquiduque (Moderno) Barrete Germânico com forro de arminho terminado com oito pontas arredondadas, quatro vistas. Adornado com metal de oito pontas oito pontas arredondadas, cisco visíveis; e fechada com quatro coroas de ouro, vistas três, fechada com uma gema cruzada.
Barrete de Príncipe
Fürstenhut
Faixa de arminho terminada com oito pontas arredondadas, cinco vistas. Fechada por quatro diademas de ouro e carregada de pérolas, vistas três, arrematada por um orbe cruzado.
Barrete do Duque de Estíria
Herzogshut
Variante do Barrete Ducal que foi utilizado pelo Duque de Estíria.

Referências

  • Neubecker, Ottfried. Heraldik. Wappen - Ihr Ursprung, Sinn und Wer. Fráncfort del Meno 1977, S. 166 - 185.
  • Ströhl, Hugo Gerard. Heraldischer Atlas . Stuttgart 1899.
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